Postado em: 22/07/2024

CLIPPING AHPACEG 22/07/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Ministério da Saúde traça estratégias para acelerar atendimentos complexos no SUS

De referência e do SUS: Instituto do Cérebro se destaca com aparelhos de ponta, pesquisas e cirurgias de alta complexidade

Rede pública de Goiás avança no tratamento contra o câncer

Atendimento domiciliar de saúde em Goiás é destaque em congresso mundial

O GLOBO

Ministério da Saúde traça estratégias para acelerar atendimentos complexos no SUS


Medida busca reduzir as filas de cirurgia que aumentam com os cancelamentos unilaterais de planos de saúde

Com uma demanda represada no Sistema Único de Saúde (SUS) causada pelo envelhecimento da população, migração de usuários de planos para hospitais públicos e pandemia de Covid, o Ministério da Saúde faz uma ofensiva em várias frentes para tentar reduzir as filas de cirurgia, seja de ordem simples ou complexa, e desafogar o SUS. O esforço envolve desde o corte de burocracia e planejamento regional para as filas até a implementação de um prontuário único e atendimentos em telessaúde.

O governo demonstrou priorizar o tema em fevereiro do ano passado, ao destinar R$ 600 milhões para o Programa Nacional de Redução de Filas, que traz estratégias para ampliar o acesso a cirurgias, exames e consultas. De março do ano passado a abril deste ano, cerca de 958 mil cirurgias eletivas (que não são consideradas de urgência) foram feitas por meio da política, segundo dados do ministério. Em 2024, foi reservado R$ 1,2 bilhão para o programa, com a meta de 1,6 milhão de cirurgias.

O conjunto de medidas, contudo, não é suficiente para aliviar a demanda por cirurgias complexas, e vem avançando apenas na realização de procedimentos simples, como a correção de cataratas, uma das mais procuradas pela população atendida no SUS.

Segundo o Ministério da Saúde, em novembro de 2023, mais de 1 milhão de pessoas estavam na fila do SUS aguardando por cirurgias eletivas em todo o país. Em nota, a pasta informou, porém, que ultrapassou a meta de atendimentos em "dois ciclos" do programa de redução de filas.

Entre março e janeiro de 2024, a meta de cirurgias foi superada em 30%, com a realização de 648.729 procedimentos. Já entre fevereiro e maio de 2024, houve atendimento 60% acima do planejado, com 438.355 intervenções. "O programa se mostrou responsável por 86% da expansão das cirurgias eletivas no país em 2023", diz a pasta.

Diante da necessidade de atender à demanda, a pasta passou a investir em novas políticas que se conectam ao programa lançado no ano passado e visam resolver gargalos. Em abril, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, lançaram o programa Mais Acesso a Especialistas, com foco em reduzir as burocracias que o paciente enfrenta durante um tratamento no SUS. O investimento é de R$ 1 bilhão.

A ideia é agilizar o atendimento, concentrando exames e consultas em unidades de saúde próximas à casa da pessoa e, dependendo do caso, atendendo por meio de telessaúde. Na prática, o programa foi iniciado há cerca de duas semanas.

A iniciativa também amplia o atendimento em especialidades como oftalmologia, ortopedia e cardiologia por telessaúde, modelo que permite reduzir as barreiras geográficas, já que é difícil levar profissionais especializados ao interior do país.

- Não vamos acabar com as filas. Se trata de reduzir o tempo de espera. O que muda é que o atendimento é centrado nas necessidades do paciente, e não nos serviços isolados - declarou a ministra, durante o lançamento.

A ofensiva do governo para gerenciar as filas ainda conta com a organização de planos regionais. No mês passado, a pasta começou a receber das unidades da federação diagnósticos sobre as necessidades da rede, identificação dos principais problemas e prioridades, número de filas por procedimento e sistemas utilizados.

A medida é vista com bons olhos pela médica sanitarista e pesquisadora da USP, Marília Louvison, que cita a fragmentação das filas e ausência de um sistema centralizado de atendimento como dois dos principais empecilhos para a demora no atendimento de procedimentos complexos no SUS:

- Não são filas únicas porque ainda não temos um sistema de informação em que as gestões federal, estadual e municipal estejam integradas. Então, muitas vezes há filas duplicadas e o governo tem dificuldade de adequar a oferta e identificar onde está a demanda.

