Postado em: 07/02/2024

CLIPPING AHPACEG 07/02/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Donos de hospitais privados de Goiás temem colapso por avanço da dengue

Estados em emergência contra dengue estão sem vacina na rede privada

Influencer perde parte de lábio após harmonização facial com PMMA: "Fui enganada"

Governo de Goiás retoma vestibular de Medicina da UEG

Vacina contra dengue: entenda porque idosos precisam de receita médica

MP entra com ação civil contra Prevent Senior por assédio moral

Crianças estão entre os mais fragilizados pelos sintomas da dengue

A REDAÇÃO

Donos de hospitais privados de Goiás temem colapso por avanço da dengue


Caroline Louise

Goiânia - Representantes de hospitais privados de Goiás temem o colapso das unidades de saúde devido ao crescimento dos números de internações e atendimentos por conta de dengue, zika e chikungunya nas últimas semanas. "Os números ainda estão sendo contabilizados, mas houve um aumento significativo. Disso não temos dúvidas", afirma o presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Haikal Helou, em entrevista ao jornal A Redação, nesta terça-feira (6/2). 
 

Helou alertou ainda que o colapso dos hospitais públicos e privados no Distrito Federal por conta da dengue é preocupante e pode ter reflexos no Estado. "Temos muito receio disso, porque lembramos que foi assim no início da pandemia de covid-19. Começou pelo Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e depois sofremos o impacto do Distrito Federal. Estamos tomando todas as medidas necessárias para estarmos preparados, mas sem saber exatamente o que virá. Seria temerário dizer que estamos prontos para o que der e vier", acrescenta. 

Goiás já decretou situação de emergência em saúde pública devido aos casos de dengue. Para se ter uma ideia, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, em janeiro deste ano foram mais de 22 mil casoss notificados. Diante do cenário, a presidente pede a colaboração da população no sentido de evitar a proliferação do mosquito aedes aegypti, o transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. É importante também que os grupos indicados se vacinem contra a doença. "Os casos mais graves estão sendo registrados em adolescentes e jovens. Diferentemente do início da pandemia de covid-19, que era algo completamente novo para todos, essa ‘praga’ nós conhecemos bem e sabemos como prevenir, é preciso que a população contribua, ajudando na prevenção", finaliza.

Distrito Federal 
Neste ano, mais de 47 mil casos de dengue foram notificados no Distrito Federal. A proximidade de Goiânia com Brasília tem preocupado as autoridades em saúde, já que os hospitais públicos e privados do DF entraram em colapso devido ao aumento nos números de atendimentos e internações. As instituições encontram-se sobrecarregadas devido ao aumento constante da demanda por atendimento. 

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PODER 360

Estados em emergência contra dengue estão sem vacina na rede privada


A busca pela imunização contra dengue no Brasil na rede privada -aplicada no Brasil desde o 2º semestre de 2023- disparou nos últimos meses. Em um cenário de crescimento constante do número de infecções, vacinas estão em falta em clínicas e farmácias nas unidades da federação que declararam emergência para a doença: Distrito Federal, Acre, Minas Gerais e Goiás.

Um levantamento feita pelo Poder360 mostra que já não há mais imunizantes nas principais redes vacinais com unidades nos 3 Estados e no DF. A maioria não tem previsão sobre quando voltará a comercializar as doses.

No mês de janeiro de 2024, foram aplicadas 133 doses da Dengvaxia e 4.923 doses da Qdenga em cerca de 280 clínicas particulares pesquisadas, conforme dados da ABCVac (Associação Brasileira de Clínicas de Vacina). A procura pelas duas vacinas aumentou em 67% em relação a dezembro de 2023.

Há duas vacinas disponíveis no mercado:

Qdenga - do laboratório japonês Takeda. Com registro aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 2023, é o imunizante escolhido pelo Ministério da Saúde para a vacinação na rede pública. e;

Dengvaxia - da farmacêutica francesa Sanofi. Comercializada desde 2016, teve registro aprovado em 2015. Tem uso mais restrito com aplicação recomendada somente em quem já foi infectado pela dengue.

