CLIPPING AHPACEG 22/05/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Cremego intensifica fiscalização nas unidades de saúde da rede municipal de Goiânia
Você, médico, está preparado para o ‘Paciente 5.0’?
O importante papel das Organizações Sociais para a sustentabilidade do SUS
Reflexões sobre a Comunicação para a Medicina de Transição
Após visitas a unidades de saúde de Goiânia, Cremego constata: “Crise sem precedentes”
TV SERRA DOURADA
Cremego intensifica fiscalização nas unidades de saúde da rede municipal de Goiânia
https://www.youtube.com/watch?v=fYPnrzWlTrs
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MEDICINA S/A
Você, médico, está preparado para o ‘Paciente 5.0’?
Quebrando barreiras, a tecnologia se tornou uma grande aliada da saúde, e revoluciona não só tratamentos e diagnósticos, mas também a relação entre médicos e pacientes. Este cenário reforça o desenvolvimento constante do setor, exigindo que os profissionais da área estejam cada vez mais atentos e preparados para mudanças.
Além de trazer inúmeros benefícios para a rotina e gestão médica, a tecnologia possibilita que a perspectiva do paciente seja devidamente contemplada e priorizada nas decisões e informações tratadas nas clínicas e consultórios. Dado o empoderamento dos clientes, a satisfação e a expectativa tornam-se dois pilares que moldam as estruturas do setor.
Hoje, termos como ‘Saúde 5.0‘ e ‘Paciente 5.0‘, revelam que os serviços de saúde abrangem mais do que procedimentos médicos, apresentando uma função decisiva na experiência do paciente e nos resultados de clínicas e consultórios. Tal cenário já não é mais futurista. Trata-se de uma realidade que convida médicos e profissionais de saúde a desenvolverem novas habilidades de gestão e atendimentos, com o objetivo de acelerar resultados e manter a competitividade frente às demais clínicas e consultórios.
O paciente 5.0
Atualmente, não há como negar que a relação médico-paciente sofreu um impacto significativo: a partir do momento em que tecnologias começaram a integrar processos médicos, desde alternativas de agendamento de consultas até precisão de equipamentos que colaboram para tratamentos e diagnósticos. Sendo um passo a mais para a modernização, estratégias de Marketing e de comunicação também fazem parte da gestão médica, objetivando fortalecer um atendimento humanizado, claro e eficiente.
Informado, perspicaz e exigente na gestão de sua saúde — assim é o ‘Paciente 5.0’. O termo que designa a evolução do papel do paciente e suas expectativas na era digital e da informação, com mudanças nos comportamentos e interações, refletindo o uso proativo da tecnologia no gerenciamento de clínicas. A autonomia é um elemento principal a ser abordado, visto que os pacientes se movem no mesmo ritmo das informações, contextualizando-as para decisões sobre sua saúde e escolhas de profissionais.
O fácil acesso a uma vasta quantidade de informações sobre condições médicas, tratamentos e estilos de vida saudáveis por meio da internet e de aplicativos de saúde permite que eles participem das decisões relacionadas a seus próprios cuidados, tornando-os mais engajados. É um desenho que leva ao empoderamento.
Com isso, suas atenções são capturadas pela facilidade de acesso aos recursos, ou seja, telemedicina, agendamentos online, prescrições automatizadas e demais operações digitais que proporcionam conveniência e tranquilidade para a experiência dos pacientes. O atendimento, inclusive, está se encaixando como uma peça-chave para empresas, conforme afirma o relatório de 2023 da Zendesk, reportando que 77% dos líderes afirmam que investir em atendimento vale a pena.
Conscientes e atualizados, os pacientes possuem mais critérios para seus tratamentos e buscas por consultórios, embasados no acesso às redes sociais e demais fontes de conhecimento. Esta nova persona, por isso, traduz um alerta para os médicos e clínicas: experiências positivas, humanas e personalizadas devem estar presentes na jornada dos pacientes.
Pacientes são consumidores
Durante anos, prestadores de saúde não viam pacientes como consumidores, focando mais em tratamentos do que na experiência do usuário. Com o mercado evoluindo, é essencial reconhecer o paciente como consumidor para prosperar, valorizando a personalização e a satisfação no cuidado. Estudos da Harvard Business Review, como o “The Value of Patient Experience”, mostram que clínicas que priorizam experiências centradas no paciente têm melhor desempenho no mercado.
