CLIPPING AHPACEG 22/08/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Mulheres médicas ganham 12,9% a menos, por hora semanal, do que os homens
Aparecida de Goiânia lidera casos de Mpox em Goiás
Diarreia aguda em Goiás: escolas registram surto da doença
Como a inteligência artificial está revolucionando a Saúde
MEDICINA S/A
Mulheres médicas ganham 12,9% a menos, por hora semanal, do que os homens
O Research Center, núcleo de pesquisa da Afya, apresenta a terceira edição da pesquisa “Panorama Financeiro do Médico em 2023”. O estudo feito com 2.624 profissionais de saúde apontou que o médico recebe em média R$ 26.138, e a médica R$ 19.865, uma diferença de 24%. Dividindo esses valores pela quantidade de horas semanais trabalhadas, sendo de 54,7 horas por semana para o homem e 47,8 horas para a mulher, chega-se ao valor da hora semanal remunerada do médico igual a R$ 477 e da médica, R$ 416, uma diferença de 12,9% a menos.
O impacto das funções familiares na carreira profissional da médica feminina é evidenciado também, pois a pesquisa aponta que, nas formações familiares sem filhos, o tempo de dedicação ao trabalho remunerado aumenta para 50,6 horas por semana. Há ainda uma maior insatisfação entre as mulheres com seus salários, com 73,5% das respondentes que não consideram justo o que ganham, contra 70,2% dos homens. O grau de formação profissional por gênero no estudo mostrou-se similar em todos os níveis, desde generalistas, até residentes, pós-graduandos em andamento e especialistas.
“Os resultados evidenciam uma desigualdade salarial entre homens e mulheres também na medicina. Realizamos essa divisão por gênero em nossa pesquisa para mostrar a importância de nos atentarmos para esse problema no Brasil e buscarmos soluções”, afirma Eduardo Moura, médico e diretor de pesquisa do Research Center.
A renda de acordo com a especialidade
A pesquisa também trouxe dados de especialistas e generalistas, mostrando que quanto mais especializado o profissional, maior a sua renda. A média salarial do especialista com duas ou mais especializações é de R$ 28.954, enquanto do generalista que ainda não se especializou é de R$18.906. As especialidades cirúrgicas, medicina intensiva e cardiologia são as mais rentáveis, com média de salário de R$ 32.709, para 55,5 horas trabalhadas; R$ 32.163, para 67,9 horas trabalhadas; e R$ 29.970, para 52,1 horas trabalhadas, respectivamente.
Com relação ao ambiente de trabalho, 33,7% dos médicos respondentes afirmaram trabalhar em emergências ou unidades de pronto atendimento públicas; 27,1% em consultórios particulares; 26,7% em clínicas da família ou unidades de atenção básica; e 21,4% ambulatórios em clínica ou policlínicas públicas; e 20,5%, em particulares. A maioria (64,1%) trabalha em plantões médicos, representando um aumento significativo em comparação com 2022, quando a porcentagem de médicos plantonistas era de 58,7%.
Comportamento financeiro
A renda líquida mensal média dos profissionais foi de R$ 22.933, 18,6% superior ao ano anterior, onde a renda média era em torno de R$ 19.340, e a média de seus gastos com as despesas mensais é de R$ 17.336. Em relação às dívidas, 34% afirmaram não possuir dívidas ou financiamentos no momento, e 45,8% dos que afirmaram possuir, mas estão dentro do planejado. No entanto, 20,3% assumiram ter dificuldades para arcar com suas dívidas/financiamentos atuais ou mesmo não sabem como conseguirão pagá-los.
Ao mesmo tempo em que 34,6% dos médicos expressaram não terem poupado nada de sua renda líquida no ano passado. Essa é uma realidade que vem crescendo, em 2021, 25,5% dos médicos pesquisados já haviam afirmado que não conseguiram, e em 2022 esse número passou para 29,5%. Embora se considerem aptos a se organizarem financeiramente, 73,2% dos médicos não conseguem se manter financeiramente, por meio de suas reservas, por mais de seis meses em caso de emergência que os impossibilitam de trabalhar; e 19,8% não conseguem se manter por nenhum mês.
Ao serem questionados sobre o peso que a qualidade de vida tem sobre os ganhos financeiros, ficam divididos entre priorizar sua qualidade de vida, 53,4%, e seus ganhos financeiros, 46,6%. Porém, do ponto de vista de gênero, há uma definição clara de que a mulher médica prioriza a qualidade de vida, 59,9%.
Metodologia:
O estudo de abrangência nacional foi realizado entre 06/02/2024 e 07/04/2024, com 2.624 participantes, sendo 33,3% generalista que ainda não se especializou; 5,8% generalista residente; 12,5% generalista pós-graduando; 18,5% com uma especialização; 8% com outra especialização em andamento; e 21,9% com duas ou mais especializações. Para uma população estimada de 546.171 médicos no Brasil, a amostra apresenta nível de confiança de 95% com margem de erro de 1,91 p.p. Com método quantitativo a partir de pesquisa transversal, foi utilizado como instrumento de coleta questionário online estruturado.