Outros desafios estão ligados à natureza dos serviços: cirurgias mais complexas dependem de boas tecnologias e profissionais qualificados, assistências que não são distribuídas de forma equânime no SUS em todo o país.

- Uma grande questão, principalmente para os procedimentos mais complexos, é que eles dependem de maior densidade tecnológica. Isso quer dizer que preciso de recursos financeiros e políticas de formação e descentralização de profissionais em um país extremamente desigual, com vazios assistenciais em partes do Centro-Oeste, Norte e Nordeste - comenta Louvison.

Na avaliação do sanitarista e ex-secretário de Atenção Primária, Nésio Fernandes, a ausência de uma plataforma tecnológica que centralize os dados sobre a espera no SUS gera "uma desorganização do acesso dos pacientes no SUS até às cirurgias".

- Entre ir na atenção primária e chegar ao centro cirúrgico, ainda se enfrenta caminhos difíceis no sistema de saúde. Poderíamos ter soluções tecnológicas que fossem capazes de organizar essa caminhada, uma plataforma digital que permitisse o acompanhamento independente do nível de atenção, do nível de gestão ou da esfera jurídica do prestador.

Nesse sentido, o governo federal anunciou neste mês que o SUS Digital, aplicativo do sistema, terá uma aba de acompanhamento de consultas, exames e procedimentos. Além disso, os profissionais da saúde poderão ter acesso a um prontuário eletrônico unificado. A medida, contudo, ainda não foi colocada em prática.

O envelhecimento da população e a migração de clientes de planos de Saúde para o SUS, além de um represamento de atendimentos causado pela pandemia da Covid-19, são os três principais motivos apontados pela Louvison para a espera no SUS.

Na última semana, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça, solicitou esclarecimentos adicionais a 17 operadoras e quatro associações de saúde sobre o cancelamento unilateral de planos na última semana. A investigação foi iniciada devido ao aumento expressivo de reclamações registradas nos canais do governo. A sanitarista reforça que "o SUS tem que estar preparado para reinserir" esses usuários.

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De referência e do SUS: Instituto do Cérebro se destaca com aparelhos de ponta, pesquisas e cirurgias de alta complexidade


Médicos estudam se zika vírus pode ajudar a combater tumores, após observação de paciente curada de tumor após contrair doença viral

Livro na mão, o experiente neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho não disfarça a empolgação. Como quem mostra o álbum das crianças a uma visita, ele se debruça sobre a mesa e aponta detalhes da publicação que documenta o surgimento, há 11 anos, do Instituto Estadual do Cérebro (IEC). Nas muitas fotos, o que se vê são apenas vigas, vergalhões e tijolos à mostra. Quase nada ali remete à realidade atual do espaço, que fica meio escondido numa rua estreita do Centro do Rio. Em pouco mais de uma década, o IEC se tornou referência em neurocirurgia no país, com o desenvolvimento de pesquisa de ponta na área, emprego de equipamentos de alta tecnologia e a realização de 200 procedimentos de alta complexidade por mês. Todos pelo SUS.

- O Rio não tinha um lugar de referência para casos de alta complexidade neurológica. A tecnologia hoje, neste campo, muda todo dia e é de alto custo. Nós temos aqui um aparelho chamado Gamma Knife, por exemplo, que faz radiocirurgia com precisão milimétrica, só serve para o cérebro e custa US$ 7 milhões (R$ 39 milhões). Não dá para ter um aparelho desse em cada hospital; você tem que concentrar essa tecnologia em um lugar - explica Paulo Niemeyer Filho, que exerce o cargo de diretor médico da unidade. - No Brasil existem quatro desses, mas todos em hospitais particulares. O único público está aqui.

Concebido inicialmente para ser um hospital especializado em cérebro com capacidade para mil cirurgias por ano - hoje já são quase 2,4 mil - , o projeto foi transformado por sugestão e insistência dos médicos que acompanharam sua criação.