Para os profissionais de saúde e ambientes clínicos, adaptar-se aos ‘Pacientes 5.0’ envolve uma mudança na abordagem e na oferta de serviços para atender às necessidades e expectativas desses pacientes engajados. E, já que estamos falando de clientes aderindo à tecnologia, nada mais justo do que começarem os consultórios pela mesma etapa: tornando-se amigos das inovações e aprendendo como otimizar e aprimorar seus processos com soluções tecnológicas.
Aplicativos de saúde, portais online e dispositivos wearable são alguns exemplos das ofertas disponíveis no mercado que facilitam o monitoramento remoto da saúde e o autogerenciamento dos pacientes, especialmente para acompanhamento de rotina e suporte contínuo. Canais de comunicação eficazes também são bem-vindos, desde plataformas de mensagens seguras e fóruns online, até redes sociais, onde pacientes conseguem se informar e compartilhar experiências.
A fim de utilizarem positivamente as tecnologias emergentes, os profissionais devem compreender a abordagem otimizada das demandas e estar no mesmo compasso moderno que seus consultórios, priorizando o cuidado com a saúde – sempre com um alicerce inegociável de humanização.
Sabendo que toda experiência vivida pelo paciente, desde a entrada no serviço médico até sua saída, atingiu um novo patamar de exigência e adequação, adaptar os serviços para atender aos critérios e às necessidades modernas é o caminho a ser percorrido. Os médicos, portanto, devem oferecer uma experiência de usuário cada vez mais personalizada, correspondendo às expectativas dos ‘Pacientes 5.0’ e pavimentando um terreno fértil para jornadas agregadoras, com os dois pés na realidade da era digital.
*Marcelo Casado é Diretor de Crescimento e Fundador da Amigo Tech
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O importante papel das Organizações Sociais para a sustentabilidade do SUS
O Sistema Único de Saúde (SUS) passa por importantes avanços na oferta de atendimento público de saúde. A participação das Organizações Sociais de Saúde (OSS) tem trazido melhorias significativas ao acesso e à qualidade dos serviços de saúde pública, especialmente em regiões mais periféricas com alto adensamento demográfico, onde há uma procura elevada por atendimentos, inclusive de alta complexidade.
Considerado um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde do mundo, o SUS é utilizado pela maioria dos brasileiros. Uma pesquisa de 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que, 70% da população procuram atendimento na rede pública quando apresentam algum problema de saúde. o resultado do levantamento foi demonstrado na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) e representa cerca de 150 milhões de pessoas.
Um outro levantamento, feito pelo Instituto Datafolha, em 2023, aponta que a rede municipal de saúde da cidade de São Paulo é um dos serviços mais bem avaliados pelos paulistanos em razão dos avanços na informatização da rede, com foco na promoção de cuidado na Atenção Básica. A modernização da gestão pública na Saúde tem como importante pilar o trabalho das OSS, em parceria com o SUS e a administração pública.
As organizações sociais geralmente contam com equipes de gestão altamente qualificadas e especializadas em administração de saúde. E uma gestão mais profissionalizada ajuda a melhorar a eficiência operacional, a alocar recursos de forma mais eficaz e reduzir desperdícios, e a implementar melhores práticas de governança, beneficiando todos os pacientes que buscam a unidade pública de saúde.
Outro diferencial é que as OSS têm mais flexibilidade para tomar decisões rápidas e implementar novos protocolos de atendimento que tornem a jornada do paciente mais fluída. Isso resulta em processos mais ágeis e adaptáveis, algo crucial para lidar com as demandas emergentes e as mudanças nas necessidades dos usuários.
As Organizações Sociais de Saúde trouxeram para a rede pública protocolos de tratamento atualizados, novos métodos de gestão e a maior facilidade para introduzir inovações nos serviços de saúde e acelerar o processo de transformação digital. Esse conjunto de ações contribui para a melhoria constante da qualidade dos serviços prestados pelo SUS.
