CLIPPING AHPACEG 17/03/23
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Com Rubens Fileti na presidência, diretoria da Acieg toma posse em Goiânia
Iquego fecha parceria para fabricar produtos a base de cannabis medicinal
DPE-GO vai averiguar suspensão de serviços de redesignação sexual pelo SUS
Caiado destina R$ 18 milhões para investimentos no HGG
Comunidade terapêutica clandestina é fechada após manter pacientes presos dentro de celas, diz delegado
Síndrome do sono insuficiente pode levar a ansiedade e depressão
A REDAÇÃO
Com Rubens Fileti na presidência, diretoria da Acieg toma posse em Goiânia
A cerimônia de posse da nova diretoria da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Goiás (Acieg) ocupou o Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia, na noite desta quinta-feira (16/3). Rubens Fileti foi reconduzido ao cargo de presidente para o próximo triênio (2023-2026) e com ele, 122 outras pessoas - entre vice-presidentes, diretores secretários, diretores tesoureiros, conselheiros fiscais e conselheiros consultivos - também iniciaram (ou reiniciaram) o trabalho em prol dos empresários goianos.
A eleição foi realizada dia 22 de dezembro de 2022, quando Fileti recebeu 100% dos votos dos associados. Durante a cerimônia de hoje, que contou com as presenças do governador Ronaldo Caiado e do prefeito Rogério Cruz, ele ressaltou que no novo mandato pretende seguir atuando para, entre outras coisas, atrair mais empresas para Goiás e seguir na interlocução com os governos, deixando o setor produtivo cada vez mais leves para desempenharem seu papel de geração de emprego e renda.
Ele ainda afirmou que pretende resgatar empresas com problemas para ajudá-las na retomada para que voltem a crescer, seguir gerando emprego e renda para nosso Estado.
Fileti reforçou também que a permanência no cargo permitirá seguir com foco de apoio à inovação nas empresas, além de buscar expansão no comércio exterior.
Para ele, este mandato será a consagração de um trabalho que se iniciou em 2020 quando foi eleito pela primeira vez e passou por várias situações, algumas delas bem difíceis, como a pandemia da Covid-19.
História
A história empresarial de Goiás é a própria história de lutas e conquistas da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Goiás (Acieg), iniciada em 1937. Com 86 anos de uma trajetória gloriosa, a Entidade está voltada para o presente e o futuro do nosso Estado.
O pilar de atuação da Acieg é a defesa incondicional do empresariado e dos princípios de organização e união para vencer os desafios do setor produtivo. Entre suas principais atividades, está a luta pela queda dos juros, por mais segurança, contra a informalidade, por uma carga tributária justa e por leis que favoreçam o setor produtivo.
Confira quem compõe a nova diretoria da Acieg:
PRESIDENTE
Rubens Jose Fileti
VICE PRESIDENTE (10)
Alberto Borges de Souza
Alberto Pereira Nunes Neto
Allan Máximo de Holanda
Antônio Fernando de Oliveira Maia
Cesar Helou
José Alves Filho
Leandro Ferreira Resende
Marisa Elena de Melo Moura Carneiro
Otavio Lage de Siqueira Filho
Thiago de Souza Peixoto Falbo
DIRETOR SECRETARIO (03)
Leonardo Fernandes Mundim
Regina Guimarães de Moraes e Silva Falbo
Nicolas Magalhães de Oliveira Sousa
DIRETOR TESOUREIRO (03)
Celso Secundino de Queiroz
Imad Esper Esper
Denerson Dias Rosa
CONSELHEIRO FISCAL TITULAR (03)
