Postado em: 25/04/2024

CLIPPING AHPACEG 25/04/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Artigo - Saúde baseada em valor: o custo e a qualidade do tratamento

Artigo - Vazio assistencial: como a telemedicina ocupa cada vez mais espaços na saúde digital?

MEDICINA S/A

Artigo - Saúde baseada em valor: o custo e a qualidade do tratamento

A saúde baseada em valor (SBV) é um conceito que tem progressivamente ganhado destaque no setor. Em resumo, a ideia é que o valor de um tratamento médico deve ser medido não apenas pelo seu custo, mas também pela qualidade do tratamento e pelos resultados obtidos. Ou seja, a saúde baseada em valor busca equilibrar a qualidade do tratamento com a redução de custos.

A qualidade do tratamento é aspecto fundamental da SBV. Isso significa que os tratamentos devem ser eficazes, seguros e baseados em evidências científicas, levando em conta a experiência do paciente e resultados obtidos. O controle de custos é outro aspecto chave, logo uma estratégia de cuidado deve ser projetada para minimizar custos desnecessários e evitar eventos adversos preveníveis.

Para superar esses desafios, a saúde baseada em valor requer uma abordagem colaborativa e multidisciplinar. Os profissionais de saúde devem trabalhar em conjunto com os fabricantes e com os pacientes para encontrar soluções que equilibrem qualidade do tratamento com redução de custos.

Do ponto de vista do paciente, o conceito de saúde baseada em valor leva em consideração que o cuidado deve ser aplicado quando necessário, com bom custo-benefício e buscar prevenir a necessidade do cuidado.

Além dos benefícios para os pacientes, a SBV traz resultados positivos para operadoras de saúde como a redução de custos assistenciais; o aumento da efetividade e resolutividade das intervenções, reduzindo internações; um maior engajamento por parte dos médicos e provedores em geral; melhor adesão do paciente à sua jornada de tratamento e, por fim, cria um ecossistema positivo que leva a economias em escalas significativas.

O manejo de lesões por pressão – lesões que acometem uma região da pele em decorrência de pressão não aliviada superior a tolerada pelos capilares sanguíneos, e comum em pacientes imobilizados ou de baixa mobilidade, é um excelente exemplo. Estas lesões podem ser consideradas eventos adversos preveníveis, impactando o custo total do cuidado, a satisfação do paciente, sua qualidade de vida e, muitas vezes, sua capacidade produtiva.

Nossa experiência corporativa relacionada à prevenção de lesões tem refletido benefícios econômicos no custo total por paciente e melhores resultados clínicos, ainda que intervenção preventiva signifique um custo inicial adicional aos protocolos utilizados. A magnitude destes benefícios pode variar de acordo com os algoritmos utilizados por cada hospital. De modo geral, observamos resultados compatíveis ao estudo de custo-efetividade apresentado por Genedy et al, onde se observa uma redução média de 15% sobre o custo total de cuidado por paciente quando o protocolo adequado de prevenção é aplicado, em comparação à uma população submetida a um protocolo padrão de cuidado não focado em prevenção ou sem o uso de tecnologias de alta performance. Em resumo: o barato (não prevenir) sai caro, tanto para o paciente como para a operadora de saúde, agravando a crise do sistema de saúde brasileiro.

Resultados como estes demonstram que o uso de protocolos e dispositivos de prevenção podem resultar em um cuidado mais econômico, mas ao mesmo tempo com resultados clínicos e de satisfação do paciente extremamente positivos, exemplificando um dos potenciais modelos de aplicação de SBV na gestão ativa de custos de saúde.

Infelizmente, a realidade atual não tem a SBV como estratégia focal no ambiente de cuidados a saúde, ainda que exista sob a forma de projetos pontuais em diferentes instituições. Retornando ao exemplo de lesões por pressão, temos uma incidência média superior a 20% em UTIs no Brasil, podendo chegar a valores superiores a 50% em alguns hospitais. Estas lesões podem se originar desde o centro cirúrgico, onde procedimentos mais demorados podem dar origem a tais lesões. No período de janeiro a dezembro de 2021, foram reportados 7.043 eventos adversos preveníveis de alta gravidade (Never Events). Entre eles, a lesão por pressão nos estágios III e IV representa mais de 95% desse total.