No caso do Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês (IRSSL), responsável pela gestão de 10 unidades públicas de saúde em São Paulo, há um esforço permanente para ampliar parcerias estratégicas com outras instituições de saúde, universidades, empresas e organizações da sociedade civil, para ampliar cada vez mais o acesso à experiência clínica e às melhores práticas em gestão. A participação das OSS em estudos e ensaios clínicos, por exemplo, permite que os pacientes tenham acesso a tratamentos inovadores, além de contribuir para o avanço do conhecimento médico e científico na rede pública.
Com a colaboração do IRSSL, os profissionais de saúde podem ter acesso a programas de educação e capacitação, por meio de cursos, workshops e treinamentos práticos, para atualizar suas habilidades e conhecimentos. Prova disso é o Simpósio Científico de 2023 do IRSSL, realizado em novembro, que abordou temas relevantes como diversidade e inclusão no SUS, impacto das mudanças climáticas e sociais na saúde, tecnologia e saúde na era digital, a formação dos profissionais de saúde, entre muitos outros.
Sabemos que a busca pela sustentabilidade do sistema público de saúde é um desafio complexo, mas para conseguirmos avançar diante das adversidades o Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês define diversas estratégias para promover a inovação e a pesquisa em saúde e a capacitação de líderes e gestores, com foco na na melhoria contínua dos atendimentos e tratamentos oferecidos pelo SUS.
Algumas OSS enfrentam resistência por parte dos profissionais de saúde e sindicatos para introduzir novos modelos de gestão. É importante envolver esses grupos de forma colaborativa nas discussões desde o início do processo de implementação e comunicar de forma clara os benefícios da parceria, para garantir o apoio necessário. O paciente será sempre o grande beneficiado deste consenso de opiniões.
O sucesso das OSS no avanço do acesso e da qualidade dos serviços de saúde está sujeito a diversos fatores, incluindo o contexto político, regulatório e socioeconômico em que operam, bem como a qualidade da gestão e o compromisso com os princípios de equidade e universalidade do SUS, para que todos os cidadãos brasileiros, sem qualquer tipo de discriminação, tenham acesso às ações e serviços de saúde.
Para superar esses desafios e maximizar os benefícios para a população atendida, é fundamental promover uma abordagem colaborativa e participativa, envolvendo todos os stakeholders relevantes, incluindo gestores de saúde, profissionais de saúde, usuários do SUS, organizações da sociedade civil e setor privado. O objetivo é proporcionar os mais altos padrões de qualidade e segurança, o que pode envolver a implementação de sistema de monitoramento e avaliação, a adoção de protocolos de segurança e a participação ativa dos usuários na melhoria contínua dos serviços de saúde.
Além disso, é importante garantir um ambiente regulatório claro e favorável, investir em capacitação e desenvolvimento de recursos humanos e promover a transparência e a prestação de contas em todas as etapas da parceria entre as OSS e o SUS. A obtenção de resultados mensuráveis e eficiência na prestação dos serviços pode levar a uma maior ênfase na prevenção de doenças, gestão de doenças crônicas e coordenação do cuidado, resultando em uma população mais saudável e redução dos custos a longo prazo.
Um dos indicadores de sucesso das OSS é a certificação da Organização Nacional de Acreditação (ONA), baseada em rígidos padrões de qualidade, segurança e gestão integrada, revisados periodicamente. A maioria das unidades sob gestão do IRSSL já possuem certificação nível 3, o mais alto da Acreditação, que confere a excelência do serviço prestado. O propósito do Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês é levar a excelência administrativa e operacional, já reconhecida no setor privado, às esferas municipais e estaduais. O desafio da sustentabilidade na saúde pública tende a tornar-se cada vez mais acentuado, cabe a nós como gestores buscar de forma incessante soluções que melhorem o alcance e a qualidade dos atendimentos no SUS.
*Adolfo Martin da Silva é Diretor Adjunto do Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês, gestão da OSS IRSSL.
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Reflexões sobre a Comunicação para a Medicina de Transição
A importância da comunicação e do trabalho em equipe na saúde vem ganhando destaque nas discussões sobre a qualidade do atendimento médico e do time multidisciplinar. Como sócia-diretora da Quality Global Alliance (QGA) e comunicóloga de formação, com MBA em Gestão de Saúde, acho fundamental trazer sempre a reflexão de como a comunicação pode contribuir para um cuidado mais seguro, especialmente dentro do contexto da medicina de transição.
