Postado em: 30/10/2024

CLIPPING AHPACEG 30/10/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Infecções hospitalares matam 45 mil pessoas por ano no Brasil.

Médico, personal trainer e outras duas pessoas são presas suspeitas de vender remédio ilegal para emagrecer

Polícia ouve atores que se passam por médicos em vídeos roteirizados para vender produtos que prometem resultados milagrosos

CRM investiga médica que diz que "câncer de mama não existe"

Como a IA está ajudando a melhorar o diagnóstico do câncer de mama

Maternidades municipais iniciam normalização de atendimentos em Goiânia

O TEMPO

Infecções hospitalares matam 45 mil pessoas por ano no Brasil.

A Unimed realiza, na quarta-feira (30/10), um evento virtual para discutir as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). O diagnóstico mata, por ano, 45 mil pessoas no Brasil. No entanto, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 70% dos casos poderiam ser evitados com a adoção de práticas nos hospitais.

O evento terá a participação e mediação do médico e infectologista Carlos Starling, que integrou o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 em Belo Horizonte durante a pandemia. "No Brasil, melhoramos muito em serviços de controle de infecções nos últimos 30 anos, mas elas ainda são um problema enorme no país, principalmente aquelas provocadas por bactérias extremamente resistentes", diz Starling, que é especialista em medicina preventiva e social.

O médico destacou outro dado alarmante: na maioria dos hospitais, menos da metade dos profissionais de saúde higieniza as mãos quando necessário, atitude que seria essencial para prevenir as infecções. "E isso após a pandemia de Covid-19, quando todos pensavam que os cuidados durariam para sempre. Poucas faculdades de medicina no país dedicam carga horária ao controle de infecções relacionadas à assistência à saúde", complementou.

As infecções mais comuns no país são pneumonia associada à ventilação, infecção cirúrgica, infecção do trato urinário e infecção da corrente sanguínea. "Com os cuidados adequados, essa última é evitável em quase 100% das vezes. Hoje, convivemos com pacientes com múltiplas comorbidades, os quais são mais idosos e necessitam ser submetidos a múltiplos procedimentos invasivos e intervenções cirúrgicas que não eram feitas no passado, além de tratamentos com drogas imunossupressoras contra doenças até então intratáveis", afirmou o médico, que também é coordenador científico do Centro Nacional de Pesquisa Clínica e Tecnologia (CNPCT) do Sistema Unimed.

O assunto será discutido no Webinar Conecta Científico, promovido pela Faculdade Unimed em parceria com a Solventum, no próximo dia 30 de outubro, às 19h. Além de Carlos Starling, a mestre em enfermagem, professora e especialista em auditoria Aline Monzani; e o enfermeiro especialista em epidemiologia e prevenção de IRAS Márcio Melo vão integrar o debate.

As inscrições podem ser feitas no site da Unimed. As discussões são voltadas para enfermeiros de UTI, terapia infusional, Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), gerência de enfermagem, médicos infectologistas que lideram ou fazem parte da CCIH, diretores médicos e auditores.

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PORTAL G1

Médico, personal trainer e outras duas pessoas são presas suspeitas de vender remédio ilegal para emagrecer

Casal trouxe medicamento da Inglaterra. Personal trainer divulgava remédios nas redes sociais, segundo delegado.

A Polícia Civil prendeu, em Goiânia , quatro pessoas suspeitas de participação em um esquema de venda ilegal de medicamentos para emagrecimento, originalmente destinados ao tratamento de diabetes. Entre os presos estão um médico e um personal trainer.

O g1 entrou em contato com o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) para pedir um posicionamento sobre a prisão do médico, mas não houve retorno até a última atualização do texto. A reportagem também contatou o Conselho Regional de Educação Física (Cref), mas não obteve resposta até a última atualização.

À TV Anhanguera, o delegado Alex Rodrigues explicou que as investigações começaram após uma denúncia anônima que apontava a divulgação dos medicamentos nas redes sociais do personal trainer. Segundo o delegado, o profissional admitiu à polícia que comercializava os remédios e afirmou que os conseguia por meio do médico.