Na 2ª feira (5.fev), a Takeda informou que irá restringir, por tempo indeterminado, a distribuição de vacinas para a rede privada. Os esforços para a produção de imunizante estarão concentrados em apoiar o SUS e o Ministério da Saúde na distribuição das doses "de forma integral e gratuita" à população brasileira.

A Dengvaxia, que, portanto, seguirá como única comercializando as doses, não informou quanto está sendo disponibilizado às clínicas. "A demanda pelo imunizante nas clínicas, até o momento, está alinhada à média de vendas anuais do produto", disse a este jornal digital.

Depois do anúncio, o Poder360 procurou as principais redes clínicas e laboratórios que trabalham com a aplicação de vacinas e estão presentes em DF, AC, MG e GO. Também foram consideradas empresas com unidades em São Paulo, com maior número de casos depois de Minas Gerais, e o Rio de Janeiro, onde a capital reconheceu cenário epidêmico de dengue.

Sabin Diagnóstico e Saúde (DF, MG, GO e SP) - vacinas fora de estoque, sem previsão de recebimento;

Grupo Fleury / a+ Medicina Diagnóstica (DF, SP e RJ) - vacinas fora de estoque, sem previsão de recebimento;

Sírio Libanês (DF e SP) - vacinas fora de estoque, sem previsão de recebimento;

Labi Exames (SP e RJ) - vacinas fora de estoque, sem previsão de recebimento;

Grupo Dasa (DF, MG, SP, RJ) - vacinas fora de estoque, sem previsão de recebimento;

Hermes Pardini (MG e SP) - vacinas fora de estoque, sem previsão de recebimento.

Também foram consultadas clínicas locais de menor porte:

Richet, Medicina & Diagnóstico (RJ) - apenas 2ª dose em estoque;

Laboratório Lustosa (MG) - vacinas fora de estoque, previsão de recebimento depois do Carnaval;

Climep Vacinas (MG) - vacinas fora de estoque, sem previsão de recebimento;

Laboratório Raquel Pitchon (MG) - vacinas fora de estoque, sem previsão de recebimento;

Laboratório Citocenter (GO) - vacinas fora de estoque, sem previsão de recebimento;

Vaccine Care (GO) - vacinas fora de estoque, sem previsão de recebimento;

Cedipi (GO) - vacinas fora de estoque, sem previsão de recebimento;

AlergoYmune (AC) - vacinas fora de estoque, previsão de recebimento depois do Carnaval;

ImunoClínica Vacinas (AC) - vacinas fora de estoque, sem previsão de recebimento.

No levantamento feito, doses disponíveis foram encontradas apenas na Amo Vacinas (GO).

Os imunizantes também são escassos nas principais redes de farmácia do país. Na Drogaria São Paulo, a compra Dengvaxia e a Qdenga requer agendamento. A situação é a mesma na Drogasil. Dentre as grandes drogarias, há disponibilidade da Qdenga somente na PagueMenos e na Extrafarma - os preços variam de R$350 a R$400 a dose.

A Dengvaxia é encontrada somente em redes menores por custo em torno de R$250.

COMO FUNCIONA A IMUNIZAÇÃO

Inicialmente, a vacinação pelo SUS, prevista para começar nas próximas semanas, terá como público-alvo pessoas de 10 a 14 anos. Na rede privada, as doses podem ser aplicadas dos 4 aos 60 anos.

Eis as diferenças entre as vacinas:

faixa etária - Qdenga: 4 a 60 anos x Dengvaxia: 9 a 45 anos

esquema vacinal - Qdenga: 2 doses aplicadas num intervalo de 3 meses x Dengvaxia: 3 doses aplicadas num intervalo de 6 meses;

preços - Qdenga: R$350 a R$400 a dose x Dengvaxia: R$200 a R$250 a dose.

Ambas apresentam proteção aos 4 sorotipos da dengue conhecidos até então: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Influencer perde parte de lábio após harmonização facial com PMMA: "Fui enganada"

"Vida social acabou", desabafou a mulher de 35 anos em entrevista.

