Postado em: 24/03/2023

CLIPPING AHPACEG 24/03/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Regulação no mercado de seguros não protege nada. Só dificulta e prejudica a sociedade

FenaSaúde desenvolve campanha de combate às fraudes na saúde

Especialista recomenda vacinação contra gripe antes do mês de maio

Goiás registra 771 casos e seis mortes por covid-19 nas últimas 24 horas

Adolescentes que usam celular por mais de 3h ao dia sofrem mais com dor na coluna

Doenças renais são silenciosas, quadros graves podem levar a tratamento por hemodiálise

'Potó': conheça inseto que causou infecção no braço de hoteleira de Pirenópolis

Ipasgo deixará de ser uma autarquia e passará a seguir regras da Agência Nacional de Saúde; entenda o que muda

ISTOÉ

Regulação no mercado de seguros não protege nada. Só dificulta e prejudica a sociedade



A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) apresentou ao mercado este mês o Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros, Previdência Aberta, Saúde Suplementar e Capitalização (PDMS). O programa tem como objetivos principais aumentar em 20% a parcela da população atendida pelos produtos do segmento e elevar o pagamento de indenizações e demais benefícios dos atuais 4,6% para 6,5% do Produto Interno Bruto (PIB). A estimativa da entidade é que, em termos de receita, o PDMS atinja 10% do PIB em 2030. O executivo Roberto Santos, presidente da seguradora Porto Seguro e do Conselho Diretor da CNseg, destaca as propostas da entidade, mas critica a forte regulamentação sobre o setor por parte do governo federal. Segundo ele, a postura dificulta o crescimento do mercado que, em 2022, devolveu à sociedade R$ 219,4 bilhões por meio de indenizações, resgates e benefícios diante de uma receita de R$ 355,9 bilhões - o segmento de saúde e o DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) ­- não entram nessa conta.

DINHEIRO - Qual a projeção a respeito do PDMS em meio a um cenário de crise econômica no Brasil?

ROBERTO SANTOS - Temos um plano muito bem estruturado, extremamente importante. O que vendemos na verdade? Não vendemos um contrato, uma apólice, nada disso. Vendemos proteção. Qualquer sociedade em qualquer lugar do mundo precisa de proteção. O grande desafio aqui é divulgar uma questão de cultura. As pessoas precisam entender que a proteção é necessária, porque no fundo no fundo elas só buscam se proteger quando o risco é iminente, o que não pode acontecer.

Como ocorreu na pandemia?

Nunca passamos por algo parecido no Brasil. Vimos de perto o risco iminente da morte. E, na sequência, vimos pessoas buscando proteção através de quê? De seguro de vida. Os países mais desenvolvidos em seguro, não por coincidência, passaram por guerras, como a Alemanha e a França. Você pega o Japão, por exemplo. Ficou destruído no pós-guerra. As pessoas precisam de proteção.

De que forma o governo federal pode contribuir para a expansão do setor?

O ministério da Fazenda diz olhar para a questão do seguro. Precisa olhar mais. E olhar como? Ter uma agenda de dedicação, de ouvir mais as necessidades do setor. O plano abrange 65 iniciativas das mais diversas. Uma das principais é garantir mais flexibilidade. O mercado é muito engessado. Tem condições de criar produtos mais simples, mais flexíveis, mas muita coisa não é feita por causa da regulação. Existem muitas oportunidades de crescimento.

Em qual área, por exemplo?

Em seguro-saúde. Nós temos o SUS (Sistema Único de Saúde). E temos a saúde suplementar. O que aconteceu ao longo dos anos? O seguro-saúde individual foi inviabilizado. Por quê? Excesso de regulação. Eu vou me aposentar em breve. E aí, como vai ser? Vou ficar dependendo do SUS? Não, terei de pagar um plano privado. Como? Vou precisar montar uma empresa, para poder contratar um seguro empresarial. Porque ninguém mais vende seguro individual de saúde.

Por qual motivo?

Primeiro, o preço. Saúde é algo caro. Existe um negócio chamado variação de custo médico hospitalar (VCMH), que é a inflação da saúde. Isso é sempre muito maior do que a inflação média da economia. Então, as empresas precisam reajustar os preços todo ano. Ele [governo] que diz quanto é o reajuste que você [empresa] pode dar. E ele não aceita por uma questão política, social, que o reajuste reflita a variação de custo médico-hospitalar. Então, limita esse reajuste a algo menor. Com isso, a conta não fecha para a seguradora. Sem contar outros detalhes que não cabe falar aqui. E olha a importância da coisa.