O g1 entrou em contato com os advogados dos quatro suspeitos, mas não obteve retorno até a última atualização da reportagem.

O delegado detalhou que o médico afirmou ter adquirido o medicamento de um casal que trazia os produtos do exterior. "O casal trouxe os remédios da Inglaterra, porém, sem nenhum tipo de autorização legal para isso. O personal então adquiriu os medicamentos para revenda", explicou Alex Rodrigues.

Conforme o delegado, o médico atuava como intermediário na venda. Durante a apreensão, foram encontradas 11 caixas do medicamento na residência do casal, que confessou ter transportado 50 caixas para o país, das quais a maioria já havia sido vendida.

Os envolvidos responderão por associação criminosa e por falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.

NOTA CREMEGO

Todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos recebidas pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) ou das quais tomamos conhecimento são apuradas e tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico.

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Polícia ouve atores que se passam por médicos em vídeos roteirizados para vender produtos que prometem resultados milagrosos

Vídeos com falsos especialistas são veiculados em sites para dar credibilidade a produtos, diz Conselho Regional de Medicina de SP, que denunciou os casos à Polícia Civil e ao Ministério Público em julho.

A Polícia Civil de São Paulo ouviu atores que estão sendo investigados por interpretarem médicos em produções roteirizadas na internet para vender produtos que prometem resultados milagrosos.

O g1 e Jornal Hoje denunciaram o caso em julho deste ano. Os vídeos têm a intenção de parecer reais e alguns não incluem um alerta ao internauta informando que se trata de uma encenação.

As denúncias chegaram ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp). O órgão, então, pediu via ofício que a Polícia Civil e o Ministério Público apurassem a situação. Em 5 de agosto, o Ministério Público concordou que a Polícia Civil abrisse um inquérito policial.

Os atores Fernanda Padilha, Rodrigo Gonzales e Renato Chocair foram intimados à delegacia. Fernanda e Rodrigo prestaram depoimento no dia 22 deste mês.

Fernanda aparece em vídeos como "Roberta Damasceno", "Roberta Zanetti" e "Maria Fernandez", se passando por oftalmologista, ginecologista e farmacêutica. Ela foi ouvida pela Polícia Civil na capital paulista nesta terça-feira (22).

A atriz apresentou os contratos de prestação de serviço que teve com três empresas e um acordo com uma das contratantes por "prejuízo moral sofrido com a vinculação de seu nome de forma indevida".

O que disse Fernanda Padilha à polícia

À polícia, Fernanda contou que é atriz há 23 anos e que faz propagandas comerciais. Sobre o material encaminhado à investigação com sua imagem, ela afirmou que trabalhou para três empresas e interpretou três papéis:

Roberta Damasceno: Padilha disse que interpretou a médica Roberta e esse anúncio foi veiculado na internet. Ela alegou que a responsabilidade, nesse caso, foi do contratante, que deveria ter colocado um aviso que se tratava de personagem fictícia.

Roberta Zanetti: sobre a personagem Roberta Zanetti , uma pesquisadora, a atriz informou à investigação que foi contratada pela empresa para anunciar um suplemento natural para a visão, o "VisiControl .

Maria Fernandez: sobre a personagem Maria, Fernanda Padilha comentou que foi paga para falar sobre o suplemento GotasFlux, e argumentou que "todos esses produtos são suplementos naturais, que sua profissão é atriz e nunca divulgou os vídeos".

O que disse Rodrigo Gonzales à polícia

Rodrigo Gonzales, segundo a denúncia, aparecia como urologista e falava sobre um aplicativo e o "truque do pepino", que seria um "segredo para a infertilidade". O g1 não conseguiu contato com a defesa dele até a última atualização desta reportagem.

O publicitário e ator, de 43 anos, contou aos policiais que eventualmente faz trabalhos para a área artística e tinha sido contratado para fazer um anúncio, como ator, para um aplicativo e que "não sabia a finalidade".

No material, ele interpretou um especialista em urologia. Durante uma entrevista fictícia, ele lembrou que "falou bastante sobre os benefícios do pepino para a saúde", assim como passou dicas de como o pepino pode ser bom para ereção masculina.