Alexandre Veiga Caixeta
Ivan Carlos de Lima
Renaldo Limiro da Silva
CONSELHEIRO FISCAL SUPLENTE (03)
Igor Santarine de Mendonça
Rands Alves Costa Junior
Thiago Vinicius Vieira Miranda
DIRETORIA (50)
Agenor Braga e Silva Filho
Akira Ninomiya Junior
Alessandro Cunha Brito
André Luiz Baptista Lins Rocha
Anselmo Pereira da Silva Sobrinho
Antônio Carlos da Costa
Carlos Eduardo Basques Reis
Carlos Eduardo Trindade
Carlos Luciano Martins Ribeiro
Cesmar Moura de Oliveira
Danielle Fernandes Limiro Hanum
Danilo Barros Naves Campos Monteiro
Dario Valentino Coutinho Tavares
Dilze do Nascimento Percílio
Divino José Dias
Domingos Pereira de Ávila Júnior
Fábio Christino
Flavio de Oliveira Rodovalho
Flávio Leandro Palmerston Abrantes
Geraldo Lúcio da Silvia Girundi
Guilherme Pinheiro de Lima
Haikal Yaspers Helou
Helena Barbosa Machado Ribeiro
Joaquim Rosa Fonseca
José Breno Lettiere Dornelas
José Eustáquio Barbosa
José Guilherme Schwan
Júlio César da Serra Campos
Leandro Reis Bernardes
Leonardo Souza Moreira
Liz Marilia Guedes Vecci Mendonça
Luís Filipe Fernandes De Souza
Luiz Antônio de Siqueira
Luiz Hohl
Luiz Sérgio de Oliveira Maia
Marília Ferreira Guedes Vecci
Marinho Pereira Braga
Miguel Mendes de Medeiros
Mihran Merzian
Newton Emerson Pereira
Paulo Roberto da Costa
Pedro Alves Rosa Lima
Pedro Renan Ferreira de Santana
Rafael Fernandes Maciel
Reginaldo Abdala
Renan Santos Martins
Ricardo Alves Vieira
Ronaldo Borges Ferrante
Shirley Luiza Oliveira Leal
Yuri Augustus dos Santos Netto
CONSELHEIRO CONSULTIVO (50)
Agostinho Sebastião Pedrosa
Ailton Flávio Moreira Júnior
Andrei Martins Baeta
Antônio Camargo Júnior
Ary Alencastro Veiga Filho
Carolina Alves Luiz Pereira
Cláudio Henrique de Ávila
Cledistônio Salvador de Moura Junior
Dalton Egídio Batista de Carvalho
Danilo Siqueira Brito
Enil Henrique de Souza Neto
Fabiana Vargas Gadia Accioly
Fernanda Miranda de Oliveira
Fernando Rassi Nader
Filipe Denki Belém Pacheco
Getúlio Silva Ferreira de Faria
Ginamar Stella Facuri de Souza Bittar
Gustavo Augusto Hanum Sardinha
Henrikson de Souza Lima
Hésio Inumaru
José Rafael de Medeiros
José Reginaldo Garcia
Kaio Ramos Leite
Kelson Ribeiro Costa
Larissa Junqueira Reis Bareato
Leandro Coutinho Rodrigues
Leonardo Soares Sobrinho
Lourival de Carvalho Lira Júnior
Luciola Vieira de Oliveira
Luiz Antônio Ribeiro de Sousa
Marcelo Alberto Vilanova
Marcelo de Paula Cunha
Márcia Pereira Carvalho
Márcio Rosa e Silva
Margareth Maia Sarmento
Marilene de Araújo Martins Queiroz
Maximiliano Matos Schaefer
Murilo Résio de Castro
Noslin Pascoal e Souza
Paulo Afonso Rodrigues da Silva Lustosa
Priscila Maura de Carvalho Rezende
Ricardo Cantaclaro Marques Rosa
Rodrigo Alves de Deus
Rondinely Leal da Silva
Sérgio Endrigo Sousa Santos
Silvana de Oliveira Custódio Morais
Talita Pimenta Félix
Thiago Braga Fujioka
Uilson Alcantara Manzan Júnior
Vanessa Pires Morales
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Iquego fecha parceria para fabricar produtos a base de cannabis medicinal
A Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego) fechou parceria empresarial, com transferência de tecnologia, para produção e comercialização de produtos à base de cannabis medicinal. A ação foi publicada no Diário Oficial do Estado na terça-feira (14/3). A previsão é de que a produção seja iniciada em junho, pois depende de questões sanitárias e de importação.