- Nós achamos que não seria razoável ter esse número de cirurgias e terminar nisso. Decidimos ampliar, mudar o nome que seria Hospital do Cérebro, como se vê nessas fotos antigas, para Instituto do Cérebro e assim incluir a parte de ensino, de treinamento, de formação de conhecimento. Não pode operar mil doentes e terminar nisso, esses mil doentes têm que virar conhecimento - diz Niemeyer, novamente mostrando as imagens no livro.

Tumor em laboratório O resultado é que hoje o IEC - que é administrado pela OS Instituto de Desenvolvimento, Ensino e Assistência à Saúde (Ideas), contratada pelo governo do estado - conduz pesquisas inéditas no Brasil como a que reproduz em laboratório tumores de glioblastoma, um tipo bastante agressivo de câncer que afeta sobretudo o cérebro. No estudo, liderado por cientistas do instituto em parceria com pesquisadores da Universidade de Paris VI, na França, pedaços microscópicos do tumor são agitados em equipamento próprio até que se reagrupam formando uma espécie de clone do tumor vivo.

- Desta forma, conseguimos testar formas de combater o tumor para saber o que funciona melhor. Conseguimos separar as células que queremos trabalhar. Tratando a célula de maneira isolada, podemos atacá-la e descobrir qual irá morrer, com o ataque de um vírus ou com o medicamento mais efetivo para combater o tumor - explica o professor Vivaldo Moura Neto, diretor de Pesquisa do IEC.

Outra linha de pesquisa trabalhada no instituto busca compreender de que forma o zika vírus pode ajudar a combater tumores.

- Na crise do zika vírus, as crianças começaram a nascer com microcefalia. No Rio, o IEC virou o centro de referência. Fizemos uma programação tão bem feita que o Ministério da Saúde assumiu como padrão nacional - diz Niemeyer Filho.

A partir do trabalho realizado, foi constado que o vírus tinha preferência pelas células-tronco cerebrais, o que prejudicava o desenvolvimento do cérebro. Baseado nessas observações, surgiu a hipótese de que o vírus poderia ser usado para combater os tumores, cuja formação se dá nesse tipo de célula. O caso específico de uma paciente chamou a atenção dos pesquisadores do IEC.

- Ela tinha uma forma de câncer altamente agressiva, que dá uma sobrevida, normalmente, de um a um ano e meio. Acontece que no pós-operatório ela teve zika, e o tumor sumiu. Isso já tem sete anos. Todo ano ela faz uma ressonância e não tem nenhum sinal. Então nós publicamos isso numa revista estrangeira. Não podemos afirmar que foi o vírus da zika, mas essa é a suspeita. É mais um reforço para nós nos empenharmos na pesquisa - diz Niemeyer, lembrando que há linha de pesquisa semelhante a respeito em andamento na Universidade de São Paulo (USP).

De forma a garantir material de estudo para pesquisas em andamento e as que ainda possam surgir, o IEC conta com dois robustos congeladores onde amostras de tumores, armazenadas a 80 graus negativos, aguardam pela curiosidade e o espírito científico de pesquisadores e estudantes.

Além das 200 cirurgias mensais nas cinco salas disponíveis no centro cirúrgico, que conta com um aparelho de ressonância magnética - o que não é comum e permite a realização da verificação imediata do sucesso de uma intervenção ou a necessidade de continuar com o procedimento - , o IEC realiza ainda cerca de dois mil atendimentos ambulatoriais por mês. São 110 leitos disponíveis: 44 de UTIs, 15 de UTIs pediátricas e neonatais; 39 na enfermaria para adultos; dez na enfermaria para crianças e recém-nascidos e dois leitos especialmente para tratamento de epilepsia. O instituto conta com 35 neurocirurgiões e 20 médicos residentes.

Sem emergência aberta O IEC não tem atendimento de emergência. Não são realizados procedimentos em casos de traumas causados por acidentes, nem cirurgia de coluna. O acesso dos pacientes se dá via sistema de regulação a partir da Secretaria estadual de Saúde e do Ministério da Saúde.

A maior parte dos pacientes recebidos pelo instituto é do Estado do Rio, mas há atendimento a casos de todo o país. Um deles, há dois anos, teve repercussão mundial. Nascidos unidos pelo cérebro, os gêmeos Arthur e Bernardo, de Boa Vista, Roraima, foram separados após nove cirurgias realizadas no IEC.