Como driblar isso?

Imagine se não existisse a saúde suplementar durante a pandemia? O SUS iria dar conta? Claro que não. Se você cria produtos flexíveis, as coisas se arrumam. Se a seguradora vai botar um reajuste mais alto do que deve, do que precisa, a concorrente do lado colocará um menor e venderá mais. O mercado se acomoda. Regulação do governo no mercado de seguros não protege nada. Só dificulta e prejudica a sociedade. Não precisa ter essa regulação em preço. Na verdade, só dificulta e prejudica a sociedade. O mercado vive de concorrência, se ajusta. Outro exemplo: você sabe o que aconteceu com o seguro DPVAT? Desapareceu. Por quê? Outra decisão do governo. São questões regulatórias que passam do ponto.

E as consequências?

No caso do DPVAT, o governo, por lei, é obrigado a fazer o seguro. Com isso, está pagando as indenizações através da Caixa Econômica sem ter prêmio. As pessoas que têm carro estão com o seguro de graça. Só que a reserva para isso acaba este ano. E como vai ser em 2024?

Como convencer o brasileiro a fazer seguro numa situação de crise econômica?

É um problema de renda da população. Quando falamos que a questão do seguro per capita no Brasil é inferior ao de muitos países, tem a ver com isso, com a situação da economia. Como é que eu vou vender seguro de automóvel para um cara que não tem carro? Então, não tem muita mágica. Esse é o grande desafio. Isso a gente não tem como mexer, é uma questão econômica. Mas também não dá para ficar quieto e não fazer nada porque o Brasil tem um problema de economia. Uma coisa é o que anda em função da economia. A outra coisa é o que eu preciso fazer.

Como equacionar isso?

No Brasil tem muita gente que tem carro e que não contrata seguro. É com esse público que eu quero falar. Já o seguro de vida eu não vou vender com capital de R$ 1 milhão para um cara que está no Bolsa Família. Mas esse cara não pode comprar uma assistência funeral? Nós temos soluções no mercado para isso, acessíveis, mas a população não sabe. Então, nosso papel é de comunicar.

Qual a saída para encorajar as empresas a investirem diante de crise política e de um governo ainda em adaptação?

Quando foi que a gente não teve problema em economia? Já tivemos cenários de hiperinflação, quase três dígitos. E isso não inviabilizou a atividade do segmento de seguros. Esse mercado é muito resiliente. Existe um potencial de penetração ainda muito grande no segmento. O seguro residencial, por exemplo, não chega a 15%. É um índice muito baixo. Por desconhecimento.

O que pode dizer de associações que se passam por seguradoras, oferecem preços mais baixos nos produtos e, dependendo do caso, deixam o cliente na mão?

É preciso reagir. Esses caras estão fazendo algo que não recolhe imposto. E é importante o imposto ir para o governo, porque ele retorna à sociedade. As autoridades têm de fazer a parte delas. A gente, a nossa. Essas pessoas estão vendendo, e os cidadãos estão comprando o produto deles. Por quê? Por causa de preço. Então, como combater isso? Tendo preço competitivo. E como ter preço competitivo? Sendo mais eficientes.

O que a Porto faz para ser mais eficiente?

Em 2017, em torno de 20% de tudo que a gente arrecadava era gasto para botar a empresa de pé. Hoje, estamos rodando com 12%. E não é mandando funcionários embora. Mas, por exemplo, temos um superaplicativo na companhia. Antes eram 16. Nesse superapp você resolve toda a sua vida. Em dois cliques está no chat falando com um robô que vai te ajudar a solucionar o seu problema. Isso significa que eu fui mais eficiente em reduzir as despesas porque eu não precisei ter um monte de pessoas envolvidas no processo.

São Sebastião foi bastante afetado pelas chuvas em fevereiro que culminaram em dezenas de mortes. Como foi a atuação da companhia?

A Porto deu suporte para todas as pessoas, seguradas e até não seguradas. Foram mais de 500 acionamentos no Carnaval (550, quando a média diária é 70, além de 1,3 mil serviços de remoção, 500 táxis e envio de 135 veículos).