Uma influenciadora de 35 anos vive um momento delicado após realizar procedimentos de preenchimento labial e harmonização facial. EM entrevista à Glamour, Mariana Michelini revelou que teve uma uma reação à substância aplicada e perdeu parte do lábio superior.

De acordo com a mulher, ela acreditava que a médica havia realizado o procedimento usando usado apenas ácido hialurônico. No entanto, após a grave reação no lábio, ela fez uma biópsia e descobriu que tinha PMMA [polimetilmetacrilato] no seu rosto.

"Eu era influenciadora digital e modelo, a harmonização foi em troca de divulgação. Fiz para ajudar a profissional. Até então seria o ácido hialurônico, não fui informada de nada, nem riscos. Ela [a profissional] não abriu na minha frente a embalagem, cheguei [na clínica] e já estava pronto. Foi na confiança. Não assinei nada, não vi nada. Seis meses depois tive a reação", iniciou ela.

"Após seis meses eu simplesmente acordei e estava com o meu lábio gigante. Foi um desespero total. O PMMA [polimetilmetacrilato] subiu no meu buço e destruiu o meu lábio. Ele ficou todo duro e aí precisei ir para Porto Alegre com um especialista", continuou Mariana.

O polimetilmetacrilato (PMMA) é uma substância plástica de caráter permanente, utilizada como preenchedor, às vezes de forma indiscriminada em função de seu baixo custo, podendo gerar reações adversas locais imprevisíveis, que geralmente surgem anos após a aplicação.

Ainda na entrevista, a influenciadora revelou que sua vida social acabou e que não sai de casa sem máscara. "Não saio sem máscara, sinto um mix de sentimentos. Até cheguei a sair aqui na minha cidade um dia sem máscara em um show, mas senti muita vergonha, mesmo as pessoas sabendo de mim. A minha fé foi que me sustentou, busquei muito a Deus e tenho certeza que graças a ele pude ter ajuda de todos os profissionais que estão cuidando de mim", lamentou.

Mariana Michelini contou que chegou a ter consultas dermatológicas, mas o tratamento com antibióticos e corticoides não teve efeito. Após exames, descobriu ter micro plásticos em seu rosto, especialmente no buço.

Com isso, o dermatologista recomendou a remoção de toda a região do lábio. “Foi necessária a remoção do lábio e buço, pois o material estava todo duro e grudado no músculo. No queixo também foi feita a remoção e um enxerto”, finalizou.

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Governo de Goiás retoma vestibular de Medicina da UEG

Inscrições para o certame já estão abertas e seguem até 5 de março. Ao todo, são oferecidas 30 vagas para a unidade universitária de Itumbiara

O governo de Goiás, por meio da Universidade Estadual de Goiás (UEG), publicou na segunda-feira (5/02) o edital para o Processo Seletivo Vestibular UEG 2024/2 – Curso de Medicina, a ser ofertado na unidade universitária de Itumbiara. Ao todo, são ofertadas 30 vagas. As inscrições podem ser feitas até 5 de março, exclusivamente pelo site www.vestibular.ueg.br.

O governador Ronaldo Caiado comemorou a retomada do vestibular, que ocorre após toda uma reestruturação do curso. “Vamos agora para um vestibular de uma faculdade de Medicina capaz de formar jovens competentes, padrão de excelência, padrão do Governo de Goiás” disse. “Mas para isso se tornar uma realidade, tivemos que construir toda uma estrutura, como também contratar e já nomear técnicos e professores”, completou o governador.

A taxa de inscrição do vestibular é de R$ 180, sendo isenta para titulares ou dependentes no Cadastro Único para os Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e doadores de sangue, medula óssea e leite materno. A isenção deve ser solicitada até 14 de fevereiro.

Há vagas reservadas ao sistema de cotas, voltadas a candidatos que comprovadamente sejam oriundos de rede pública de educação básica, negros, indígenas ou pessoas com deficiência. São oferecidas ainda duas vagas suplementares aos quilombolas.