Quem consegue ingressar no Instituto do Cérebro é só elogios. Manuel Soares Silva, de 54 anos, teve um tumor na hipófise (glândula na base do cérebro) operado na unidade há dez anos.

- Aqui é Primeiro Mundo. Eu tive muita sorte, agora venho todo ano fazer acompanhamento. E não é só tecnologia que tem aqui. O tratamento humano é muito importante, muito especial - elogia Silva, morador de Japeri, na Baixada Fluminense.

O nome completo da unidade é Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, homenagem a uma das maiores personalidades da neurocirurgia brasileira, morto em 2004, e pai do diretor médico do IEC.

- Meu pai mereceu essa homenagem. Ele deve estar invejoso lá de cima de ver a qualidade do trabalho que a gente está fazendo aqui, ele que fez tudo em uma época em que nada disso existia - diz Paulo Niemeyer Filho.

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O HOJE

Rede pública de Goiás avança no tratamento contra o câncer

O serviço é ofertado em Uruaçu, Itumbiara, Jataí, Rio Verde e em breve chegará a Goiânia

O estado de Goiás, que há poucos anos possuía um vazio assistencial na área de oncologia pelo Sistema Único de Saúde (SUS), agora conta com tratamento de referência em duas unidades estaduais, por meio da Secretaria da Saúde, além de unidades conveniadas.

O serviço é ofertado em Uruaçu, Itumbiara, Jataí, Rio Verde e em breve chegará a Goiânia com o Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora).

“Goiás faltava muito com sua população (que precisa de tratamento de câncer). Estamos, aos poucos, mudando essa realidade”, garantiu o governador Ronaldo Caiado.

Conheça as Unidades:

Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN): Já realizou mais de 90 mil atendimentos prestados desde sua inauguração em 2022. A unidade, localizada em Uruaçu, foi a primeira da rede estadual a ser reconhecida e credenciada pelo Ministério da Saúde como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon).

Hospital Estadual de Itumbiara São Marcos (HEI): No local, são atendidos pacientes de municípios da região Sudeste, desde novembro de 2022. O centro de oncologia do HEI realiza atendimentos ambulatoriais e tratamento de alta complexidade oncológica, contando com 15 poltronas para quimioterapia. O principal diferencial é que o tratamento pode ser iniciado em até 48 horas depois de realizada a primeira avaliação pela equipe clínica.

Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora): A construção da ala pediátrica, que tem previsão de ser inaugurada no início de 2025, já está 60% concluída. A primeira etapa foi orçada em R$ 192 milhões e será custeada com recursos do Tesouro Estadual. Quando estiver em pleno funcionamento, o hospital terá 148 leitos e 44 mil metros quadrados de área construída.

Hospital do Câncer de Rio Verde (unidade conveniada): Foi criado para atender pacientes da região Sudoeste no tratamento contra a doença. A unidade possui 20 boxes individuais para o tratamento quimioterápico, além de 100 leitos hospitalares, sendo 10 deles de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A transferência do recurso é feita na modalidade ‘fundo o a fundo’, com validade até janeiro de 2025, totalizando o valor de R$ 12.296.098,36.

Hospital Padre Tiago da Providência de Deus (unidade conveniada): Desde 2019, a unidade localizada em Jataí realiza atendimentos ambulatoriais (consultas e exames de forte suspeita) e tratamento de alta complexidade oncológica. O principal diferencial do serviço é o atendimento humanizado desde o acolhimento à alta do paciente. A unidade dispõe de 50 leitos de internação e 10 leitos de UTI Adulto, além de 14 poltronas para o serviço de quimioterapia.

Hospital Araújo Jorge (unidade filantrópica): Esta unidade conta, desde 2019, com apoio financeiro do estado, por meio do Plano de Fortalecimento. Em 2024 a contrapartida estadual foi renovada. A previsão é de repasses na ordem de R$ 21,6 milhões ao hospital.

Avanços

Outro avanço promovido pela rede pública estadual é a realização de transplante de medula óssea para pacientes com câncer no sistema linfático. O primeiro procedimento foi realizado no Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG), em Goiânia.