Ao fim do vídeo, ele dizia que para mais dicas como essa basta clicar no link abaixo . "O declarante foi contratado, e afirmou que nunca divulgou tal propaganda", finalizou.

Outros atores

Já Renato Chocair, também ator intimado pela polícia, interpretava o "doutor Fábio Rocha" e apresentava um suposto produto para perder peso. Ele ainda deve prestar esclarecimentos à polícia. Procurado pela reportagem anteriormente, ele não quis falar sobre o caso.

Sidnei Oliveira aparecia em vídeos falando sobre produtos para emagrecer e usava até um jaleco com um nome bordado e sendo entrevistado pela atriz Fernanda Padilha. No entanto, ele não aparecia como intimado pela polícia no inquérito do 15º DP de São Paulo.

Conar apura

Em nota atualizada, o Conselho Nacional Autorregulamentação Publicitária (Conar) diz que desde julho abriu três representações éticas contra os anúncios com evidências de testemunhal falso, entre outras desrespeitos ao Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária.

Um deles, com abertura do processo naquele mês, é contra o anúncio "Gotasflux", divulgado em espaço patrocinado em plataformas de redes sociais e em página da internet.

Segundo a entidade, os casos serão levados a julgamento nas próximas sessões do Conselho de Ética do Conar.

"Reafirmamos que o uso de testemunhais falsos é rechaçado pela legislação e pelas regras éticas do Conar. No caso de testemunhais de especialistas e/ou autoridades, há peso e gravidade ainda maiores, acerca da possível irregularidade. Os testemunhais falsos, inclusive, têm sido um dos indicativos de publicidade flagrantemente irregular.

Os suplementos integram o gênero alimentício. Não podem prometer cura ou benefícios diretos à saúde.

A partir da pandemia, verificou-se uma tendência maior de apelos irregulares na publicidade do segmento, com as promessas enganosas de cura", informou a entidade.

O que disse o Cremesp

O Cremesp disse que nas publicações checadas não tinha nenhuma indicação de que a pessoa que estava participando do anúncio era ator ou atriz.

[Solicitamos] a exclusão imediata destas publicações mentirosas das redes sociais, que só prejudicam a população e a própria classe médica. Reforçamos, ainda, a importância do uso do Guia Médico, disponível no site do Cremesp, que permite checar, pelo nome ou CRM, se o profissional é realmente médico e se possui especialidade registrada."

Relatos no Reclame Aqui

No Reclame Aqui, site usado para divulgar reclamações e denúncias de consumidores pelo país, uma usuária descreveu, no dia 8 de julho, que fez a compra do produto apresentado por Ricardo Bruno , recebeu comprovantes do pagamento, mas não teve a mercadoria entregue.

Em julho de 2024, assisti a um vídeo que apresentava um médico, dr. Ricardo Bruno, que se diz endocrinologista e professor da USP, mostrando um suplemento/medicamento aprovado pela Anvisa para emagrecer. Acreditei no suposto médico e comprei o produto. Preocupada, no dia seguinte entrei em contato com o suporte ao cliente solicitando o cancelamento da compra.

Em outro relato do Reclame Aqui, a pessoa afirma que nunca recebeu retorno da empresa.

Depoimentos sobre os produtos

Ao menos uma pessoa que aparece como paciente dos médicos fictícios anunciava depoimentos positivos ensaiados por meio de um site a R$ 25. No site, é possível encontrar a oferta de diversos tipos de serviço, como tradução e criação de convites, mas também muitos anúncios de pessoas vendendo propagandas e depoimentos para fazer com que o produto venda muito .

Em um vídeo, uma mulher agradece à "doutora Roberta", que é interpretada pela atriz Fernanda Padilha, pela indicação de um produto para os olhos: o VisiControl. "Depois de 6 dias de uso eu já vi os resultados. Eu tirei os colírios, a minha dor de cabeça passou. Então, assim, muito obrigado doutora Roberta, de coração", relata.

A paciente fictícia é Luciene Parizotto, que se apresenta na internet como especialista em prova social (uma estratégia usada por marcas para incentivar os consumidores a fazer compras).