As provas serão aplicadas no dia 28 de abril, em Goiânia e Itumbiara. O resultado final do certame será divulgado em 21 de junho e o início das aulas ocorrerá no mês de agosto. Confira o edital do processo seletivo em www.vestibular.ueg.br.

Reestruturação

Para a retomada do vestibular de Medicina, o curso foi totalmente remodelado, com nova matriz curricular tendo sido elaborada e aprovada.

Entre os investimentos realizados estão a realização de três concursos públicos para docentes e técnicos de laboratório; construção, ampliação e reforma de laboratórios e espaços necessários ao curso; e aquisição de equipamentos, insumos, simuladores e mobiliários.

Também foram realizadas parcerias com a prefeitura de Itumbiara e com o Sistema Único de Saúde, além de firmados convênios para viabilizar o internato nas redes municipal e estadual de saúde e em hospital privado.

O reitor da UEG, Antonio Cruvinel, destacou que a Universidade tem o compromisso com a excelência acadêmica e o desenvolvimento do estado de Goiás, assim como com a formação de cidadãos socialmente comprometidos e profissionais que possam atuar no mundo do trabalho com humanidade e ética.

“Nos últimos anos, empreendemos todos os esforços para que o curso fosse reestruturado a fim de que pudéssemos voltar a ofertar vagas para a formação desses profissionais que tanto são necessários a toda a humanidade”, explicou o reitor.

Serviço - Vestibular UEG 2024/2 - Curso de Medicina

Período de inscrições: até 5 de março

Período de solicitação de isenção da taxa de inscrição: até 14 de fevereiro

Data das provas: 28 de abril

Inscrições: www.vestibular.ueg.br

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AGÊNCIA BRASIL

Vacina contra dengue: entenda porque idosos precisam de receita médica

Brasília - A população idosa concentra, atualmente, as maiores taxas de hospitalização por dengue no Brasil. O grupo, entretanto, ficou de fora da faixa etária considerada prioritária para receber a vacina contra a dengue por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Isso porque a própria bula da Qdenga estipula que o imunizante é indicado somente para pessoas com idade entre 4 e 60 anos. Ainda assim, em laboratórios particulares, o imunizante é aplicado em idosos, desde que seja apresentado pedido médico.

A pergunta é: há risco para o idoso que recebe a vacina? O geriatra Paulo Villas Boas explicou que a bula da Qdenga não inclui pessoas acima de 60 anos porque não foram feitos estudos de eficácia nessa faixa etária. O membro do Comitê de Imunização da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia destacou, entretanto, que a dose foi liberada para toda a população acima de 4 anos pela Agência Europeia de Medicamentos e a Agência Argentina de Medicamentos.

“Em médio prazo, acredito que haverá uma discussão sobre a liberação da vacina contra a dengue para a população com mais de 60 anos”, disse. “No presente momento, os idosos não são elegíveis. Se a dose for utilizada na população com mais de 60 anos, mesmo que seja recomendada por um médico, é considerado o que a gente chama de prescrição off label, ou seja, que não consta na liberação oficial. Alguns medicamentos são prescritos assim porque há estudos que mostram benefício.”

“Existe essa possibilidade da prescrição off label. Mas o que está acontecendo no Brasil hoje em dia? Há uma demanda muito grande da população idosa com desejo de se vacinar contra a dengue. Porém, mesmo nas clínicas privadas, não se encontra mais a vacina. Como ela foi liberada, o próprio laboratório não está conseguindo suprir a demanda para o SUS. Temos uma previsão, até o final do ano, de um aporte de cerca de 6 milhões de doses. Então o laboratório provavelmente não vai conseguir suprir a demanda para clínicas privadas.”

Villas Boas lembrou que os idosos são considerados grupo de risco para agravos decorrentes da infecção pela dengue. O maior número de óbitos, segundo o geriatra, acontece exatamente nessa faixa etária. Dados da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, por exemplo, mostram que, no ano passado, das 11 mortes registradas pela doença, oito foram em pessoas com mais de 60 anos. Em 2022, 79% dos óbitos provocados pela dengue no estado também foram entre idosos.