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MAIS GOIÁS
Aparecida de Goiânia lidera casos de Mpox em Goiás
Município registrou cinco casos contra quatro em Goiânia
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) de Goiás confirmou, na última sexta-feira (16), que o Estado já teve 12 casos de monkeypox (Mpox) em 2024. Aparecida lidera com cinco confirmações, contra quatro, em Goiânia, conforme repassado ao Mais Goiás, nesta quarta-feira (21).
Ainda segundo a pasta, os seguintes municípios tiveram um caso confirmado cada: Goianápolis, Anápolis e Águas Lindas de Goiás.
O Mais Goiás procurou as duas prefeituras com maior número de casos para saber quais são as medidas tomadas. A secretaria de Saúde da capital informou que os casos “foram do início do ano e Goiânia ainda não identificou a nova cepa. Portanto, após o alerta da OPAS, não houve casos positivos”.
Em relação as medidas adotadas, a pasta enumerou:
Todas as unidades de saúde estão preparadas para o atendimento dos casos e é feito o monitoramento e acompanhamento de todos os pacientes notificamos ( suspeitos ou confirmados);
Aalém disso, há unidades referências para a realização da coleta de exame em todos os distritos (12 unidades de urgência e emergência);
Realizado orientações referente a medidas de prevenção e controle para os notificados.
Aparecida, por meio da pasta de Saúde, disse que existem, atualmente, dois casos suspeitos de monkeypox em investigação no município, sem nenhum caso confirmado/ativo neste momento. Ressalta que a notificação de casos da doença é obrigatória e que a SMS mantém vigilância constante sobre a circulação do vírus na cidade. “Neste ano, até o momento, foram notificados 23 casos, dos quais 16 foram descartados, 5 confirmados e curados e 2 estão em investigação.”
Mpox em Goiás
A SES-GO também informou que tiveram, até o momento, 84 notificações, mas nenhum óbito – as localidades não foram reveladas. A pasta destaca que, apesar dos casos, não há um surto da doença em Goiás, com os casos sendo esporádicos e sem conexão entre si. Em 2023, foram 101 casos confirmados de um total de 348 notificações, também sem mortes.
A superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, explica que a OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) para a doença devido à identificação, na África, de uma nova variante, uma mutação do vírus original da mpox, que tem se apresentado mais letal e transmissível. Os casos verificados no estado não têm relação com essa nova variante.
Amorim garante que Goiás possui capacidade para realizar exames e fazer a identificação precoce dos casos. No estado, a unidade de referência para a realização de exames de monkeypox é o Laboratório Estadual de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO). “Precisamos estar vigilantes com os casos que aparecerem, apresentando sinais e sintomas da doença”, diz.
Sintomas e tratamento
Anteriormente conhecida como varíola dos macacos, a Mpox é causada pelo vírus monkeypox. A doença é caracterizada por sintomas como:
cansaço
febre
calafrios
dor de cabeça
dor no corpo
além de bolhas ou feridas na pele.
Embora não exista um tratamento específico para a infecção, o foco do atendimento médico é no alívio dos sintomas e na prevenção de complicações.
A transmissão da mpox ocorre principalmente através do contato direto com feridas ou bolhas na pele de pessoas infectadas, ou por meio de gotículas respiratórias. O vírus também pode ser transmitido pelo compartilhamento de objetos usados por indivíduos contaminados. Embora não haja confirmação científica de que o vírus seja transmitido sexualmente através de sêmen ou fluidos vaginais, o contato direto com lesões durante a atividade sexual pode resultar em contágio.
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PORTAL G1/GOIÁS
Diarreia aguda em Goiás: escolas registram surto da doença
Secretaria confirmou mais de 60 casos em escolas da capital. Superintendente em Vigilância de Saúde reforça colaboração dos pais e responsáveis.
Três escolas registram surto de diarreia aguda, em Goiânia, informou a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) Segundo a pasta, até o momento, 64 casos da doença foram confirmados nas unidades escolares
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Ao g1, Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que os surtos não são na rede municipal O g1 pediu nota à Secretaria de Estado da Educação (Seduc), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem
Ao g1, a coordenadora do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) da SES-GO, Grécia Pessoni, explicou que as amostras são analisadas e que, até o momento, não foi possível identificar a causa da doença
Pessoni destacou ainda que os surtos em Goiânia são em uma escola privada de ensino infantil, pública de ensino infantil e uma pública para jovens e adolescentes "Elas não têm relação uma com a outra e são monitoradas", disse
Em entrevista à TV Anhanguera, a coordenadora do Programa de Saúde na Escola da SME, Marislei Brasileiro, afirmou que as escolas são orientadas a notificar os casos e, no início do ano, receberam cartilhas de ações de prevenção
"Há um mapeamento e as unidades são orientadas a notificar quando houver mais de três casos É importante que as ações de prevenção sejam executadas pelos professores, administrativos, gestores e alunos", afirmou Brasileiro
Além da coordenadora, a superintendente em Vigilância de Saúde, Flúvia Amorim, destacou a importância da colaboração dos pais e responsáveis "Criança doente não deve ir para creche ou escola, procure um médico", disse
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SAÚDE BUSINESS
Como a inteligência artificial está revolucionando a Saúde
A era da inteligência artificial está redesenhando o futuro da saúde, prometendo avanços transformadores enquanto enfrenta desafios regulatórios e éticos. Descubra como essa tecnologia pode moldar um sistema mais eficiente e acessível.