Na descrição do seu serviço no site, Luciene diz que que faz um comercial persuasivo em vídeo ou em áudio com total espontaneidade e naturalidade sobre seu produto/serviço . Ela tinha um portifólio na internet com vídeos em que interpretava médicas, advogada e pacientes.

Por mensagem de texto, ela escreveu que um de seus vídeos foi vinculado ao VisiControl, mas que ela nunca gravou algo do tipo, que foi contratada por uma agência e que foi criado um avatar. Luciane nega que seja ela no vídeo.

O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) afirmou, por meio de nota, que o uso de testemunhais falsos é rechaçado pela legislação e pelas regras éticas do órgão .

O que dizem os representantes dos produtos

José Detzel, de 18 anos, representante da Night Slim, disse ao g1 que Fernanda não representou nenhum papel de médica , e pediu para a reportagem procurar o advogado da empresa, mas não encaminhou contato.

Já o advogado que representa a VisiControl, que contratou Fernanda Padilha para falar de um produto para a visão, declarou, em nota, que o vídeo da oferta conta com disclaimers - que são avisos legais para informar ao consumidor que se trata de uma história fictícia.

Ainda segundo a nota, em nenhum momento a atriz foi mencionada ou retratada como médica, sendo sua atuação meramente ilustrativa e com fins publicitários . Devido à adesão abaixo do esperado, o suplemento alimentar VisiControl foi descontinuado e não se encontra mais disponível para comercialização.

Sobre a Alívio 360, Fernanda disse que o contratante pediu para não passar informações por questão de sigilo contratual.

Na internet, outros atores também aparecem interpretando profissionais da saúde. Alguns depoimentos como especialistas ou pacientes fictícios chegam a ser vendidos a R$ 20 em um site.

O Harmony House, dono do estúdio onde foi gravado o programa Saúde em Foco com os dois atores em São Paulo, afirmou, por nota, que o serviço de gravação foi contratado por um cliente de nome José. Nós, como estúdio de locação, oferecemos serviços para a gravação de conteúdos de áudio e vídeo conforme as especificações fornecidas pelos nossos clientes. Não temos envolvimento ou conhecimento sobre o conteúdo dos projetos gravados em nossos estúdios. A responsabilidade pelo conteúdo, assim como pela contratação dos apresentadores e demais participantes, é integralmente do cliente , escreveu.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) comentou os supostos selos de aprovação usados em suplementos como o Night Slim: Não há nenhum medicamento registrado na Anvisa com o nome Night Slim. Dessa forma, não se trata de medicamento autorizado para nenhuma indicação terapêutica. Destacamos que somente medicamentos registrados na Anvisa podem alegar propriedades terapêuticas na Anvisa .

O que disseram os atores ao g1

O ator Sidnei Oliveira, que aparece como um médico, afirmou que foi contratado como ator para interpretar um personagem simples , mas que se desvinculou do trabalho. Eu não faço mais parte. Portanto, não estarei mais nos vídeos e acredito que me citar na reportagem será em vão, pois minhas cenas estão sendo retiradas.

Questionado se sabia sobre o uso da imagem para a venda de produtos e citado como especialista da USP, Oliveira afirmou, por meio de mensagem de visualização única e áudio, que não sabia.

Ele disse ainda que passou o contato do jornalista para os responsáveis por sua contratação e não deu detalhes sobre o serviço prestado nem quem eram seus contratantes.

Já a atriz que aparece como uma apresentadora é Fernanda Padilha. As personagens dela são pelo menos quatro: a médica Roberta Zanetti , que também se diz diretora de pesquisas há mais de 19 anos, a médica Roberta Damaceno e a farmacêutica Maria Fernandes , além da apresentadora Vanessa Amorim . Ao g1, Fernanda Padilha falou que estão circulando vídeos na internet criando uma distorção sobre sua índole e trabalho .

Esses vídeos dizem que eu me passo por médica para vender produtos e insinuam que esses produtos são meus. Isso é mentira. Eu tenho contratos com todas as empresas para as quais prestei serviços. Eu não sou médica. Eu sou atriz há mais de 20 anos.

