Postado em: 09/03/2016

Sem receber, hospitais mantêm redução do atendimento pelo SUS

dmEm entrevista ao jornal Diário da Manhã (clique aqui e confira) desta quarta-feira, 9, o diretor do Hospital São Francisco de Assis, Hugo Frota, fala sobre os atrasos nos pagamentos devidos aos hospitais credenciados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e as dificuldades que a falta deste pagamento tem gerando no setor. Ele relata que até o momento, os hospitais ainda não receberam parte dos serviços prestados em novembro de 2015, que já deveria ter sido paga pela prefeitura de Goiânia.

“O poder público está matando os hospitais”, critica o diretor do Hospital São Francisco de Assis, um dos associados da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg). Esses atrasos nos pagamentos e a falta de perspectiva para a solução do problema levaram o Hospital São Francisco de Assis e outros sete associados da Ahpaceg a reduzirem o atendimento pelo SUS em 80%.

A redução entrou em vigor em 20 de dezembro passado e vem afetando drasticamente a prestação de serviços, como a realização de cirurgias eletivas no Estado. Há cerca de um mês, em entrevista à Rádio CBN, o presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, denunciou que essas cirurgias praticamente acabaram em Goiás (clique aqui e confira).

 

Há tempos, a Ahpaceg busca uma solução para o problema junto aos gestores do SUS no Estado e ao Ministério Público Estadual. Sem um acordo que garanta o pagamento das faturas em dia e o fim dos cortes sem justificativas dos serviços prestados, em 20 de novembro passado, os hospitais associados reduziram o atendimento em 20%. As tentativas de negociações continuaram, mas não houve qualquer avanço e, diante deste quadro, no mês seguinte, os hospitais se viram obrigados a suspender 80% do atendimento.

 

A redução em vigor atinge o Instituto de Neurologia de Goiânia, Hospital da Criança, Hospital Infantil de Campinas, Hospital Monte Sinai, Hospital São Francisco de Assis, Hospital Santa Genoveva (em Goiânia), Hospital Santa Mônica (em Aparecida de Goiânia) e Hospital Evangélico Goiano (em Anápolis).