 “A gente sabe que os indivíduos idosos são portadores de doenças crônicas como hipertensão, diabetes, doença do coração. Muitos têm estado em imunossupressão, ou seja, quebra da imunidade. E esses são fatores de risco para complicações da infecção pela dengue. Por isso, acredito que a médio prazo, ou mesmo a curto prazo, teremos dados cientificamente robustos que indiquem a vacinação contra a dengue para essa população.”

O geriatra reforçou que não há risco iminente para idosos que, com a prescrição médica em mãos, recebem a vacina contra a dengue, mas destacou aspectos considerados importantes quando o assunto é a imunização de pessoas com mais de 60 anos, como um estado de perda de imunidade normal da idade, chamado imunossenescência, e a tomada de medicações que podem aumentar a imunodeficiência, como o uso crônico de corticoides e outros tratamento específicos.

“Se eventualmente esse indivíduo idoso desejar ser vacinado, é importante que ele converse muito bem com o médico que irá prescrever a vacina. Um bom contexto de saúde desse indivíduo idoso, para que ele possa receber a vacina com total segurança. A gente tem que lembrar que a Qdenga é uma vacina com vírus atenuado e não com vírus morto. Se o indivíduo estiver com a imunidade mais baixa, pode ter uma resposta ou reação vacinal maior, desenvolvendo efeitos colaterais inerentes à vacinação, como mal-estar geral e febre. Não vai desenvolver um quadro de dengue clássico. Mas pode ter uma série de efeitos colaterais, descritos na própria bula da vacina.”

Na ausência de uma dose contra a dengue formalmente indicada para idosos, Villas Boas ressaltou que a prevenção da doença nessa faixa etária deve ser feita por meio dos cuidados já amplamente divulgados para o combate ao mosquito Aedes aegypti: impedir o acúmulo de água parada; usar repelentes sobretudo pela manhã e no final da tarde, horários de maior circulação do Aedes aegypti; e utilizar roupas de manga longa e em tons mais claros. 


“A prevenção da dengue para a população idosa é idêntica à prevenção da população em geral. Não há nada específico. São aquelas orientações que a gente cansa de ouvir e cansa de ver que as pessoas não fazem”, disse. “Tudo o que possa evitar o indivíduo de ser picado contribui”, concluiu.  

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MP entra com ação civil contra Prevent Senior por assédio moral


O Ministério Público do Trabalho (MPT), o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público Estadual de São Paulo (MP-SP) entraram com uma ação civil pública (ACP), nessa segunda-feira (5) contra a Prevent Senior pedindo o pagamento de indenização por dano moral e social coletivo na Justiça do Trabalho por assédio moral e irregularidades no meio ambiente de trabalho, pesquisa com seres humanos sem autorização da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e violações à autonomia médica, à saúde pública e aos direitos dos pacientes e consumidores do plano de saúde.

Caso a empresa seja condenada deverá pagar R$ 940 milhões, valor que pode ser destinado a favorecer órgãos públicos, entidades, instituições ou projetos que previnam ou recuperem danos sofridos pela coletividade. Na avaliação dos Ministérios Públicos o valor deve considerar a prática de assédio moral organizacional, o descumprimento das medidas de proteção à saúde e segurança do trabalho relativas à covid-19, a violação da autonomia médica, com a imposição da prescrição de medicamentos sem eficácia comprovada, e a realização de estudo com seres humanos sem a autorização da CONEP.

Segundo os MPs, a ação foi elaborada depois da reunião de denúncias e provas como análise de documentos de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) Federal e Municipal, inquéritos civis dos três MPs, processos administrativos da Agência Nacional de Saúde (ANS), sindicâncias do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP), oitiva em audiências presenciais de quase 60 testemunhas, pesquisa e análise de ações trabalhistas individuais, laudos da Perícia de Medicina do Trabalho do MPT, realização de diligências na empresa, dados da Secretaria de Saúde, dos réus e da Receita Federal.