A atriz argumentou que um contratante disse que pessoas estão roubando as imagens e usando ferramentas de sincronia labial e mudando o texto gravado.

Segundo a atriz, ela foi contratada para ao menos três produtos: Night Slim, VisiControl e Alívio 360. O que diz Fernanda Padilha

Leia a nota da atriz na íntegra:

Recentemente, fui contratada por algumas empresas de suplementos vitamínicos para interpretar personagens fictícias em seus vídeos publicitários. Há aproximadamente três semanas, enviaram-me um vídeo produzido por um influencer que atribuía a mim responsabilidades que são das empresas contratantes, além de distorcer o meu trabalho e minha índole.

Por exemplo, o vídeo me acusa de "vender medicamentos falsos", induzindo a audiência à ideia errada de que a responsabilidade pelos produtos é minha e de que existiu uma intenção minha de "vender medicamentos falsos". Primeiramente, nunca fiz um vídeo publicitário para medicamento. Todos são suplementos nutricionais. Todo material publicitário foi gravado para a venda de suplementos alimentares e não de remédios.

Em nenhum momento foi gravado por mim algum conteúdo prometendo tratamento terapêutico ou até mesmo cura de doenças. Todos os contratos me eximem de toda e qualquer responsabilidade com relação à concepção do produto, sua validação perante órgãos pertinentes, conteúdo do roteiro, qualquer garantia expressa explícita ou implícita relacionada ao produto, além de qualquer ação legal decorrente do projeto. Além disso, as empresas têm a responsabilidade de informar expressamente que sou uma atriz interpretando uma personagem fictícia.

Os vídeos do influencer criaram uma falsa narrativa sobre meu trabalho e minha índole. Pessoas começaram a entrar na minha rede social para me xingar e difamar de forma extremamente agressiva. Esses vídeos foram compartilhados em grupos do WhatsApp pelo Brasil todo indiscriminadamente, me afetando pessoalmente. Foi então que comecei a fazer vídeos na tentativa de esclarecer sobre o trabalho do ator e sobre o que aconteceu comigo. Além de tudo isso, descobri sofrendo na pele que esse meio apresenta um problema sério que afeta principalmente a nós, atores, já que estamos expostos. Indivíduos que não possuem o direito da nossa imagem usam uma IA para fazer uma sincronização de lábio, mudam o texto completamente ou aproveitam parte do texto gravado e fazem o que querem com a nossa imagem, utilizando-a indevidamente.

Ontem fui informada de que 3 vídeos contendo minha imagem manipulada estavam circulando na rede. Antes de ontem, foram 4. Eu recorro aos contratantes que detêm a guarda da minha imagem para que solicitem a retirada do ar. Infelizmente, não tenho controle sobre isso porque as propagandas não chegam a mim. Assim que fui informada que alguns vídeos não tinham a legenda informando expressamente de que sou uma atriz e que as personagens são fictícias, solicitei aos meus contratantes, os quais não haviam colocado tais legendas, que retirassem os vídeos do ar imediatamente.

O que diz o Sindicato

De acordo com o Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado de São Paulo (Sated-SP), as empresas que produzem as mercadorias é que devem ser responsabilizadas.

Por meio de nota, Rita Teles, presidente do Sated-SP disse que, como entidade que representa os artistas, defende que as empresas que produzem os medicamentos Night Slim, VisiControl e Alívio 360 sejam responsabilizadas .

É importante afirmar que o Sated-SP apoia e incentiva a regulamentação da atividade publicitária através de convenções coletivas, monitorando o descumprimento das legislações vigentes por parte das empresas contratantes, e principalmente no que diz respeito à relação dessas empresas com os artistas que contratam , escreveu.

Não é justo que a responsabilidade recaia sobre atrizes e atores que comprometem-se a cumprir o que está previsto no contrato de trabalho , complementa.

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DIÁRIO FM ONLINE

CRM investiga médica que diz que "câncer de mama não existe"

A desinformação, em especial aquela com interesses obscuros, como vender um tratamento alternativo para alguma doença ou algum produto, pode ser muito perigosa para quem é afetado e acredita nela.

