CLIPPING AHPACEG 20/03/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Novos médicos começam atender na rede municipal de saúde em Goiânia
Veja quem é o médico indiciado por participar de falsificação de cartões de vacina da família de Mauro Cid
Vem aí nova alta de medicamentos: veja como economizar
Dengue é mais letal em crianças menores de 5 anos, aponta Fiocruz
Como empresas podem oferecer benefícios de saúde atraentes?
A REDAÇÃO
Novos médicos começam atender na rede municipal de saúde em Goiânia
Médicos contratados por meio da formalização de Contrato de Pessoa Jurídica da prefeitura de Goiânia com sete empresas para fornecimento de serviços na rede de atenção à saúde começaram a atender na capital. De acordo com a prefeitura, a medida foi uma alternativa encontrada após vários processos seletivos sem o preenchimento das vagas oferecidas.
“Não dava mais para ver as unidades de saúde lotadas e pessoas aguardando atendimento por horas. Tínhamos que fazer algo e esse modelo de contratação foi o mais eficaz que encontramos para mudar essa triste realidade. Sabemos que vivemos uma situação um pouco diferente com grande demanda de pacientes com suspeita de dengue e outras viroses, portanto, a busca por atendimento nas unidades de saúde vai continuar, mas agora o paciente terá a garantia de um atendimento mais rápido e, claro, sem perder a qualidade. É um momento de muita felicidade para todos nós”, ressalta o prefeito Rogério.
O secretário de Saúde, Wilson Pollara, reforça a questão da qualidade dos atendimentos. “As empresas terão que cumprir metas de atendimento de qualidade e serão avaliadas a cada trimestre. Caso haja algo errado, serão advertidas, podendo até mesmo serem descredenciadas. Portanto, não vamos só contratar e entregar o serviço para que elas executem, mas vamos cobrar pelo bom desempenho”, afirma.
Um dos compromissos assumidos pelas empresas é fazer a imediata substituição do profissional que, por algum motivo, não puder comparecer ao local de trabalho, garantindo, assim, o atendimento de quem buscar as unidades de saúde. “Não vamos ter mais aquele sufoco de ter quatro, cinco médicos escalados e somente dois comparecerem e precisarem se desdobrar para atender todas as pessoas que aguardam atendimento”, avalia Pollara.
Inicialmente, as empresas irão apenas complementar os déficits de médicos nas unidades de saúde, tanto da urgência quanto da Atenção Primária, respeitando a característica de cada uma. Para o médico que já trabalha na unidade, possui produtividade e tem interesse em manter o contrato vigente com o município, nada mudará. Mas, caso deseje, poderá migrar para a nova forma de contratação.
Para os médicos, por exemplo, vai haver melhoria salarial. Atualmente, o clínico geral contratado para atuar nas unidades de urgência como pessoa física recebe R$ 1,4 mil por plantão de 12 horas e paga 27% de imposto de renda. Pelo novo modelo de contratação, ele passa a receber R$ 1, 68 mil e pagará 15% de imposto de renda.
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PORTAL G1
Veja quem é o médico indiciado por participar de falsificação de cartões de vacina da família de Mauro Cid
Farley Vinícius foi indiciado por falsidade ideológica de documento público e tentativa de inserção de dados falsos em sistema de informações. Indiciamento foi revelado pelo blog da jornalista Daniela Lima.
O médico Farley Vinícius Alencar de Alcântara foi indiciado por participar de um esquema de fraude em dados de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pessoas próximas a ele. Farley foi indiciado por falsidade ideológica de documento público e tentativa de inserção de dados falsos em sistema de informações.
O g1 tentou contato com o médico na manhã desta terça-feira (19), mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
O indiciamento foi revelado pelo blog da jornalista Daniela Lima, e os documentos seguem em sigilo. A investigação apontou que Farley teria usado dados de vacinação de uma enfermeira para fraudar cartão de vacina de Gabriela Santiago Ribeiro Cid, esposa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (entenda abaixo como aconteceu a fraude).
O g1 Política mostrou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 16 pessoas (incluindo Farley) foram indiciadas na última segunda-feira (18) pela Polícia Federal (entenda melhor no decorrer da reportagem).