As provas reunidas pelos MPs indicam que os profissionais da saúde eram obrigados a prescrever o chamado Kit covid a qualquer relato de quadro de sintoma gripal, tornando-se um protocolo interno seguido sob pena de punições variadas aos médicos. Segundo os relatos obtidos pelos MPs, "no início da pandemia, os médicos prescreviam o kit covid, havendo dúvidas acerca de sua eficácia contra a doença. Com o tempo, os profissionais perceberam que eram medicações absolutamente ineficazes ao tratamento da enfermidade. A partir de julho de 2020, sobrevieram estudos sérios e robustos apontando a ineficácia das medicações do Kit covid. Mesmo assim, a Prevent tentou a todo custo convencer os médicos sobre a suposta eficácia desses remédios com a divulgação de estudos de metodologia absolutamente duvidosa e enviesada."

Além disso, as análises dos MPS mostraram que, com base nos controles de jornada de trabalho dos profissionais, de janeiro de 2020 a dezembro de 2021, pelo menos 2.848 profissionais trabalharam infectados com covid-19 nos 2 dias seguintes à confirmação de contaminação; ao menos, 3.147 profissionais trabalharam infectados nos sete dias seguintes à confirmação de contaminação; ao menos 3.679 profissionais trabalharam infectados nos 14 dias seguintes à confirmação.

Segundo o procurador do Trabalho (MPT), Murillo Cesar Muniz, a ação não procurou saber os motivos pelos quais a Prevent Senior determinava a prescrição do Kit covid, já que a ação é cível e trabalhista, com foco mais técnico nos dados objetivos. "Nós apuramos que havia até um órgão interno da empresa chamado Pentágono de onde emanavam as diretrizes para adoção dessa política de gestão, mas até para evitar subjetivismo ou qualquer forma saiu da questão técnica, o porquê da noção dessa dessas medidas não é relevante para o resultado da ação. Isso tem mais relevância realmente no aspecto penal", explicou.

O promotor de Justiça do MPSP, Arthur Pinto Filho, ressaltou há uma força-tarefa do Ministério Público verificando se há uma relação entre a ação da empresa e as mortes. "O que me chama a atenção é uma questão difusa que foi espalhada pelo país inteiro. No acordo que fizemos com eles em 2021 eles reconhecem que não havia nenhum estudo nacional e internacional que falasse da eficácia da cloroquina. Eles adotaram um protocolo de tratamento de covid que não era eficiente tanto que mudaram".

Filho disse que em depoimento do representante da Prevent Senior na CPI Federal, ele ainda falava sobre a cloroquina e essa afirmação foi utilizada por várias pessoas no Brasil para defender o uso do medicamento quando o mundo inteiro já não a utilizava. "Por isso é que foi uma ação civil por dano moral e social coletiva. Porque difusamente essa situação atingiu muita gente no Brasil. Agora quantas pessoas morreram por isso nós não conseguimos saber. O fato é que até hoje morreram quase 710 mil pessoas no Brasil", afirmou.

A empresa por meio de nota, disse que não pode se manifestar, porque sequer conhece a ação. "A Prevent Senior atende às melhores práticas em todos os segmentos em que atua, o que será reconhecido ao fim do processo", diz a nota.

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CORREIO BRAZILIENSE

Crianças estão entre os mais fragilizados pelos sintomas da dengue


A principal causa do agravamento da dengue é a desidratação. Pessoas que têm mais dificuldades em se hidratar espontaneamente são as que estão mais propensas à evolução da dengue, como é o caso das crianças. A explicação do infectologista André Bon, do Hospital Brasília Águas Claras, da rede Dasa no DF, ilustra a causa da grande procura, nas unidades de saúde, por pais com os pequenos sofrendo de sintomas de doença.

A psicopedagoga Ana Angélica Santos, 39 anos, levou o filho Victor Hugo Santos, 6, ao Hospital de Campanha, ontem, com sintomas de dengue. Ana conversou com o com o filho no colo, chorando de dor. Ela relatou que o menino teve prioridade de atendimento por ser criança. "Nós chegamos aqui antes das 8h e estamos saindo agora às 11h30. Consultamos com o pediatra e ele fez o teste sorológico de dengue. Como o teste ficará pronto em duas horas, eu vou buscar na Unidade Básica de Saúde (UBS). Eles recomendaram um protocolo de hidratação, medicação para a dor", contou.