Comunicação Eficaz: Um Pilar para a Segurança do Paciente
A comunicação eficaz é fundamental para a segurança do paciente, principalmente quando falamos de cuidado de transição que engloba pacientes em reabilitação, cuidados continuados e cuidados paliativos. O papel da comunicação é duplo: ela contribui para a coordenação entre equipes multidisciplinares e também para o engajamento de pacientes, familiares e cuidadores.
Uma comunicação clara e precisa entre membros da equipe reduz a probabilidade de erros ou mal-entendidos. Ferramentas como registros eletrônicos de saúde, checklists e huddles (reuniões rápidas para discussão do plano de cuidados) são essenciais para a transmissão de informações corretas entre os profissionais de saúde.
Além disso, a comunicação eficaz é um catalisador para uma abordagem centrada no paciente. Ao usar uma linguagem simples para explicar procedimentos médicos e ao praticar a escuta ativa, é possível criar um ambiente de confiança que incentiva o envolvimento do paciente em seu próprio cuidado.
O Papel das Equipes e Organizações
As equipes e organizações desempenham um papel crucial para garantir uma comunicação clara e efetiva. Protocolos e treinamentos para membros da equipe, aliados a uma cultura de abertura e colaboração, são fundamentais para a implementação bem-sucedida de práticas seguras. Treinamentos regulares, canais de comunicação claros e o uso de tecnologia para a troca rápida e precisa de informações são aspectos essenciais dessa jornada.
Para criar uma cultura de comunicação aberta, é importante que as organizações promovam espaços seguros para discussões, valorizem o feedback construtivo e estimulem uma hierarquia horizontal, onde todos os membros da equipe se sintam capacitados a contribuir para a segurança do paciente.
A Contribuição da Acreditação Internacional
No âmbito internacional, a Acreditação desempenha um papel importante para a melhoria contínua da comunicação e da segurança do paciente. A Acreditação é responsável por estabelecer padrões e diretrizes para garantir que as organizações de saúde sigam as melhores práticas. Essas diretrizes incentivam o investimento em treinamentos, o desenvolvimento de protocolos claros e a promoção de uma cultura de comunicação aberta e colaborativa.
Além disso, a metodologia de Acreditação contribui para o reconhecimento da qualidade do atendimento por parte dos pacientes, familiares e parceiros assistenciais. Ao obter a Acreditação, as instituições de saúde demonstram seu compromisso com a excelência e com a segurança do paciente, um fator que aumenta a confiança e promove melhores práticas.
A discussão sobre comunicação e segurança do paciente é essencial para o aprimoramento da medicina de transição no Brasil. A comunicação eficaz entre profissionais de saúde, pacientes e familiares não só previne eventos adversos, mas também contribui para um cuidado mais centrado no paciente.
*Camilla Covello é sócia e CGO da QGA – Quality Global Alliance.
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JORNAL OPÇÃO
Após visitas a unidades de saúde de Goiânia, Cremego constata: “Crise sem precedentes”
Presidente da Comissão de Saúde da Câmara, Kátia Maria, relatou que realizou visitas aos estabelecimentos por um ano; Cremego também fez fiscalizações
Após meses de reuniões, audiências públicas e visitas às unidades de saúde da Capital, a presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Goiânia, a vereadora Kátia Maria (PT), apresentou nesta segunda-feira, 20, um relatório conclusivo ao Conselho Regional de Medicina (Cremego). No encontro, os conselheiros e a parlamentar lamentaram a ausência do secretário Municipal de Saúde, Wilson Pollara, que também não enviou representantes para a plenária do conselho.
O Cremego apresentou resultados de novas fiscalizações feitas na semana passada. A entidade classificou a situação como “caótica” e que isso foi debatido em plenária no último dia 13. “Após essa primeira plenária, tivemos reuniões com o secretário e os médicos, mas sem solução para os problemas”, enfatizou o diretor Robson Azevedo.
A presidente do Cremego, Sheila Soares Ferro Lustosa Victor, acrescentou que não sabe mais a quem recorrer. Uma vez que o Conselho já buscou apoio da Secretaria e do próprio prefeito Rogério Cruz, do Ministério Público de Goiás (MP-GO) e de outros órgãos, para resolver os problemas da saúde. “Porém ainda sem perspectiva de sanar a crise considerada sem precedentes”.