Em Goiás, tramita um projeto de lei que institui a política estadual de fornecimento gratuito de medicamentos, fitofármacos e fitoterápicos prescritos a base da planta inteira ou isolada, que contenham na composição, fitocanabinóides, como Canabidiol (CBD) Cannabigerol (CBG), Tetrahidrocanabinol (THC), nas unidades de saúde pública estaduais e privadas conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS). A nova normativa prevê o acesso universal ao tratamento de saúde com os derivados da planta, além da pesquisa sobre propriedades medicinais. Em Goiânia, já é realidade, a capital possui uma legislação própria aprovada.
De acordo com o presidente do Iquego, José Carlos dos Santos. devido a obrigatoriedade de fornecimento através do poder público, de medicamentos gratuitos, nacionais e importados a base de cannabis para fins terapêuticos e medicinais, a Indústria Química contribuiria com o projeto "em razão de função social, uma vez que foram finalizadas as tratativas de parceria empresarial para fornecimento de produtos que envolve a transferência de tecnologia com a GC Health Export LLC (Golden CBD Plus) e Golden CBD + Nanotech LTDA.
“O movimento das famílias, dos pacientes, das associações, inclusive das empresas que pretendem atuar nesse ramo, já está a todo vapor. E, a meu ver, não vai retrair. Entendemos que pode ser um caminho sem volta para a medicina, um avanço, pois vários resultados demonstram a eficácia do tratamento para uso medicinal. A Iquego está saindo na frente, pioneira como laboratório público no Brasil, se tornando o primeiro a firmar uma parceria nesse sentido. Nossa intenção é fazer com que as pessoas de todo Brasil tenham acesso a essa medicação de forma mais acessível.” afirma.
Por se tratar de uma estatal que possui como principal acionista o Governo de Goiás, a Iquego tem como finalidade produzir e comercializar medicamentos e produtos para a saúde atendendo demandas do Ministério da Saúde, Secretarias de Saúde estaduais e municipais.
"A Iquego vai cumprir o seu papel, regulando o mercado e o acesso aos produtos via Sistema Único de Saúde (SUS), além de ofertar por valores mais competitivos e acessíveis. Inicialmente, serão disponibilizados de imediato para comercialização os seguintes produtos: Full Spectrum Canabidiol 100mg/ml (3000mg/30ml) – Solução Oral e Full Spectrum Canabidiol 200mg/ml (6000mg/30ml) – Solução Oral. É uma grande vitória, principalmente para as famílias com pessoas que precisam da Cannabis medicinal", conclui.
Sobre a cannabis medicinal
O canabidiol é um medicamento derivado da Cannabis, a planta da maconha, que é capaz de atuar no tratamento de doenças que atingem o Sistema Nervoso Central do ser humano. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mais de 100 mil pacientes realizam algum tipo de tratamento que necessita do uso do canabidiol, também conhecido como CBD. No ano de 2021, mais de 66 mil medicamentos à base de Cannabis foram importados para o Brasil e o uso medicinal e industrial do canabidiol já é regulamentado em aproximadamente 50 países.
Apesar de existir a possibilidade de autorização para a importação, o processo ainda é considerado muito burocrático no Brasil. Além disso, o custo dificulta o acesso de grande parte daqueles que precisam.
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DPE-GO vai averiguar suspensão de serviços de redesignação sexual pelo SUS
A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) disse que vai averiguar a suspensão de serviços de redesignação sexual pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A decisão veio após a paralização do Projeto Transexualizador e o processo, um Procedimento Preparatório para Propositura de Ação Civil Pública (Propac) que foi instaurado na quarta-feira (15/3), está sob responsabilidade do Núcleo Especializado de Direitos Humanos (NUDH) da entidade. Os serviços do SUS são no âmbito hormonal, ambulatorial, clínico e psicológico para homens e mulheres transexuais e travestis em Goiás.