A era da inteligência artificial (IA) está revolucionando diversos setores, incluindo a saúde. O Future of Digital Health International Congress, que ocorreu durante a Hospitalar 2024, trouxe à tona questões essenciais sobre o futuro das cadeias públicas e privadas de saúde e como a IA pode reduzir a entropia no setor. Veja uma reflexão detalhada sobre essas discussões, explorando os desafios, oportunidades e implicações dessa revolução tecnológica para a próxima década.
Impacto da IA generativa nas decisões clínicas
A IA generativa, especialmente, tem demonstrado um potencial significativo em várias áreas da saúde, desde a automação de processos administrativos até o suporte avançado na tomada de decisões clínicas. Durante as palestras, foi destacado como essa tecnologia pode fornecer análises rápidas e precisas, facilitando o trabalho dos profissionais de saúde e melhorando os resultados para os pacientes.
Um exemplo apresentado foi o caso hipotético de João da Silva, um paciente com múltiplas condições crônicas que apresentava sintomas de apendicite. A IA poderia analisar seu histórico médico e fornecer probabilidades de sucesso e riscos para diferentes opções de tratamento (cirurgia, tratamento com antibióticos ou observação conservadora). Isso não apenas agilizaria o processo de decisão, mas também permitiria um tratamento mais personalizado e seguro.
Dificuldades da implementação da IA na Saúde
Apesar das promessas, a implementação da IA na saúde enfrenta vários desafios. A principal preocupação é a confiabilidade e a precisão dos dados usados para treinar os algoritmos. Dados enviesados podem levar a decisões errôneas, o que é particularmente perigoso em contextos médicos. Durante as palestras, foi enfatizado que a transparência e a explicabilidade dos algoritmos são cruciais para garantir a confiança e a aceitação dessas tecnologias tanto pelos profissionais de saúde quanto pelos pacientes.
Outro ponto importante é a necessidade de um pacto ético no uso da IA, que inclua diretrizes claras sobre a responsabilidade dos profissionais e a segurança dos dados dos pacientes. A criação de um marco regulatório específico para a saúde foi discutida como uma medida essencial para garantir que a IA seja usada de maneira segura e eficaz.
O papel da regulação
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e outras entidades reguladoras têm um papel fundamental na definição de diretrizes para o uso da IA na saúde. A regulação não deve apenas focar na mitigação de riscos, mas também em promover a inovação responsável. A ANS já está utilizando IA para otimizar processos internos, como a análise de ressarcimento ao Sistema Único de Saúde (SUS), mas há um longo caminho a ser percorrido para a adoção plena dessa tecnologia em contextos clínicos.
Impacto econômico e operacional
A adoção da IA pode trazer benefícios econômicos significativos, como a redução de custos operacionais e a melhoria da eficiência dos serviços de saúde. Por exemplo, a automatização de tarefas administrativas pode liberar profissionais para se concentrarem em atividades mais complexas e de maior valor agregado. Além disso, a IA pode ajudar a identificar padrões em grandes volumes de dados, melhorando a gestão de doenças crônicas e a prevenção de complicações.
No entanto, essa transformação exige investimentos substanciais em infraestrutura tecnológica e capacitação de profissionais. A integração da IA nos sistemas de saúde deve ser acompanhada de treinamento contínuo para garantir que os profissionais estejam preparados para utilizar essas ferramentas de forma eficaz.
O futuro da saúde com IA
Olhando para a próxima década, é possível vislumbrar um cenário em que a IA desempenhará um papel central na saúde. Tecnologias como a transcrição automática de voz para prontuários médicos, a análise preditiva de riscos e a personalização de tratamentos serão cada vez mais comuns. Além disso, a interoperabilidade dos dados de saúde permitirá uma visão mais holística e integrada do paciente, melhorando a coordenação do cuidado e os resultados clínicos.
Porém, para alcançar esse futuro, é fundamental que todos os stakeholders – governos, profissionais de saúde, desenvolvedores de tecnologia e pacientes – trabalhem juntos para superar os desafios e maximizar os benefícios da IA. A confiança e a aceitação da tecnologia serão construídas com base na transparência, na ética e na eficácia comprovada das soluções implementadas.
A transformação da saúde com a IA é inevitável e necessária para enfrentar os desafios crescentes do setor. A próxima década trará avanços significativos, mas também exigirá uma abordagem cautelosa e responsável. Com a regulação adequada, a qualificação dos profissionais e a participação ativa de toda a sociedade, a IA pode se tornar uma aliada poderosa na construção de um sistema de saúde mais eficiente, acessível e equitativo.
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Assessoria de Comunicação