Quem é o médico?
Farley é sobrinho do sargento do Exército Luís Marcos dos Reis, ex-integrante da equipe de Mauro Cid, que foi preso em maio de 2023, durante a operação deflagrada pela Polícia Federal.
Em suas redes sociais, Farley contava que se formou pela faculdade de Medicina de Juiz de Fora, em Minas Gerais. Segundo o prefeito de Cabeceiras, Farley havia trabalhado por credenciamento no município em 2018 e depois retornou como plantonista, clínico geral do hospital municipal da cidade. Em maio de 2023, a prefeitura afirmou que o médico prestou serviços ao município até o mês de dezembro de 2021.
Além do município de Cabeceiras, o médico também prestou serviços à prefeitura de Goiânia por um ano. A edição do dia 15 de agosto de 2018 do Diário Oficial do Município detalha que, no dia 1º deste mesmo mês, o médico havia iniciado um contrato de médico de urgência e emergência com o valor de R$ 84 mil. Segundo o documento, o contrato seria válido até agosto de 2019.
Na época, ao g1, a prefeitura da capital informou que, após o vencimento do contrato, que constituído via credenciamento, foi encerrado o vínculo com a Secretaria Municipal de Saúde.
Em seu perfil do Instagram, Farley ainda informava que fez sua residência médica em oftalmologia no Hospital de Base, no Distrito Federal, e dizia ser especialista em catarata, a doença doença capaz de deixar a visão embaçada e ofuscada, “caracterizada pela opacidade lenta e gradativa do cristalino”.
Fraude em cartão de vacina
Carteira de vacinação da esposa do Coronel Cid preenchido com duas doses de vacinas contra a Covid — Foto: Reprodução
De acordo com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a operação deflagrada pela Polícia Federal (PF), para a prática da suposta fraude, Farley foi acionado por seu tio, Luís Marcos dos Reis, ex-integrante da equipe de Mauro Cid, que também foi alvo da investigação da Polícia Federal. O médico foi acionado enquanto ainda prestava serviços para a prefeitura de Cabeceiras, em 2021.
Na ocasião, o médico teria conseguido um cartão de vacinação da Secretaria de Saúde do município de Cabeceiras, que estaria preenchido com duas doses de vacina contra a Covid-19, com o nome de Gabriela Cid.
Segundo apurado pela Polícia Federal durante a investigação, mensagens de WhatsApp mostram que os dados da vacina que constam nesse cartão com o nome de Gabriela, como data, lote, fabricante e aplicador, foram retirados por Farley de um cartão de vacinação de uma enfermeira que teria sido vacinada na cidade de Cabeceiras.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, no dia 22 de novembro de 2021, às 19h11, foi feito o envio de um documento entre o tio de Farley, Luis Marcos dos Reis e Mauro Cid. A PF aponta que o arquivo consistia na digitalização de um "cartão de vacinação" do Sistema Único de Saúde da Secretaria de Estado de Saúde do Governo de Goiás.
O cartão de vacinação, em nome de Gabriela Santiago Ribeiro Cid, registra que a mulher teria recebido uma dose de vacina no dia 17 de agosto de 2021, do lote FF2591, e outra no dia 9 de novembro de 2021, do lote TG3529. Ambas as doses seriam produzidas pelo laboratório BioNtech. No campo de observações do cartão de vacina, é possível ver a assinatura e o carimbo de Farley.
Ainda de acordo com a polícia, além de entregar o cartão falso, retirado do comprovante de vacinação de uma enfermeira que teria sido imunizada em Cabeceiras, Farley também entregou outro cartão em branco. Isso, porque o grupo não teria conseguido cadastrar o cartão anterior no sistema do Rio de Janeiro.
“Tirei foto do cartão da enfermagem lá. Pq não deu certo?”, diz o médico em mensagem ao tio.
A suspeita, segundo a Polícia Federal, é que Mauro Cid, Gabriela Cid, Luis Marcos e Farley tenham "se unido" para a prática do crime de falsidade ideológica.