O infectologista André Bon explicou ainda que, além das crianças terem mais dificuldade de fazer a ingestão necessária de água, o organismo delas têm maior dificuldade em controlar o equilíbrio de líquido dentro do corpo, o que as torna ainda mais vulneráveis.

Ontem, a faxineira Francenilde de Carvalho, 38, levou o filho Andre Gabriel, 7, ao Hospital de Campanha com febre e vômito. "Nós demoramos menos de uma hora para sermos atendidos. Ele fez o teste sorológico de dengue e o resultado só sai entre duas e três horas. Como moramos longe, no trecho 3 do Sol Nascente, vamos ter que esperar aqui mesmo", disse. "Ele está com os sintomas há três dias. Nos disseram que devíamos esperar entre cinco e sete dias, mas ele só piorava, então trouxemos logo", acrescentou.

Imunização

O Distrito Federal está entre as unidades da Federação que serão contempladas com a primeira remessa de vacinas contra a dengue. O Ministério da Saúde atendeu ao pedido do Governo do Distrito Federal (GDF) de prioridade devido à situação de emergência em virtude do número de casos da doença. O quantitativo destinado à capital federal ainda não foi divulgado pelo governo federal.

A imunização tem como público-alvo as crianças de 10 a 14 anos, que concentram o maior número de hospitalizações por dengue. Na capital federal, a faixa etária equivale a 194 mil habitantes, como informou a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.

A vacina conta com duas doses. A expectativa é de que a primeira dose seja aplicada ainda em fevereiro, com data a ser definida. A segunda tem um intervalo de três meses para aplicação.

Voluntários

Profissionais de saúde, com nível superior e médio, podem se voluntariar para atuar nas ações de combate à dengue no Distrito Federal. As vagas são destinadas a médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, entre outras carreiras da área de saúde. A atividade é em caráter espontâneo, sem remuneração e sem vínculo funcional ou empregatício. O voluntário escolhe o dia e o horário em que poderá ajudar dentro das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e/ou das nove tendas de hidratação espalhadas pela capital. Não há prazo para o término das inscrições, que ficarão disponíveis até a sazonalidade da dengue no DF amenizar.

Explicando os subtipos

A dengue tem quatro subtipos. No Brasil, tem mais os tipos 1 e 2, que se alternam em predominância em momentos epidêmicos. O primeiro episódio não é necessariamente pelo tipo 1, pode ser qualquer um dos outros que estejam circulando no momento em que a pessoa estiver suscetível. Ter tido dengue previamente é o principal fator de risco para a pessoa desenvolver a dengue grave no segundo episódio.

O principal fator de risco para a dengue grave é ter tido um episódio anterior. Depois do primeiro episódio, a pessoa fica imune contra todos os subtipos por pelo menos dois anos e pelo subtipo que ela teve a doença pelo resto da vida. Depois de dois anos, a pessoa fica suscetível a novos episódios por outro subtipo e tem um risco muito aumentado em relação ao primeiro episódio de ser forma grave no segundo. Não obstante, o segundo episódio, na maioria das vezes, é uma dengue clássica, leve. Mas a ocorrência de dengue grave é muito maior no segundo episódio.

A dengue tipo 2 está sendo mais comum nesse pico epidêmico. O tipo 1 ou tipo 2 vai predominar de acordo com a suscetibilidade da população àquele tipo de vírus e o tipo de vírus circulante no momento. Depois de uma grande epidemia de dengue 1, as pessoas ficam protegidas contra a dengue 1 e não estão protegidos contra a dengue 2. No momento que houver a circulação do 2, o maior número de casos vai ser de 2 e não de 1. Isso depende majoritariamente do bolsão de população suscetível àquele vírus. Os dois vírus estão circulando, só que como existem mais pessoas suscetíveis ao 2, existem mais casos de dengue 2. Isso depende muito da proporção dos suscetíveis na população e da circulação do vírus naquele momento.

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Assessoria de Comunicação