É o caso de uma médica paraense que está sendo alvo de uma apuração do Conselho Regional de Medicina do Pará (CRM-PA) após compartilhar um vídeo em seu perfil nas redes sociais, afirmando que o câncer de mama "não existe".

O conteúdo foi amplamente divulgado e provocou diversas reações entre os internautas, provocando uma resposta do CRM e do Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa).

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"O que existe é uma inflamação crônica nas mamas, que pode ser inflamação da tireoide, do rim, do fígado, em qualquer lugar. É cálcio nas mamas", afirma a médica no vídeo, apresentando também um produto que diz ser o "tratamento" para a inflamação na qual ela justifica.

CRM-PA e Sindmepa acompanham o caso

As falas da médica paraense provocaram uma reação por parte do Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa), que disse estar ciente do caso e enfatizou, por meio de nota, a importância do diagnóstico e do tratamento do câncer de mama.

O CRM-PA também se manifestou sobre as falas da médica paraense. Em nota, disse que apura o caso e que o procedimento tramita em sigilo, de acordo com o Código de Processo Ético-Profissional.

"O Sindicato dos Médicos do Pará (SINDMEPA) vem a público manifestar sua posição em relação ao recente vídeo divulgado pela Dra. Lana Almeida, no qual a médica afirma que o câncer de mama não existe, contraindica a realização de mamografias e desafia as evidências científicas estabelecidas sobre o câncer de mama.

O SINDMEPA reafirma que o câncer de mama é uma condição de saúde séria e amplamente reconhecida, responsável por um número significativo de mortes entre mulheres. A prevenção e o diagnóstico precoce, especialmente através da mamografia, são estratégias fundamentais e baseadas em evidências para a redução da mortalidade e tratamento mais eficaz da doença.

Estudos amplamente documentados e revisados por pares têm mostrado que a mamografia é uma ferramenta essencial para a detecção precoce do câncer de mama. Quando diagnosticado em estágio inicial, o câncer de mama tem maiores chances de cura e tratamento menos agressivo, contribuindo para uma melhor qualidade de vida das pacientes.

Ao público, reforçamos que as recomendações de prevenção e rastreamento, inclusive a realização de mamografias conforme orientação médica, seguem rigorosos protocolos científicos e visam à proteção e ao cuidado da saúde da mulher.

O SINDMEPA se compromete a promover e disseminar informações corretas e respaldadas cientificamente para garantir que a população tenha acesso a orientações médicas seguras e responsáveis."

Confira a nota na íntegra do CRM-PA:

"O Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará informa que tomou conhecimento da postagem no Instagram da Dra. Lana Almeida, devidamente inscrita neste CRM, nesta terça-feira (29), e o fato será objeto de apuração por este Regional.

Ressaltamos que os procedimentos no CRM-PA tramitam sob sigilo, de acordo com o art. 1º, do Código de Processo Ético-profissional."

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UOL NOTÍCIAS

Como a IA está ajudando a melhorar o diagnóstico do câncer de mama

Imagem: O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no Brasil e a rapidez da sua detecção é o primeiro passo para o diagnóstico e o sucesso do tratamento. O exame mais indicado para esse fim é a mamografia, especialmente quando não há sintomas.

Como esse tipo de câncer é a doença com a maior evolução no tratamento medicamentoso e cirúrgico, o desenvolvimento de novas tecnologias que confiram velocidade ao diagnóstico é constante. Hoje, a proposta que mais se destaca é o uso da Inteligência Artificial (IA).

Para emplacar seus modelos na oncologia, a IA ainda precisa se consolidar como ferramenta de precisão, mas as evidências científicas disponíveis no momento já colocam a identificação e estratificação do câncer de mama como a sua maior aplicação na vida real.

IA até nas mamas?

A OMS (Organização Mundial da ) define a IA como uma área da ciência da computação que se dedica à simulação da inteligência por meio de máquinas que trabalham e reagem como humanos. Tal habilidade é obtida por meio de algoritmos, ou seja, uma sequência de instruções e operações para a resolução de problemas e a execução de tarefas.

Imagem: No campo da oncologia, o investimento em modelos de algoritmos para treinamento da IA (machine learning), hardwares e o acesso a grandes volumes de informações (imagens, dados genômicos e clínicos) permitiu o desenvolvimento de novas ferramentas.