A plenária no conselho tinha a expectativa da participação do secretário Wilson Pollara. Ele e o seu antecessor, Durval Pedroso, quando foram convidados para reuniões da comissão não compareceram. “Não vir aqui é uma ausência, não vir aqui, também é uma resposta simbólica, não é simplesmente deixar de vir, é se posicionar, e o posicionamento, é de descredibilização do que os senhores e senhoras estão dizendo”, discursou a vereadora Aava Santiago (PSDB).
De acordo com ela, sem uma resposta e ação da Prefeitura aos questionamentos, a única alternativa será “medidas cautelares no Tribunal de Contas dos Municípios”. Com isso, a comissão pretende acionar o Ministério Público do Tribunal de Contas dos Municípios. Assim, como Kátia, Aava também criticou a ‘pejotização’.
De acordo com a presidente da Comissão de Saúde da Câmara, a ausência do secretário foi uma resposta clara à crise na saúde e que para ela a crise é algo planejado e programado. “Eles precarizam o serviço para depois justificar a contratação de uma empresa, a terceirização, a ‘pejotização’ para resolver os problemas que o município não consegue resolver”, emendou.
Segundo a parlamentar, apenas na sexta-feira, 17, foram visitadas sete unidades de saúde de Goiânia: UPA Novo Mundo, Cais Chácara do Governador, UPA Itaipu, Cais Campinas, Cais Cândida Morais, UPA Noroeste e Cais Vila Nova. “Nós temos acompanhado de perto a questão da saúde em Goiânia e posso afirmar que ela nem está na UTI, está em coma”, diagnosticou.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia respondeu, por meio de nota, que a atual gestão encontrou a rede de saúde com unidades que apresentavam sérios problemas estruturais, dentre as quais a ausência de manutenção. “Até o momento 65 já passaram por completa revitalização e há nove obras em andamento”, cita trecho do comunicado.
Relatos das visitas
Kátia Maria descreveu que durante as visitas realizadas às unidades de saúde por 12 meses foram observados diversas ocorrências. “Há uma deficiência no número de médicos, enfermeiros e servidores, problemas de estrutura e conservação das unidades e faltam insumos básicos e medicamentos”, constatou.
A vereadora pontuou que na unidade da Chácara do Governador, por exemplo, não tinha o básico, como álcool e algodão. “Se uma unidade de saúde não tem álcool e algodão, que é o básico do básico, o que ela vai ter?”, indagou. Conforme ele, uma enfermeira chegou a contar que precisou usar álcool emprestado com o pessoal da limpeza para fazer a limpeza da pele de paciente para aplicar uma injeção.
A parlamentar disse que as visitas geraram um banco de dados, com depoimentos de servidores e pacientes, fotos e vídeos. “A saúde enfrenta uma grave crise e a população, os médicos e os servidores estão sofrendo, com sobrecarga, superlotação, falta de medicamentos e insumos, estafa, péssimo serviço prestado e até relatos de assédio moral. E se a Prefeitura não resolver a situação, alguém precisa ser responsabilizado e responder judicialmente por isso”, finalizou.
Em março, uma equipe do Jornal Opção visitou algumas unidades básicas de saúde de Goiânia e presenciou má prestação e demora de horas no atendimento. Além disso, prédios sem manutenção, com relatos de que partes de tetos e paredes caindo constantemente sobre os pacientes. A reportagem registrou camas, macas e cadeiras sem manutenções, como rasgadas e colocadas com esparadrapos.
Nota da SMS, na íntegra
A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que tem mantido contato constante com a diretoria do Cremego, onde tem sido repassado todos os avanços na assistência à população.
A atual gestão encontrou uma rede de saúde com unidades apresentando sérios problemas estruturais por falta de manutenção. Até o momento 65 já passaram por completa revitalização e há nove obras em andamento. Sobre a falta de medicamento, não foram informados quais estariam em falta para que se pudesse consultar.
A Secretaria vem investindo maciçamente na melhoria da assistência à população. A contratação de empresas que fornecem médicos para as unidades de saúde do município, foi a melhor forma encontrada para resolver a falta de profissionais nas unidades. Hoje, o quadro de médicos está completo.
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Assessoria de Comunicação