A unidade tem capacidade para realizar seis transplantes por mês, além do atendimento ambulatorial de 45 pacientes. O departamento conta com 32 leitos – seis deles exclusivos para transplante de medula óssea.

No caso do tratamento do câncer de mama, o Projeto Goiás Todo Rosa vai oferecer, em breve, o rastreamento genético nas mulheres com probabilidade de ter o câncer de mama e de ovário primário herdado.

O estado é pioneiro a implantar este serviço, através de lei estadual de 2020. Já foram realizadas capacitações para 408 profissionais de saúde.

Ainda ofertam o serviço de mastologia ambulatorial, todas as seis policlínicas (Posse, Goianésia, Quirinópolis, São Luís de Montes Belos, Formosa e Goiás). Além do HGG, HCN, Hospital Estadual da Mulher (Hemu), Hospital Padre Tiago da Providência de Deus em Jataí (Hpet) e o Hospital Estadual de Itumbiara (HEI).

Todas essas unidades oferecem consultas e os exames de punção – que servem para apoiar no diagnóstico de nódulo, massa ou alteração suspeita de ser câncer.

Regionalização

A oferta de tratamento contra o câncer em cinco municípios, de todas as regiões de Goiás, concretiza projeto do Governo de Goiás de descentralizar o cuidado com a saúde. Isso evita que pacientes tenham que se deslocar longas distâncias para buscar atendimento em Goiânia.

Somente no primeiro trimestre deste ano, foram investidos R$ 241 milhões na área. A admissão de pacientes depende de regulação.

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A REDAÇÃO

Atendimento domiciliar de saúde em Goiás é destaque em congresso mundial

Idosos e portadores de doenças crônicas recebem o serviço de atendimento domiciliar do Governo de Goiás, oferecido pelo Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária Colônia Santa Marta (HDS). O projeto goiano foi selecionado como finalista de um dos maiores eventos globais de saúde, o Congresso Mundial dos Hospitais 2024. A ação foi avaliada como positiva por um comitê científico e agora será apresentada para mais de 1,4 mil profissionais de 70 países.

“Goiás dá bom exemplo em tudo que faz”, afirma o governador Ronaldo Caiado sobre a conquista. A iniciativa existe desde 2021, dentro do Programa Saúde no Lar, que leva assistência multiprofissional até pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), como modalidade de atenção substitutiva ou complementar. Desde sua criação, foram realizados 21.907 atendimentos.

A aposentada Cleuza Batista dos Santos Silva, de 69 anos, recebe acompanhamento mais próximo e personalizando, evitando deslocamentos desnecessários ao hospital. “É muito gratificante. Tenho dificuldade de locomoção por causa das sequelas da hanseníase, que descobri com 11 anos. Se não fosse isso, não conseguiria seguir com meu tratamento”, diz.

De acordo com o HDS, 45% dos pacientes atendidos têm alguma repercussão grave de acidente vascular cerebral (AVC). Além disso, muitos utilizam dispositivos como sonda de alimentação e traqueostomia. “Nosso serviço representa uma nova era de cuidados de saúde, com foco na humanização e resolução das necessidades dos pacientes de maneira eficaz e compassiva”, pontua a diretora-geral da unidade, Mônica Ribeiro Costa.

A equipe é composta por médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, fisioterapeutas, assistentes sociais, fonoaudiólogos, nutricionistas, odontólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais. O atendimento abrange toda a região metropolitana de Goiânia e cidades localizadas até 50 km do hospital. Para fazer uso dos serviços, o encaminhamento da solicitação médica deve ser feito ao Complexo Estadual de Regulação (CRE).

Congresso

Organizado pela Federação Internacional dos Hospitais, em colaboração com a Federação Brasileira de Hospitais (FBH), o Congresso Mundial dos Hospitais 2024 reunirá líderes hospitalares e gestores de serviços de saúde para compartilhar conhecimentos, boas práticas e inovações no setor. O evento será realizado dos dias 10 a 12 de setembro, no Rio de Janeiro (RJ). Além do HDS, o outro finalista brasileiro é o Hospital Universitário de Lagarto (SE). 

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Assessoria de Comunicação