O g1 não conseguiu localizar as defesas de Gabriela Santiago Ribeiro Cid, Mauro Cesar Barbosa Cid e Luís Marcos dos Reis para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.
O que significa o indiciamento?
Conforme mostrou o g1 Política, o indiciamento significa, na prática, que a PF entendeu que há elementos suficientes de que um investigado é o responsável por um crime.
Com esses indícios concretos, a Polícia Federal envia o caso ao Ministério Público. Como o inquérito tramita no Supremo, o indiciamento vai às mãos da Procuradoria-Geral da República.
Cabe aos procuradores do MP avaliar o material colhido pela polícia e decidir se há indícios suficientes, ali, para levar o caso à Justiça. Se sim, o Ministério Público apresenta a denúncia.
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TERRA
Vem aí nova alta de medicamentos: veja como economizar
Reajuste acontecerá duas vezes em 2024; quem mais sofre são as pessoas que dependem de medicamentos de uso contínuo
Reajuste acontecerá duas vezes em 2024; quem mais sofre são as pessoas que dependem de medicamentos de uso contínuo
O ano mal começou e já vem mais reajuste por aí. A alta no preço dos medicamentos, que acontece todos os anos com autorização do Governo Federal, chegará no começo de abril e deve girar em torno de 4,5%, com base no aumento do Índice dos Preços ao Consumidor, o IPCA.
Esse reajuste, soma-se à correção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o ICMS, que é regulado por cada estado. E no meio de tanta sigla, está o consumidor, que desta forma, será afetado duas vezes.
"Apesar de ser um reajuste que acontece anualmente, ninguém está preparado para gastar mais, essa é a grande verdade. E quem mais sofre sempre são aquelas pessoas que precisam de medicamentos de uso contínuo, como remédios para pressão arterial, diabetes, doenças cardíacas e tantas outras. E não tem o que fazer, a melhor solução é sempre a pesquisa de preços", diz Paulo Vion, CEO da plataforma Consulta Remédios (CR).
Ainda de acordo com Vion, uma simples pesquisa pode levar a uma economia de mais de 80%.
"Hoje existe um facilitador muito grande que é a compra digital. Precisamos aprender a usar essa ferramenta a nosso favor. E é claro que fazer uma pesquisa na internet é muito mais fácil que ficar pulando de farmácia em farmácia", explica ele.
Pesquisar é sempre a melhor saída
E é justamente por isso que cada vez mais, plataformas e healthtechs vêm apostando nesse diferencial. É o caso da própria Consulta Remédios, plataforma de varejo farmacêutico que vem investindo nessa funcionalidade. Uma simples busca no comparador de preços da plataforma mostra que a Losartana, por exemplo, um dos medicamentos mais populares no tratamento de pressão alta, tem uma variação de preços que chega de R$ 19 a R$ 91.
É importante também que os consumidores estejam atentos a possíveis abusos no preço dos medicamentos.
"Esse reajuste anual, que é autorizado pelo Governo Federal e regulamentado pela Câmara de Regulação dos Medicamentos, a CMED, é uma sugestão de valor máximo de aumento. Ou seja, as farmácias podem subir em até este valor. Algumas redes acabam abusando desse aumento, e é importante que os consumidores fiquem atentos", diz Vion.
"Hoje o consumidor tem uma gama de possibilidades, que vão desde uma simples pesquisa de preços à adesão de programas sociais. A busca por medicamentos genéricos é uma dica importante, uma vez que esses medicamentos costumam ser sempre mais baratos e são igualmente eficazes, por exemplo. Para aqueles que usam medicamentos para pressão alta, diabetes, asma, o programa Farmácia Popular também é uma alternativa", diz Vion.
"No entanto, a alta dos preços não está restrita a esses casos, muitos medicamentos que ainda possuem patentes ativas, têm exclusividade de farmacêuticas. Neste caso, a pesquisa de preços é a melhor opção para gastar menos", finaliza ele.