Quanto a Porto Seguro devolveu no ano passado à sociedade?

Foram R$ 14 bilhões em indenizações de sinistros, pagamentos de benefícios de previdência, capitalização [o faturamento chegou a R$ 28 bilhões e o lucro líquido a R$ 1,1 bilhão].

Visualiza alguma tendência para o setor?

Acho que essa parte de serviços é uma coisa muito importante para a sociedade. E olhando para um futuro maior, acredito que cada vez mais com o avanço de tecnologia perceberemos uma redução de risco. Principalmente o físico. Então, a nossa indústria está se transformando muito mais de risco para de serviço.

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SAUDE BUSINESS

FenaSaúde desenvolve campanha de combate às fraudes na saúde


A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), entidade que representa grandes grupos de operadoras de planos de saúde do país, lançou neste mês a campanha Saúde Sem Fraude. Por meio de materiais educativos, como o site Saúde Sem Fraude, cartilhas, posts em redes sociais, vídeos e entrevistas, a iniciativa pretende alertar e conscientizar os beneficiários de planos de saúde sobre os danos causados pelas fraudes, assim como mobilizar a cadeia de saúde em torno do combate às más práticas na saúde suplementar.

Na campanha, a entidade chama atenção para práticas que podem passar despercebidas à primeira vista, mas são prejudiciais ao consumidor, como a realização de procedimentos estéticos como se fossem outros, o empréstimo de carteirinha para atendimento de terceiros, pedidos de reembolso sem pagamento prévio pelo atendimento e alteração de dados pessoais na hora da contratação do convênio.

Relacionado: Solução de combate a fraude na saúde previne golpes no processo de reembolso das operadoras

Essas ações prejudicam diretamente os clientes, que financiam coletivamente os planos de saúde. Em casos mais extremos, as fraudes podem até colocar a saúde em risco, como quando o paciente é submetido a procedimentos desnecessários para que os fraudadores tenham algum tipo de vantagem financeira.

A campanha é lançada em um momento crítico pelo qual atravessa a saúde suplementar no país. Nos três primeiros trimestres de 2022, o setor acumulou um prejuízo operacional de R$ 11 bilhões. Esse cenário se agrava ainda mais diante das fraudes na saúde. Por ano, estima-se que o mercado tenha um impacto de R$ 28 bilhões com fraudes e desperdícios, conforme aponta o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

"O crescimento expressivo das fraudes contra os planos de saúde durante a pandemia foi o principal motivador do lançamento da campanha. O aumento de custos na saúde suplementar tem razões estruturais já bastante conhecidas. Nessa conjuntura, o crescimento das fraudes torna esse cenário ainda mais desafiador, pesando no bolso do consumidor. Por isso, essa campanha convoca os beneficiários a zelarem pela sua segurança e pelos recursos do seu plano", aponta Vera Valente, diretora-executiva da FenaSaúde.

Além do consumidor, a entidade tem feito reuniões constantes com representantes de laboratórios, médicos e hospitais, com o propósito de propor ações conjuntas de combate às fraudes. Também tem promovido fóruns com o objetivo de propor avanços na regulação e legislação do país, visando maior coação e punição à prática de fraudes na saúde.

"Um dos principais desafios no combate às fraudes no país é a falta de tipificação para a corrupção privada. Também há redes de fraudadores que se valem do próprio sistema de regulação, como nos casos em que são abertas reclamações na ANS para forçar a operadora a pagar reembolsos irregulares, por exemplo. Todos esses temas estão em nossa pauta de atuação", destaca Vera.

Saúde Sem Fraude

O site da campanha contempla um vídeomanifesto e informações sobre as fraudes mais comuns contra planos de saúde e dicas de como evitá-las. Também há uma cartilha sobre reembolso em planos de saúde - a primeira, de uma série de quatro, e dispõe de um canal exclusivo para a formalização de denúncias.

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BDC NOTÍCIAS

Especialista recomenda vacinação contra gripe antes do mês de maio


A gripe é uma doença contagiosa propagada no Brasil todos os anos, geralmente entre março e setembro. A doença é causada pelo vírus influenza, sendo transmitida principalmente por meio de tosse, espirros e contato próximo. O vírus ataca repentinamente e pode durar vários dias. Os sintomas variam de acordo com a idade, mas podem incluir febre e calafrios, dor de garganta, dores musculares, fadiga, tosse, dor de cabeça, coriza e congestão nasal.