Levando em consideração que o custo de tratamento destas lesões supera R$ 150.000,00 e submete hospitais e/ou operadoras de saúde ao risco jurídico de pedidos de indenização, se torna evidente os benefícios que a implementação de modelos de SBV podem trazer na gestão do custo no cuidado à saúde e na melhoria da qualidade de tratamentos ofertados.

*Pedro Schildknecht é Gerente Geral da Mölnlycke para a América Latina.

..................................


Artigo - Vazio assistencial: como a telemedicina ocupa cada vez mais espaços na saúde digital?

Nos últimos dez anos, a tecnologia tem facilitado o acesso e acelerado mudanças nos hábitos de consumo, nas dinâmicas sociais e no ambiente corporativo. Em meio a essas transformações, a saúde emergiu como uma preocupação primordial. 

Conforme o Grupo Allianz Partners, que conduziu um estudo com mais de 25 mil pessoas em 10 países, a saúde é a principal preocupação para 80% dos participantes, superando outros aspectos da vida, como dinheiro, investimentos, dívidas e planejamento financeiro; questões familiares, amizades e conexões sociais;  emprego, crescimento profissional, satisfação no trabalho e equilíbrio entre vida pessoal e profissional, por exemplo.

Percebendo essa tendência, o mercado vem se ajustando para atender às expectativas dos consumidores, fortalecendo as relações e interações entre empresas e clientes e criando soluções que beneficiam ambas as partes.

À medida que a saúde se torna uma prioridade, também presenciamos um aumento substancial nos investimentos em inovação no setor. O timeline dos investimentos aponta que 2021, o aporte global em inovação na saúde alcançou um marco histórico, ultrapassando os US$ 44 bilhões, o que representa o dobro do ano anterior e três vezes o montante de 2019. 

Este crescimento reflete uma transformação acelerada no setor, estimulada principalmente pela pandemia da Covid-19. A saúde global experimentou uma evolução rápida, marcada por avanços notáveis e alterações nas regulamentações, incluindo a implementação da telessaúde. 

Mudanças como essas têm como foco novas alternativas de prevenção, indicando um novo direcionamento para o cuidado com a saúde.

Vazio assistencial

A telemedicina, que emergiu como uma necessidade urgente em resposta à crise sanitária global provocada pela Covid-19 a partir de 2020, transformou-se de um mero tópico de debate para um serviço essencial. 

Globalmente, a adoção de teleconsultas reflete essa urgência, com um aumento significativo na utilização, saltando de 7% para 17% entre os usuários. No contexto da saúde digital, o mercado global está previsto para atingir a marca de US$ 857,2 bilhões até 2030, impulsionado por uma taxa de crescimento anual robusta de 18,8%. 

Na América Latina, a telemedicina surge como uma solução para desafios como a falta de médicos e o envelhecimento da população. Este avanço no setor é impulsionado pela necessidade de superar a distribuição desigual de profissionais e pelo aumento do uso de smartphones. 

A tecnologia vem transformando o acesso à saúde, permitindo que profissionais, incluindo médicos e terapeutas, ofereçam serviços integrados e simplificados. A telemedicina não só combina práticas médicas tradicionais com tecnologia de conexão remota, mas também expande o atendimento para regiões anteriormente isoladas e que historicamente sofrem com a falta de profissionais dispostos a atuar na localidade, promovendo assim o  bem-estar e uma abordagem mais humanizada ao cuidado. 

A solução atua como um agente democratizante, pois garante igualdade de acesso aos cuidados de saúde, superando barreiras econômicas e sociais. Além disso, amplia o alcance do atendimento médico a áreas que enfrentaram barreiras significativas, impactando positivamente o bem-estar dos pacientes e das organizações e beneficiando a sociedade de forma segura, eficiente e humanizada.

Em conclusão, a tecnologia está não apenas tornando os cuidados de saúde mais acessíveis e eficazes, mas também está moldando o futuro da saúde, com a telemedicina desempenhando um papel crucial nessa transformação.

*Mauren Souza é CEO e cofundador da Doutor Ao Vivo. Formado em Ciência da Computação e pós-graduado em Gestão de TI, soma mais de 20 anos de experiência em tecnologia. O executivo também  é cofundador da FCJ Venture Builder, que já investiu em mais de 250 startups desde 2013.

.........................

Assessoria de Comunicação