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FOLHA DE S.PAULO
Dengue é mais letal em crianças menores de 5 anos, aponta Fiocruz
Recorte da faixa etária de 10 a 14 anos foi eleito como o melhor cenário para iniciar a vacinação contra a dengue no Brasil
A dengue é cinco vezes mais letal para crianças com menos de cinco anos do que para aquelas que estão na faixa de 10 a 14 anos, diz levantamento realizado pelo Observatório de Saúde na Infância da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e da FMP/Unifase (Faculdade de Medicina de Petrópolis do Centro Universitário Arthur de Sá Earp Neto).
O recorte da faixa etária de 10 a 14 anos foi eleito pelo Ministério da Saúde como o melhor cenário para iniciar a vacinação contra a dengue no Brasil. Segundo análise da pasta, é o intervalo de idades com maior número de internações dentre as elegíveis para a vacina (entre 4 e 60 anos).
"O Ministério da Saúde acerta em vacinar o grupo onde estamos vendo mais casos. Nossa recomendação é que a imunização avance para as crianças mais novas, de 5 a 9 anos, que estão morrendo mais, proporcionalmente", diz o coordenador do observatório da Fiocruz, Cristiano Boccolini.
A vendedora Juliana Machado inspeciona o mosquito da espécie Aedes aegypti encontrado em sua casa, em Brasília (DF), durante epidemia de dengue
A análise mostra que foram notificados 239.402 casos em crianças de até 14 anos nas dez primeiras semanas epidemiológicas de 2024 - até o dia 9 de março. Há maior incidência entre adolescentes de 10 a 14 anos (41,8%), seguido por menores de 5 anos (24,5%) e pela faixa de 5 e 9 anos (33,7%).
Em relação aos óbitos, a porcentagem se inverte. Foram registrados 52 óbitos por dengue em crianças com menos de 14 anos neste período, segundo a Fiocruz -16 deles já confirmados e 36 em investigação. Do total, 44,2% das vítimas tinham menos de 5 anos, 32,7% estavam na faixa etária de 5 a 9 anos e 23,1% entre 10 a 14 anos.
A Fiocruz alerta ainda para um aumento de 21,2% no número de óbitos na décima semana em relação à anterior, o que sugere a necessidade de reforço nas medidas de prevenção à doença.
Além de analisar o número de mortes, o observatório analisou a letalidade da doença (número de óbitos em relação ao total de casos) entre as crianças de 0 a 14 anos.
Considerando somente os casos confirmados, a letalidade é de 6,7 óbitos para cada 100.000 casos de dengue. A letalidade para a faixa etária inferior a 5 anos é cinco vezes superior em comparação com a faixa de 10 a 14 anos. A letalidade confirmada em crianças de 5 a 9 anos é três vezes maior do que aquela observada entre os adolescentes de 10 a 14 anos.
Levados em conta todos os casos (confirmados e suspeitos) de dengue nessa faixa etária, a taxa é 3,3 vezes mais elevada em crianças menores de 5 anos em comparação com o grupo de 10 a 14 anos. Para o grupo etário de 5 a 9 anos, a letalidade total é 1,8 vezes maior que a registrada entre os de 10 a 14 anos.
Os motivos para a maior gravidade entre crianças mais novas são variáveis, diz Renato Kfouri, infectologista pediatra e vice-presidente da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações). Segundo ele, ainda neste ano as situações podem favorecer números diferentes.
O principal fator de risco para desenvolver a forma grave da dengue é ser a segunda infecção, afirma. O segundo fator é o manejo. Conforme Kfouri, quem maneja melhor a doença, previne mais óbitos. Acrescenta ainda o reconhecimento rápido da dengue e a circulação dos sorotipos entre as influências.
No Brasil, em geral, as principais vítimas de mortes por dengue são idosos. Dados do Ministério da Saúde analisados pela Folha mostram que até o dia 9 de março mais de 40% das mortes foram de pessoas com mais de 70 anos - faixa etária ainda não contemplada pela vacina Qdenga.
O imunizante, produzido pela farmacêutica Takeda, foi incorporado ao SUS (Sistema Único de Saúde) no final de 2023 e é distribuído às cidades pelo Ministério da Saúde seguindo critérios como situação epidemiológica da doença, público-alvo e maior predominância do sorotipo 2 do vírus da dengue (DENV-2).