Para se prevenir, a recomendação é manter hábitos de vida saudáveis, não compartilhar itens de uso pessoal, lavar as mãos constantemente e tomar a vacina - que deve ser aplicada anualmente, pois a proteção dura 12 meses em função de novas cepas do vírus que surgem a cada ano. Em 2023, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacina da gripe já protege contra duas novas cepas do vírus: a A/H1N1pdm09 e A/H3N2. A vacina contra a gripe oferecida pelo SUS é do tipo trivalente e na rede particular os laboratórios comercializam a vacina tetravalente.

Para diminuir a circulação viral e os casos de gripe no início do inverno, o médico cooperado da Unimed Curitiba especialista em infectologia e epidemiologista da Secretaria Municipal de Saúde, Moacir Pires Ramos, recomenda vacinação contra gripe antes do mês de maio. Confira essa e outras informações sobre o tema no bate-papo com o cooperado:

Por que é preciso tomar a vacina contra gripe todo ano?

Como os anticorpos da vacina contra gripe diminuem com o passar do tempo e todos os anos surgem novas cepas do vírus , uma nova vacina é produzida todos os anos incluindo os tipos de vírus contra os quais há proteção, de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Por esse motivo as pessoas precisam se imunizar a cada 12 meses. Por isso, se você tomou a vacina contra gripe no ano passado, deve tomar neste ano também. Se você nunca tomou, vacine-se, porque, além de proteger-se contra a doença, você ainda protege seus amigos, familiares e colegas.

Qual a diferença entre as vacinas trivalente e tetravalente?

A vacina trivalente (oferecida pelo SUS) tem em sua composição as 3 variantes do vírus da influenza que mais circularam em 2022 e a tetravalente (que é a disponibilizada pelas clínicas particulares) oferece imunização contra 4 variantes.

Quando devemos tomar a vacina contra a gripe?

A vacinação ainda é a melhor maneira de reduzir o risco de contrair a gripe. Por isso, é muito importante que pessoas com maior vulnerabilidade para complicações da infecção por influenza, como os imunodeprimidos e idosos, se vacinem. Recomenda-se a prevenção com a vacina antes de maio, pois a maior circulação viral no Paraná começa em abril e vai até o final do inverno, em setembro. É preciso lembrar que o efeito da vacina se dá de 10 a 15 dias após a aplicação. Por isso, reforçamos a necessidade de tomar a vacina o quanto antes, ainda durante o mês de abril.

Posso tomar a vacina da gripe junto com outras vacinas, como a da COVID-19, ou é necessário algum intervalo?

Sim, a vacina da gripe pode ser administrada com outras, sem necessidade de intervalo ou cuidados específicos.

Onde posso encontrar a vacina da gripe?

A vacina trivalente está disponível pelo SUS e segue calendário vacinal estabelecido pelo Ministério da Saúde.

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A REDAÇÃO

Goiás registra 771 casos e seis mortes por covid-19 nas últimas 24 horas

Goiás registrou 711 casos e seis mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. Os dados são do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás divulgado nesta quinta-feira (23/3). Ao todo, o estado tem 1.908.002 de infecções pelo vírus e 28.065 óbitos.

Ainda de acordo com o boletim, no estado há 899.950 casos e 50 mortes suspeitas em investigação, para determinar se há alguma ligação com o vírus. A taxa de letalidade da covid-19 em Goiás é de 1.47%.

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CNN

Adolescentes que usam celular por mais de 3h ao dia sofrem mais com dor na coluna


Crianças e adolescentes com dor nas costas são mais inativos, apresentam baixo rendimento acadêmico e apresentam mais problemas psicossociais, aponta estudo


Adolescentes e crianças têm passado cada vez mais tempo em frente de telas com a popularização de dispositivos como celulares e tablets e a multiplicação de canais de vídeos, jogos e aplicativos educacionais.

E, nesses momentos, é comum adotarem posturas inadequadas, que podem causar, entre outros problemas, dores na coluna vertebral.

Um novo estudo identificou diversos fatores de risco para a saúde da coluna, como o uso de telas por mais de três horas ao dia, a pouca distância entre o equipamento eletrônico e os olhos, a utilização na posição deitada de prono (de barriga para baixo) e também na posição sentada.