Representantes da comunidade LGBTQIA+ se reuniram com o coordenador do NUDH/DPE-GO, Tairo Batista Esperança, na Unidade Sul, quando relataram que o cadastramento e a realização da cirurgia de redesignação sexual, feitos no Hospital das Clínicas (HC) e no Hospital Alberto Rassi (HGG), serão, daqui em diante, feitos apenas neste último. Com a mudança, porém, o tempo da fila de espera teria se estendido.
Além disso, a ameaça de descredenciamento do Hospital das Clínicas, coloca em risco a saúde de 22 mulheres e homens trans que fazem acompanhamento através do Projeto Transexualizador do SUS na unidade. “Isso traz prejuízos irreparáveis à vida dessas pessoas, uma vez que o acesso ao tratamento adequado está sendo negligenciado”, destacou Tairo Batista.
Ele destaca, no entanto, que o Propac visa justamente acompanhar a situação e manter diálogo com o Executivo com base na escuta dos movimentos sociais. “Trata-se de um retrocesso na política pública, fazendo com que deixe de existir uma porta de entrada para essas pessoas realizarem esse procedimento”, analisou.
Participaram da reunião na terça-feira, o superintendente LGBTQIAP+ da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Políticas Afirmativas (SMDHPA), John Maia Gomes; a presidente da Associação Goiana de Pessoas Trans (UniTransGO), Cristiany Beatriz; o gerente de Promoção Social, Cultural e de Saúde da SMDPHA, Raphael Pereira Vaz; o secretário Executivo de Direitos Humanos de Goiânia (SMDHPA), Eduardo de Oliveira Silva, Lívia Araújo Costa, integrante do UniTrans Goiás e a estagiária do NUDH Rayanne Eduarda Brito.
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O HOJE
Caiado destina R$ 18 milhões para investimentos no HGG
Governador assina ordem de serviço para ampliar o hospital em 1.300 metros quadrados
O governador Ronaldo Caiado (UB) autorizou, nesta quinta-feira (16/3), as obras de ampliação do Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG), em Goiânia, que terá mais 1.300 metros quadrados de área. Durante sua fala, Caiado afirmou que seu mandato prioriza medicina de excelência. “No nosso governo, fazemos medicina de excelência. Hoje, o paciente SUS entra numa policlínica ou num hospital estadual e vê que realmente o padrão mudou, pela maneira humanizada e competente como é tratado”
Na ocasião, Caiado também entregou melhorias na estrutura e equipamentos. O investimento total do Governo de Goiás na unidade é superior a R$ 18 milhões.
Durante a solenidade, o governador destacou que o HGG é um dos hospitais mais bem avaliados do Brasil. “Conheço o hospital há mais de 40 anos e digo que hoje eles chegaram num nível difícil de ser acompanhado por outro hospital”, frisou.
O evento, que também contou com a presença do vice-governador Daniel Vilela, marcou a entrega dos novos aparelhos de hemodinâmica, tomógrafo, bisturi eletrônico, microscópio cirúrgico, entre outros equipamentos adquiridos para a modernização do parque tecnológico, cujo investimento supera a casa dos R$ 11 milhões. “Como se trata de um hospital de alta complexidade, precisamos mais do que nunca de tê-lo aqui apropriado para receber os casos mais graves e que exigem um tratamento diferenciado”, reforçou o Caiado.
Em relação às obras na unidade de saúde, foram assinadas ordens de serviço para a construção da sede própria do Centro Estadual de Apoio a Diabetes (Cead), ampliação do Ambulatório de Medicina Avançada (AMA) e construção da nova recepção central. As obras representam um investimento superior a R$ 5,2 milhões.