Devido à limitação da produção do laboratório, os critérios foram adotados para conseguir priorizar o envio das cerca de 5,2 milhões de doses. Já foram distribuídas, até o momento, 1.235.236 doses para os 521 municípios de regiões endêmicas do país.
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MEDICINA S/A
Como empresas podem oferecer benefícios de saúde atraentes?
Por Fabio de Biase
Não nos surpreende que, pelo terceiro ano consecutivo, o plano de saúde desponta como um dos benefícios mais valorizados (para 69,5%) e ainda é o benefício mais ofertado (88%), segundo a Pesquisa de Benefícios de Saúde e Bem-Estar da Pipo Saúde. Entendemos que essa valorização possa estar relacionada a fatores como a pandemia da Covid-19 e epidemias de outras doenças mais recentes, que afetam de forma mais aguda os sistemas de saúde pública. Outro ponto que conta nessa valorização do plano de saúde empresarial é a dificuldade e o alto custo para se contratar um bom plano de saúde individual ou para pequenos grupos. Ou seja: mais pessoas estão dispostas a trabalharem "das 9h às 18h" em uma empresa que oferece plano de saúde.
Mas, não é de hoje que são discutidos vários dos problemas atuais que ameaçam a sustentabilidade da saúde suplementar no Brasil. E, nos últimos três anos, segundo dados levantados pela Pipo com as seguradoras, medicina de grupo e cooperativas médicas, o IVCMH - Índice de Variação dos Custos Médico-Hospitalares, (às vezes referida como "a inflação do plano de saúde") esteve em ascensão (12.18% em 2021, passando para 14.95% em 2022 até chegar em 15.79% ao final de 2023). Assim, o VCMH contribui para o aumento da sinistralidade dos contratos e provoca um reajuste maior.
Como o mercado se adapta então?
Bem, as empresas, que são quem verdadeiramente pagam esta conta, vem sentindo o aumento dos custos nas propostas de reajuste dos seus planos de saúde. Por isso, são elas as primeiras a promoverem mudanças.
Observamos um aumento expressivo da utilização da coparticipação como uma forma de administrar os custos de saúde no curto-prazo. A maior adoção e aumento da coparticipação no plano de saúde é um movimento importante para o alinhamento de interesses entre quem usa o plano (funcionários e dependentes) e quem paga a conta (as empresas). Quando bem dimensionada, a coparticipação é muito eficaz para moderar utilização excessiva ou desnecessária do plano de saúde, sem inibir o cuidado de saúde adequado.
No final do ano passado participei de um evento muito interessante de líderes do mercado da saúde no Rio de Janeiro. Eu saí de lá com o entendimento de que o alinhamento de interesses é um dos desafios mais relevantes e antigos do nosso mercado. E é fundamental para combater problemas mais recentes, como as frequentes fraudes contra os planos de saúde, e outros menos recentes como a criação (e divulgação adequada) de padrões para avaliar a qualidade dos prestadores de forma técnica. Não há um padrão para avaliar o desfecho clínico de prestadores de forma abrangente, por exemplo.
Na ausência desses padrões, pacientes que não percebem o custo de um tratamento, uma consulta ou uma internação ficam vulneráveis aos incentivos financeiros de prestadores, e ainda aos efeitos negativos que isso pode gerar para o sistema de saúde suplementar como um todo e até ao cuidado da sua própria saúde.
Mas operadoras, prestadores ou órgãos reguladores não devem resolver o problema da sustentabilidade financeira da saúde suplementar no curto prazo e novamente vemos um papel importante das empresas. Para além das alterações de desenho de plano de saúde, a pesquisa também nos indica uma tendência cada vez maior de empresas buscarem benefícios de saúde voltados ao cuidado, à prevenção e à jornada de saúde dos seus funcionários e dependentes.
O plano de saúde é e deve continuar sendo o benefício mais valorizado para a atração e retenção de talentos pelas empresas, mas também deve continuar sendo um dos maiores custos das empresas. Portanto, todo esforço para tornar este custo sustentável a longo prazo para as empresas, é estratégico para toda uma empresa.
*Fabio de Biase é head de Relacionamento com Clientes da Pipo Saúde.
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Assessoria de Comunicação