O foco do estudo foi a chamada dor no meio das costas (thoracic back pain, ou TSP).

Foram avaliados 1.628 estudantes de ambos os sexos entre 14 e 18 anos de idade, matriculados no primeiro e no segundo ano do ensino médio, período diurno, na área urbana do município de Bauru (SP), que responderam a um questionário entre março e junho de 2017. Destes, 1.393 foram reavaliados em 2018.

A pesquisa constatou que, de todos os participantes, a prevalência de um ano foi de 38,4%, o que significa que os adolescentes relataram TSP tanto em 2017 quanto em 2018.

A incidência em um ano foi de 10,1%; ou seja, não notificaram TSP em 2017, mas foram encaminhados como casos novos de TSP em 2018. As dores na coluna ocorrem mais nas meninas do que nos meninos.

Os resultados do estudo financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) foram publicados na revista científica Healthcare.

Fatores de risco

A dor no meio das costas (TSP) é comum em diferentes grupos etários na população mundial. Estima-se que afete de 15% a 35% dos adultos e de 13% a 35% de crianças e adolescentes.

A pandemia de Covid-19 e a consequente explosão no uso de eletrônicos agravaram a incidência do problema.

Fatores de risco físicos, fisiológicos, psicológicos e comportamentais ou uma combinação destes estão associados à TSP, de acordo com várias investigações.

Há também fortes evidências dos efeitos da atividade física, comportamento sedentário e saúde mental na saúde da coluna vertebral.

Todos esses fatores foram considerados críticos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em sua mais recente revisão global de evidências e diretrizes.

"Esse trabalho pode ser utilizado para implementar programas de educação em saúde nos diversos níveis escolares, visando capacitar estudantes, professores, funcionários e pais", diz Alberto de Vitta, doutor em educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com pós-doutorado em saúde pública pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu e um dos autores do artigo.

Informações sobre fatores de risco para TSP em estudantes do ensino médio são relevantes porque crianças e adolescentes com dor nas costas são mais inativos, apresentam baixo rendimento acadêmico e apresentam mais problemas psicossociais, aponta o artigo.

Além disso, poucos estudos foram realizados em TSP em comparação com a dor lombar e cervical. Uma revisão sistemática de TSP identificou apenas dois estudos prospectivos sobre fatores prognósticos.

Além de Vitta, assinam o artigo Matias Noll, Instituto Federal Goiano e da Faculdade de Educação Física e Dança da Universidade Federal de Goiás, Manuel Monfort-Pañego e Vicente Miñana-Signes, da Universidade de Valência (Espanha), e Nicoly Machado Maciel, da Universidade de São Paulo.

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Doenças renais são silenciosas, quadros graves podem levar a tratamento por hemodiálise


Controlar a pressão sanguínea, regular a formação do sangue e dos ossos e equilibrar o balanço químico e de líquidos do organismo. Estas são algumas das funções dos rins, essenciais para o funcionamento do corpo humano.

Os distúrbios renais podem ser silenciosos, deixando de apresentar sintomas em estágio inicial. Essa característica aumenta os riscos de evolução para formas crônicas das doenças. Atualmente, estima-se que cerca de dez milhões de brasileiros convivam com doenças relacionadas, segundo o Ministério da Saúde.

As doenças renais crônicas estão diretamente relacionadas a estilos e condições de vida. Alimentação saudável, exercícios físicos regulares e ingestão de bastante água ajudam a evitar o problema. Tratar e controlar os fatores de risco como diabetes, hipertensão, obesidade, doenças cardiovasculares e tabagismo são as principais formas de prevenir doenças renais. O diagnóstico precoce ajuda a evitar o avanço da doença na maioria dos casos.

O cenário é agravado devido a alta incidência de hipertensão arterial e diabetes na população. Como os rins são responsáveis pelo controle da pressão arterial, tais doenças tendem a sobrecarregar os órgãos.

Enquanto a hipertensão arterial pode tanto ser a causa como a consequência de uma disfunção renal, o diabetes por sua vez danifica os vasos sanguíneos do órgão, interferindo o funcionamento dos rins que não conseguem filtrar o sangue corretamente. Com isso, cerca de 25% das pessoas com diabetes tipo I e entre 5 e 10% das pessoas com diabetes tipo II desenvolvem insuficiência renal.