Foram entregues ainda o Laboratório de Análises Clínicas, que conta com estrutura moderna e novos mobiliários, com aporte de R$ 628 mil, e a Subestação de Energia Elétrica, avaliada em mais de R$ 1,4 milhão. “Tudo isso faz com que o paciente tenha atendimento mais célere, efetivo, o que contribui para que ele volte para casa antes e melhor”, pontuou a secretária-adjunta de Estado da Saúde, Anamaria de Sousa Arruda.
“O hospital está preparado para qualquer situação, com absoluto sucesso nos resultados. Nossos números foram muito semelhantes aos melhores do país. Com a modernidade do nosso parque vamos conseguir atender mais pacientes”, salientou o coordenador de Gestão em Saúde do HGG, Marcelo Rabahi.
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PORTAL G1
Comunidade terapêutica clandestina é fechada após manter pacientes presos dentro de celas, diz delegado
Pacientes eram sequestrados de vias públicas e das próprias casas para serem internados no local, de acordo com o delegado. Comunidade também usava medicamentos vencidos há quase um ano.
Por Pedro Moura, g1 Goiás
Uma comunidade terapêutica ilegal, destinada a recuperação de dependentes quimicos, foi fechada e três pessoas presas suspeitas de sequestrar e manter 49 internos em carcere privado, em Goianápolis, no centro de Goiás. Segundo o delegado Rodrigo Arana, o espaço era administrado pelo dono do local e outros dois internos que já haviam se recuperado do vício.
Como o nome dos suspeitos não foram divulgados, o g1 não conseguiu localizar as defesas deles para que se posicionassem até a última atualização desta matéria.
Os internos recém-chegados eram encaminhados para uma ala específica, onde ficavam isolados dos demais pacientes, de acordo com o delegado. Os dormitórios do espaço onde os novos pacientes ficavam, conforme Arana, contavam com grades fixadas nas janelas, como se fosse uma casa de detenção.
Uma segunda ala abrigava idosos e um terceiro dormitório era destinada a pacientes já estabilizados de suas crises de abstinência. O local, que fica na zona rural de Goianápolis, não tinha alvará de funcionamento do órgão sanitário estadual e nem municipal. Ele foi fechado na segunda-feira (13).
“Todos os pacientes foram identificados e ouvidos. Grande parte falou que foi levado ao local contra a vontade. Eles eram sequestrados de vias públicas ou de suas próprias casas e levados para a cumunidade. Os pacientes mais críticos, que tinham uma dependência mais forte, ficavam presos das 20h às 8h até que as portas dos dormitórios eram abertas”, explicou.
Medicamentos vencidos
O delegado afirma que também foram identificadas irregularidades na ala da enfermaria, como medicamentos fracionados e sem procedência, medicamentos vencidos e de uso proibido (lidocaína), além de equipamentos sem condições de higiene.
Durante o resgate, alguns idosos que estavam no local devido a dependência de álcool, chegaram a chorar quando foram informados que iriam voltar para casa, conforme Arana.
“Vamos investigar a participação de outras pessoas, bem como a participação de familiares das vítimas, que internaram os pacientes contra a sua vontade. A internação teria sido pautada em um laudo psiquiátrico, mas esse laudo não permite a internação involuntária em uma comunidade, mas em uma clínica”, afirmou.
O dono do estabelecimento foi atuado em flagrante por contravenção penal de exercício ilegal da profissão, cárcere privado e adulteração ou corrupção de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais. Já os internos que ajudam a administrar o local foram presos por sequestro e cárcere privado.
Eles foram encaminhados a Unidade Prisional de Goianápolis, onde estão à disposição do Poder Judiciário da cidade.
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AGÊNCIA BRASIL
Síndrome do sono insuficiente pode levar a ansiedade e depressão
O Dia Mundial do Sono, celebrado em 2023 nesta sexta-feira (17), tem como tema "O sono é essencial para saúde". A primeira comemoração da data ocorreu em 2008 a fim de chamar a atenção para a conscientização e promoção da saúde do sono.