A partir daí, a IA se tornou capaz de entender e prever mecanismos biológicos, descobrir e aproveitar padrões de informações clínicas para aprimorar não só diagnósticos, mas também tratamentos e decisões médicas.

A fase atual da evolução desses algoritmos permite que eles desvendem imagens e dados que detectam padrões complexos - como tumores em fase inicial - que podem passar despercebidos pela avaliação humana. Alexandre Chiavegatto Filho, professor de IA na FSP-USP

Poupa tempo

Essa possibilidade de detectar o câncer antes de que ele se manifeste é considerada a cereja do bolo das oportunidades que a IA tem oferecido. Economizar tempo, nesse cenário, resultaria em tratamentos menos invasivos e mais acertados.

Um exemplo disso é a tecnologia desenvolvida pela startup Huna, que identifica a probabilidade de ter um tumor a partir de exames de sangue de rotina. "Ao antecipar em até 16 semanas o diagnóstico, a chance de detecção precoce aumenta em até três vezes e permite a busca ativa das pacientes", fala Daniella Castro Araújo, diretora de tecnologia da empresa.

Imagem: Já a Linda Lifetech usa a termografia - um mapa térmico - integrada à IA que revela padrões suspeitos na mama. Um de seus sócios, Rodrigo Victorio, diz que ela pode se tornar a primeira triagem feita no consultório médico, oferecendo dados de quem realmente precisará de maior monitoramento dali para frente.

As muitas possibilidades da IA

Para além da possível detecção precoce de tumores por meio da melhoria das imagens e da precisão de suas interpretações, a IA têm-se demonstrado relevante de outras formas. Veja algumas delas:

Redução de resultados falsos positivos/negativos, proporcionando exatidão dos resultados e reduzindo erros e seus efeitos psicológicos na jornada da (os) pacientes.

Avaliação de risco personalizado a partir do cruzamento de dados do histórico de saúde, riscos pessoais, além da interpretação de exames genéticos que ajudam a traçar plano de acompanhamento do paciente.

Apoio para a tomada de decisão entre radiologistas com dados que funcionam como uma segunda opinião em casos complexos, o que também reduz o tempo de trabalho.

Análises de biópsias por meio da classificação de células e tecidos, aprimorando a identificação, por parte dos patologistas, do comportamento das células (benignidade e malignidade), além da descoberta de subtipos moleculares de câncer que podem melhor direcionar o tratamento.

IA explicável para todos Imagem: Apesar de o uso da IA na saúde já alcançar os 30%, Cristiano Teodoro Russo, especialista em transformação digital, tecnologia e inovação em saúde da PUCPR, afirma que ainda é preciso mais tempo para que os médicos entendam melhor essas ferramentas e para que elas se provem eficientes, seguras e relevantes.

Outro desafio é fazer que a IA perca a fama de caixa preta, garantindo a qualidade, a origem e a representatividade populacional dos dados usados para treinar as máquinas, a dos pacientes, além de transparência dos parâmetros usados para chegar ao diagnóstico (IA explicável).

O vice-presidente da área médica da Dasa, Leonardo Vedolin, afirma que tudo isso revela a urgente necessidade de uma discussão mais madura sobre riscos e segurança para a incorporação da IA.

Assim como outras tecnologias, ela pode trazer benefícios e não deve ser combatida por medo do eventual prejuízo que possa causar. Leonardo Vedolin

Futuro promissor

Enquanto isso, o INCA (Instituto Nacional de Câncer), encarregado da pesquisa, prevenção e vigilância para o controle do câncer no Brasil, já incorporou a tecnologia em um estudo envolvendo o tumor de ovário. A proposta diz respeito a possíveis respostas à quimioterapia e pode ser adaptada à mama.

Quem dirige esse trabalho é Mariana Boroni, chefe do Laboratório de Bioinformática e Biologia Computacional da instituição. Ela declara que as possibilidades são infinitas com a IA e prevê que, no futuro, o foco será a prevenção da doença e não o seu tratamento.