Riscos de agravamentoSilenciosa na maior parte do tempo, a doença renal crônica é caracterizada por uma perda gradativa da função renal. Existe uma série de doenças que, dependendo da gravidade ou tratamento inadequado, podem contribuir para os danos aos rins.

"As principais causas que levam à doença renal crônica, ou seja, à perda de função renal, são diabetes e hipertensão. São muito comuns à população e estão ligadas à obesidade e ao sedentarismo. Existem outras causas que também podem levar à perda de função renal, como o calculose renal, infecções urinárias que acometem o rim - não aquela cistite simples que só dá a dor para urinar, mas aquela infecção urinária que é acompanhada de febre", explica o médico nefrologista Hugo Abensur, responsável pela diálise do Hospital das Clínicas de São Paulo.

A disfunção renal pode ser identificada pela análise da urina e pelo exame de sangue. No primeiro caso, o profissional poderá identificar a presença de uma proteína chamada albumina, enquanto nos testes sanguíneos pode ser investigada a presença da creatinina, que indicará o mau funcionamento do rim.

"Os pacientes diabéticos, com hipertensão arterial, as pessoas com antecedentes de doença renal na família e os idosos são o grupo de maior risco para o desenvolvimento de doença renal crônica", acrescenta Abensur.

A doença renal crônica não tem cura, mas o tratamento permite retardar ou interromper a progressão do quadro e impedir o desenvolvimento de outras condições graves. O uso de medicamentos e o controle da dieta podem ser prescritos por médicos especializados. Em casos mais extremos, pode ser necessária a realização de sessões de diálise ou o transplante renal, como medida definitiva de substituição da função renal.

Transplante de rimOs rins são os principais filtros do corpo humano e chegam a filtrar mais de 180 litros de sangue por dia no corpo humano. São responsáveis por eliminar toxinas e excesso de água presentes no sangue. Além disso, o órgão tem papel fundamental na formação dos ossos, hormônios e na regulação da pressão arterial.

Os dois órgãos de cor marrom-avermelhada, com formato de feijão, ficam na região lombar, por trás do fígado e estômago, nos dois lados da coluna vertebral. Por serem um par, além da doação após o falecimento, é possível ceder um dos órgãos para transplante ainda em vida, já que a função renal pode ser mantida por um único rim, sem que isso cause prejuízos à saúde do doador.

Para que um paciente receba a doação, é necessário apresentar um quadro de insuficiência irreversível, ou seja, quando os órgãos perderam as funções básicas. Antes de chegar a esse ponto, no entanto, o maior risco é porque as doenças renais não apresentam sintomas significativos no estágio inicial.

Quando não tratadas corretamente, elas podem evoluir para quadros graves como a insuficiência renal, em que o paciente precisa de tratamento como diálise ou transplante.

No Brasil, os rins são os órgãos mais transplantados. Em 2021, foram 4.831 procedimentos e, no ano passado, 5.368, sendo que 88% e 86% dos procedimentos, respectivamente, tiveram o financiamento integral do transplante realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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PORTAL G1

'Potó': conheça inseto que causou infecção no braço de hoteleira de Pirenópolis

Mulher sofreu lesões por todo braço e até na lingua após ter contato com o artrópode, de acordo com a mãe dela. Inseto pode ser encontrado em casas durante todas as estações do ano.

Por Pedro Moura, g1 Goiás

Uma mulher de 38 anos sofreu uma infecção por todo o braço esquerdo após ter contato com o “potó”, um besouro minúsculo, mas que é capaz de provocar lesões que se assemelham a uma queimadura por fogo ou produtos químicos, em Pirenópolis, no Entorno do Distrito Federal. A dona de casa Suelene Aquino Gonçalves, conta que a filha, Nayzis Lívia Gonçalves, estava no quarto quando percebeu quando o artrópode caminhava pelo corpo dela e então o matou com um tapa.

Ao matar o inseto, a mulher percebeu que havia sido picada, começando a sentir uma sensação de queimação na região da mão, de acordo com Suelene. Ela optou por tomar um antialérgico para controlar o incômodo. No entanto, dez dias depois, Nayzis, que trabalha como hoteleira, começou a precisar usar pomadas para queimaduras devido à vermelhidão na pele, sendo preciso ser hospitalizada no domingo (18) devido a gravidade da infecção, que passou da pela para a carne.