Neste ano, o apelo global organizado pela Sociedade Mundial do Sono tem o objetivo de diminuir o peso que os problemas do sono provocam na sociedade, por meio da prevenção e do tratamento.
Neste dia, profissionais de diversas especialidades médicas de 70 países se organizaram para realizar atividades locais e nacionais que demonstrem que o sono é considerado pilar fundamental da saúde humana, tanto do corpo quanto da mente.
No Brasil, de 13 a 19 de março, profissionais de saúde estão participando de palestras, cursos e divulgação dentro de universidades. Já o público em geral tem à disposição informações online sobre a importância de dormir bem.
A Associação Brasileira do Sono (Absono), Associação Brasileira da Medicina do Sono (ABMS) e Associação Brasileira de Odontologia do Sono (Abros) lançaram, em conjunto, a Cartilha da Semana do Sono - 2023 com explicações e dicas à sociedade.
A publicação mostra que é durante o sono que ocorrem as principais funções restauradoras, como reposição energética, hormonal, reconstituição de tecidos e sínteses de proteínas.
Distúrbios do sono
Existem mais de 100 distúrbios do sono. As três associações brasileiras associadas ao sono (Absono, ABMS e ABOS) afirmam que ter uma boa noite de sono vai contribuir para melhorar a qualidade de vida e pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares (arritmias e hipertensão arterial) e diabetes; manter o peso corporal saudável, evitando a obesidade; fortalecer o sistema imunológico; liberar hormônios; consolidar a memória, concentração e aprendizado; regular o humor, diminuir o risco de depressão e ansiedade; reduzir o estresse; diminuir o número de acidentes, como os de trabalho e de trânsito.
A fadiga causada pela privação do sono ou pelo sono de baixa qualidade pode sobrecarregar física, mental e emocionalmente, com alterações do humor. A psicóloga clínica comportamental e mestre em Medicina do Sono, Mônica Müller, explica a evolução dos quadros de má qualidade do sono, com quatro sintomas principais. "Na insônia inicial, a pessoa tem dificuldade para conciliar o sono. O segundo sintoma é a dificuldade de manutenção. O terceiro é a insônia terminal, com despertar precoce - o indivíduo acorda antes do horário desejado/programado e não consegue voltar a dormir. Por fim, o quarto sintoma é o sono não reparador, com queixas de fadiga, cansaço extremo, o que dificulta à pessoa funcionar [bem] durante o dia".
Transtornos cognitivos
O sono de baixa qualidade pode dificultar a atenção, concentração, memória, o aprendizado, planejamento, a tomada de decisão, o raciocínio lógico, a imaginação, criatividade e capacidade de reter novas informações.
Com 23 anos de experiência no assunto, Mônica Müller tem percebido pacientes impactados pelo hábito nocivo da privação intencional do sono, provocado pelo acúmulo de tarefas. "São pessoas que trabalham até mais tarde, que utilizam a noite para fazer outras tarefas, que, muitas vezes, não conseguem se organizar durante o dia. Elas acabam se privando de sono, porque no dia seguinte precisam acordar cedo. Elas têm outros compromissos. Então, é preciso considerar que fadiga gera essa sobrecarga. E o sono de má qualidade, se é mantido durante muito tempo assim, vai repercutir negativamente no funcionamento tanto mental, quanto físico".
Mônica detalha algumas consequências negativas dessa chamada síndrome do sono insuficiente. "São alterações do humor, em especial para pessoas que apresentam pré-disposição ou já têm transtornos psiquiátricos, sendo os carros- chefe a ansiedade e a depressão. Ela cita ainda o transtorno do humor bipolar, onde a privação de sono é extremamente danosa e pode desencadear episódios de mania. A fadiga e o cansaço extremo precisam ser evitados a todo custo."
