Postado em: 14/04/2025

CLIPPING AHPACEG 12 A 14/04/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

CFM proíbe uso de bloqueadores hormonais em jovens

https://revistaoeste.com/saude/cfm-proibe-uso-de-bloqueadores-hormonais-em-criancas-e-adolescentes/

Hospital de Goiás troca corpos de bebês e famílias vivem sofrimento

https://ohoje.com/2025/04/12/hospital-de-goias-troca-corpos-de-bebes-e-familias-vivem-sofrimento/

Doenças raras: colaboração é a chave para os avanços no setor

https://medicinasa.com.br/doencas-raras-colaboracao/

Projeto aprova autonomia de médico para escolher tratamento de pacientes

https://medicinasa.com.br/medico-autonomia/

REVISTA OESTE

CFM proíbe uso de bloqueadores hormonais em jovens

O Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou uma resolução na terça-feira 8, que proíbe o uso de bloqueadores hormonais em crianças e adolescentes para mudança de sexo. A medida ainda precisa ser publicada no Diário Oficial para entrar em vigor.

A resolução determina o aumento da idade mínima para cirurgias de transição com efeito esterilizador de 18 para 21 anos.

Além disso, eleva de 16 para 18 anos a idade mínima para o início da terapia hormonal cruzada, que visa à feminização ou masculinização de acordo com a “identidade de gênero”.

Detalhes sobre a proibição

A proibição do uso de bloqueadores hormonais não se aplica a casos de puberdade precoce ou outras condições endócrinas, mas é específica para crianças e adolescentes que buscam a transição.

Procedimentos cirúrgicos para redesignação de sexo sem efeito esterilizador mantêm a idade mínima de 18 anos.

Os serviços de saúde que realizam esses procedimentos devem cadastrar os pacientes e garantir a disponibilização das informações aos Conselhos Regionais de Medicina locais. Essa medida visa a assegurar o monitoramento adequado das práticas médicas envolvidas.

Fundamentação do CFM

Para fundamentar essa mudança, o CFM se baseou em uma lei aprovada em 2022, que reduziu de 25 para 21 anos a idade mínima para laqueadura ou vasectomia no Brasil.

A resolução também destaca que transgêneros que mantêm órgãos do sexo biológico original devem buscar atendimento preventivo ou terapêutico com especialistas adequados, como ginecologistas e urologistas.

O CFM ressalta que as alterações estão em linha com medidas adotadas em outros países, como no Reino Unido, que impôs restrições à transição para menores de idade depois de reavaliar os tratamentos.

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O HOJE

Hospital de Goiás troca corpos de bebês e famílias vivem sofrimento

Uma das mulheres chegou a realizar o funeral sem saber que enterrava o filho de outra pessoa.

Um erro no Hospital Estadual de Águas Lindas de Goiás (Heal) abalou duas famílias no fim de março. A unidade de saúde trocou os corpos de dois bebês que nasceram mortos, entregando os fetos às mães erradas. 

Uma das mulheres chegou a realizar o funeral sem saber que enterrava o filho de outra pessoa. Agora, ela tenta na Justiça a exumação para que os corpos sejam identificados corretamente e as famílias possam velar seus filhos de forma digna.

A troca só foi descoberta dias depois, causando mais sofrimento às mães, que já enfrentavam o luto. “Além de viverem a dor da perda, elas agora precisam lidar com a incerteza sobre quando e como poderão enterrar seus filhos de fato”, afirmou o advogado Idelbrando Mendes, que representa as famílias ao lado do também advogado Daniel J. Kaefer.

Segundo os defensores, o hospital não ofereceu até o momento qualquer tipo de apoio seja jurídico, médico ou psicológico. “Não houve contato oficial da unidade com as famílias. Elas estão desamparadas”, lamentou Idelbrando.

O caso será investigado pela Polícia Civil, e os advogados acompanham o inquérito para buscar responsabilização civil e criminal dos envolvidos.