“A mão dela estava com uma ferida muito grande e o braço estava muito inchado e cheio de bolinhas. Ela tem alergia a insetos e não estava aguentando mais a dor porque queimava igual fogo, ela chorava muito. As bolhas também começaram a aparecer até na lingue dela”, explicou.

Nayzis recebeu alta nesta quinta-feira (23), conforme a mãe, e agora se recupera em casa. Suelene conta que a filha está melhor e que não sente mais dores e que agora consegue se alimentar melhor, após também ter a lingue atacada pela infecção.

Dermatite

Segundo o biólogo Edson Castro Abrão, as lesões são provocadas pela pederina, que é uma substância química presente no DNA do artrópode que mede menos de um centímetro.

“É uma dermatite muito grande, de grande proporção. A pessoa tem que lavar na hora com água e sabão e depois procurar o médico. Muitas vezes pode dar infecção, tendo que fazer uso de antibioticos”, afirmou Edson.

Automedicação exige cuidado

Para o biólogo Deucí Arruda, as lesões provocadas pelo “potó”, que muitas vezes é esmagado sobre a pele, podem variar de lesões graves como ocorreu com Nayzes, a pequenas irritações no órgão. Tudo irá depender, conforme o especialista, da forma como a pessoa irá tratar a reação.

“Isso varia muito de pessoa para pessoa, algumas são mais alérgicas. O que agrava essas lesões, geralmente, são algumas coisas que as pessoas usam para minimizar a ardência, fazendo com que a lesão seja agravada”, explica.

Deucí conta que os insetos costumam ficar mais ativos durante os meados de setembro a novembro, mas que podem ser encontrados durante todo o ano, principalmente em épocas mais quentes. Os animais, inclusive, costumam entrar em casas em busca de calor.

“Eles são atraídos pela luz à noite. Neste período em que estão mais ativos, é preciso evitar deixar portas abertas para que não entrem para dentro de casa”, afirmou.

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Ipasgo deixará de ser uma autarquia e passará a seguir regras da Agência Nacional de Saúde; entenda o que muda

Procuradora-geral disse que serviço de assistência mudará de natureza jurídica. Mudança acontecerá após determinação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que entendeu que a forma que o Ipasgo é registrado atualmente é irregular.

Por Thauany Melo e Danielle Oliveira, g1 Goiás

O Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo Saúde) deixará de ser uma autarquia e vai seguir as regras da Agência Nacional de Saúde. Segundo a procuradora-geral Juliana Prudente, essa mudança acontecerá após uma determinação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que entendeu que a forma que o Ipasgo é registrado atualmente é irregular.

As informações foram divulgadas na quarta-feira (22). A procuradora-geral ressaltou que o modelo ainda está sendo discutido antes de ser remetido ao governador Ronaldo Caiado (UB).

Juliana Prudente explicou que a mudança é de personalidade jurídica. Com a alteração, o Ipasgo deixará de ser uma autarquia e passará a ser um serviço social autônomo. Segundo ela, não se trata de uma privatização.

“Hoje as contribuições dos servidores ingressam no tesouro e distorcem nossa receita corrente líquida. Precisamos fazer a alteração para que a contribuição ingresse diretamente na pessoa jurídica de direito privado”, disse.

“Não se trata de privatização”, explicou a procuradora. “O serviço social autônomo é uma pessoa jurídica de direito privado atípica. A pessoa jurídica de direito privado presta o serviço público mas tem toda uma governança compartilhada com servidor público, com participação do estado e dos servidores”, completou.

Conforme o presidente do Ipasgo, Vinícius Luz, o novo modelo vai seguir as regras da ANS como os outros planos de saúde, o que inclui os reajustes frequentes. “A partir do momento que passamos a ser regulados pela ANS, temos que cumprir todas as determinações. Inclusive com questão de reajuste", disse.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviços Público do Estado de Goiás, Nylo Sérgio, reclamou da possibilidade de reajustes e da realocação de servidores. “Disseram que podem até um ano para absorver os servidores”, reclamou.

Segundo a procuradora-geral, os servidores efetivos serão colocados à disposição da Secretaria de Estado da Administração (Sead) e os comissionados deverão ser contratados por quem assumir o Ipasgo.

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Assessoria de Comunicação