Ebola: presidente da Ahpaceg ressalta a importância da informação para evitar pânico
O presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, participou na tarde de quinta-feira, 16 de outubro, da reunião de apresentação do Plano de Contingência do Ebola, elaborado pela Secretaria Estadual de Saúde de Goiás. Em entrevista à imprensa, com a participação também do secretário Halim Antônio Girade e de representantes do Corpo de Bombeiros e Infraero, Haikal Helou ressaltou que a principal preocupação da Ahpaceg neste momento é com o pânico e a discriminação que possam ser gerados diante de casos suspeitos da doença.
“Esse pânico nós combatemos com treinamento e esclarecimento. Por meio da parceria com a Secretaria da Saúde, vamos receber o treinamento que acontecerá nos próximos dias, pois existe possibilidade de alguma vítima do vírus vir para algum de nossos hospitais”, afirmou, referindo-se aos hospitais associados da Ahpaceg.
Segundo o presidente, a maior preocupação da sociedade é com a letalidade do vírus, que já matou mais de 4,5 mil pessoas. “Mas, ele não é um vírus que se pega com facilidade. As pessoas devem entender que se elas não tiverem contato com secreções, suor, sangue de uma pessoa contaminada, não precisam ter medo”, disse Haikal Helou, que solicitou à Secretaria Estadual de Saúde que intensifique as ações de esclarecimento da população sobre a doença e as orientações para a busca de atendimento em casos suspeitos de contaminação.
De acordo com o protocolo de atendimento a casos suspeitos do ebola, os hospitais privados que receberem esses pacientes devem acionar imediatamente a Secretaria Estadual de Saúde para a transferência do paciente para o Hospital de Doenças Tropicais Anuar Auad (HDT), a unidade de referência no Estado, e posteriormente para o Instituto Evandro Chagas no Rio de Janeiro.
Além da criação do Plano de Contigência, a Secretaria instituiu um Comitê Técnico Permanente de Discussão de Casos Suspeitos de Doença pelo Vírus Ebola. O plano, que é dinâmico e será sempre atualizado, prevê todas as ações necessárias para conter o vírus, caso chegue ao território goiano. O HDT conta com Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para os profissionais de saúde e um quarto de isolamento especialmente preparado para receber pacientes com suspeita de ebola, até que o transporte para o Rio de Janeiro seja feito.