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MEDICINA S/A

Doenças raras: colaboração é a chave para os avanços no setor


Por Vivian Kiran Lee

As doenças raras são conhecidas como aquelas que afetam uma pequena parte da população. No entanto, somam cerca de 13 milhões as pessoas que convivem com alguma dessas enfermidades no Brasil e 300 milhões no mundo, cada uma com sua jornada única. A busca pelo diagnóstico é um processo desafiador para os pacientes, suas famílias e todos que os cercam, pois a diversidade de sinais e sintomas é muito ampla, além da forma como essas condições progridem. Manifestações relativamente frequentes podem simular problemas de saúde comuns, dificultando sua identificação correta.
A colaboração entre a indústria farmacêutica, sociedades médicas, associações de pacientes, poder público e instituições privadas de saúde é essencial para o apoio aos pacientes com doenças raras e para ampliar o conhecimento sobre as terapias adequadas disponíveis. Estima-se que existam de seis a oito mil dessas condições, sendo que 75% afetam crianças, 80% são causadas por fatores genéticos e até 30% desses pacientes morrem antes dos 5 anos de idade. Apesar do impacto significativo, segundo um estudo realizado pela Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), apenas 2% dos casos são tratados com os chamados medicamentos órfãos, capazes de interferir na progressão da doença.
Nos últimos anos, o Brasil tem avançado nesse cenário. Iniciativas como programas de capacitação para profissionais de saúde, o engajamento de associações de pacientes e seus cuidadores e o compromisso de avaliação de novos medicamentos pelas empresas farmacêuticas e órgãos reguladores, num esforço de contribuição para o alcance de tratamentos inovadores, têm sido fundamentais para ampliar o suporte a quem convive com essas doenças.
Chegar a um diagnóstico preciso o mais rápido possível é crucial para melhorar o cuidado e a qualidade de vida das pessoas com doenças raras. No entanto, para muitas delas, a jornada desde o início dos sintomas demora em média de seis a nove anos e envolve muitas visitas a diversos especialistas, testes, procedimentos e hospitalizações, além de altos custos psicológicos e financeiros. Por isso, uma preocupação é contribuir com informações de apoio e saúde, como faz a iniciativa Juntos pelos Raros, uma plataforma dedicada à conscientização, que promove acolhimento para pacientes, cuidadores e profissionais de saúde.
O processo de descoberta, desenvolvimento, produção e incorporação de medicamentos nos sistemas de saúde é bastante complexo. O mais importante é que o olhar seja direcionado para todo o ecossistema da saúde. E no caso das doenças raras, elas não podem ser negligenciadas.

*Vivian Kiran Lee é diretora médica da Takeda no Brasil.

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Projeto aprova autonomia de médico para escolher tratamento de pacientes

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 956/22, da deputada Lídice da Mata (PSB-BA), que garante ao médico autonomia para escolher a abordagem terapêutica dos pacientes com plano de saúde. O texto inclui a medida, contida em norma da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), na Lei dos Planos de Saúde.

A proposta recebeu parecer pela constitucionalidade da relatora, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ). O projeto tramitou em caráter conclusivo e poderá seguir ao Senado, a menos que haja recurso para votação pelo Plenário.

"Ninguém melhor do que o médico conhece as necessidades e contexto de vida do paciente, podendo escolher o encaminhamento terapêutico adequado. As operadoras, por outro lado, costumam abordar os casos de forma mais homogênea, tendendo, quando possível, a defender condutas que reduzam os custos. Isso é um grave atentado contra a saúde pública", afirmou Carneiro.

O texto aprovado proíbe as operadoras de planos de restringir a liberdade do exercício de atividade profissional do prestador de serviço, desde que a ciência e as leis sejam observadas. Infratores poderão ser punidos com sanções, que vão de advertência a cancelamento da autorização para funcionamento.

Debate

O deputado Duarte Jr. (PSB-MA) defendeu a proposta. "Esse projeto é extremamente importante e consegue garantir vários direitos, como o direito à saúde e a um tratamento digno, além de preservar a autonomia, a independência e a isenção técnica dos profissionais da saúde, para que escolham a melhor abordagem terapêutica para o seu paciente", disse.

"É uma luta necessária contra o poder econômico representado pelas empresas de planos de saúde, que recebem valores altos e, em vez de prestar um serviço de excelência, acabam criando burocracia para os pacientes", criticou Duarte Jr.

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Assessoria de Comunicação