"A colaboração intensa de diferentes profissionais permitirá, cada vez mais, que os algoritmos combinem dados antes inacessíveis para nós. E será a partir desse conjunto de informações precisas que todas as decisões serão tomadas", acrescenta a pesquisadora.

Mais tempo para o cuidado

A mamografia é hoje considerada o exame padrão ouro por ser o mais preciso para o diagnóstico precoce (rastreamento) do câncer de mama, e é indicado para a população em geral, a partir dos 40 anos e até 74 anos ou mais, a depender da expectativa de vida da mulher.

Essa recomendação é a das sociedades médicas (Febrasgo, SBM, CBR*), mas o Ministério da sugere o rastreamento bienal entre os 50 anos e 69 anos.Em casos especiais, como quando há histórico familiar, o teste pode ser útil até mais cedo.Embora seja o teste de referência, a mamografia tem suas limitações. São exemplos a efetividade reduzida em identificar câncer em mulheres com idade inferior a 40 anos, bem como a menor sensibilidade a tumores menores que 1 mm. Assim, a IA tem o potencial de aumentar a eficácia do exame, beneficiando um maior número de pessoas.

A ginecologista Uianê Azevedo, especialista em mamografia e ultrassom do MEJC-UFRN/Ebserh vê o uso da IA com entusiasmo: "Como o diagnóstico se dá em várias etapas, a tecnologia poderá acelerar esse processo e ainda dará maior espaço para que os médicos se dediquem à qualidade no cuidado da (o) paciente", conclui.

Fontes: Alexandre Chiavegatto Filho, professor de IA da FSP-USP (Faculdade de Pública da Universidade de São Paulo); Cristiano Teodoro Russo, especialista em transformação digital, tecnologia e inovação na saúde, é professor do curso de Medicina na PUCPR-Londrina (Pontifícia Universidade Católica do Paraná), palestrante e apresentador do programa MOVE na TV Tarobá/Band-PR; Daniella Castro Araújo, engenheira e doutora em Ciências da Computação pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), é diretora de tecnologia da Huna; Leonardo Vedolin, médico e vice-presidente da Área Médica da Dasa; Mariana Boroni, pesquisadora do INCA (Instituto Nacional de Câncer), tem doutorado em Bioinformática e lidera o Laboratório de Bioinformática e Biologia Computacional da instituição; Rodrigo Victorio, country manager da Linda Lifetech Brasil e um dos sócios da Linda global; Uianê Azevedo, médica ginecologista e obstetra da MEJC-UFRN/Ebserh (Maternidade Escola Januário Cicco da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que integra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), especialista em mamografia e ultrassom pelo CBR (Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem), responsável técnica e fundadora do Grupo Reviver, integra ainda a Liga Norte-Rio-Grandense contra o câncer e o corpo clínico da Clínica de Oncologia e Mastologia de Natal.

*Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia); SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia); CBR (Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem).

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A REDAÇÃO

Maternidades municipais iniciam normalização de atendimentos em Goiânia

Suspensos por falta de repasses por parte da Prefeitura de Goiânia, os atendimentos eletivos - aqueles que não se enquadram como urgências e emergências - nas maternidades municipais Dona Iris, Nascer Cidadão e Célia Câmara serão retomados gradualmente a partir de 11 de novembro. A informação foi divulgada nesta terça-feira (29/10) pela Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc/UFG), responsável pela gestão das unidades de saúde. 
 

Em nota, a entidade comunicou que as equipes das unidades já iniciaram os contatos com pacientes que tinham consultas, exames e cirurgias agendados durante o período de paralisação, a fim de remarcar os atendimentos. A orientação é que os usuários aguardem o contato das unidades para confirmação das novas datas.

A retomada foi possível graças à liberação de recursos pela Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), viabilizando o retorno responsável das consultas ambulatoriais, exames e cirurgias eletivas, em conjunto com a regularização do fornecimento de insumos e a normalização dos contratos com prestadores.

"A Fundahc/UFG reafirma seu compromisso com a segurança e qualidade do atendimento à população e destaca que a continuidade plena dos serviços dependerá do cumprimento regular dos repasses pela SMS", traz a nota. 

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Assessoria de Comunicação