Transtornos respiratórios - ronco e apneia
Mônica também fez uma associação direta de prejuízos cognitivos aos transtornos respiratórios, principalmente a apneia do sono, que é a interrupção da respiração por dez segundos ou mais durante a noite. O distúrbio é considerado grave e perigoso, pelo risco de óbito. "Nessa parada respiratória, a pessoa não tem uma boa oxigenação do sangue. Como consequência da dessaturação do oxigênio, acaba sendo levado gás carbônico ao cérebro. O prejuízo na circulação nessa área mata, literalmente, as células nervosas".
Nesta semana, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) divulgou levantamento, realizado em fevereiro deste ano, que mostra que a baixa qualidade do sono representa 25% das queixas nos consultórios de otorrinolaringologia no Brasil. O mapeamento, feito com 430 médicos de todo o país, considerou os atendimentos realizados por esses especialistas entre 2020 e 2023.
Quase 94% das queixas recebidas pelos otorrinolaringologistas estão relacionadas a roncos e à apneia obstrutiva do sono. O coordenador do Departamento de Medicina do Sono da ABORL-CCF, Danilo Sguillar, considera o percentual bastante expressivo. "Mais de 930 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem da apneia obstrutiva do sono". O médico enumera os efeitos nocivos da interrupção da respiração. "Além da parada respiratória, os sinais mais comuns desse problema são o ronco alto, a sonolência diurna e as alterações cardiovasculares e metabólicas como pressão arterial elevada, arritmia e diabetes." Por isso, o ronco deve ser considerado sinal de existência de apneia.
A pesquisa da ABORL-CCF destaca que a faixa etária dos pacientes predominante está entre 40 e 65 anos de idade e há um predomínio (85,2%) do gênero masculino. As queixas em menor número aos otorrinolaringologistas são de insônia, bruxismo, sonolência excessiva e comportamentos como sonambulismo, terror noturno e pernas inquietas. Por isso, a categoria defende a boa respiração pelo nariz.
Durante a pandemia, o estudo revelou que a insônia ganhou destaque nos consultórios. Representou 47,7% das queixas, percentual maior que o das reclamações de ronco e apneia. O médico projeta um quadro de melhora. "Agora, as informações mais sólidas, a vacinação que vem ganhando cada vez mais projeção, com a quarta e quinta doses, fazem com que a gente crie mais confiança, uma relação de mais estabilidade e, obviamente, isso se reflete no nosso sono. Então, seguramente, os próximos meses, os próximos anos vão fazer com que essas queixas relacionadas a insônia, aos pesadelos vão perder destaque".
Para quem já tem apneia, a otorrino especialista em Medicina do Sono em Brasília, Aliciane Mota, aconselha: "de forma geral, o paciente pode dormir de lado. A maioria se beneficia com o decúbito lateral, porque existe a apneia com um componente posicional. E quando você se coloca de barriga para cima, tende a ter mais apneia. Vale também levantar a cabeceira, não com travesseiro comum. Sugiro aqueles em formato triangular".
Qualidade do sono
Os especialistas explicam que a necessidade e o limite de horas de sono podem ser diferentes de pessoa para pessoa e são variáveis em cada fase da vida, conforme as alterações hormonais. Um recém-nascido, por exemplo, passa de 14 a 18 horas por dia dormindo, consideradas essenciais ao desenvolvimento, sobretudo, neurológico. Nas crianças, o sono contribui na liberação do hormônio do crescimento. Já a adolescência é caracterizada por uma situação passageira de mudança de padrão do sono. Nessa faixa etária, os adolescentes precisam dormir mais horas (de 8 a 10), com a tendência de dormir e acordar mais tarde. Em tese, os adultos necessitam, em média, de 8 horas de sono por dia. E com o avanço da idade, podem acordar mais vezes à noite e há maior propensão para dormir e acordar mais cedo. Durante o dia, os cochilos podem ser mais frequentes neste momento da vida.
O sono é dividido em duas fases: o sono não REM (Rapid Eyes Movement) e o sono REM. Os estágios do sono se alternam durante a noite. No sono não REM são quatro estágios:
1: Sono de transição: marcado pelo adormecimento. Nesta transição entre estar acordado e dormindo, há relaxamento dos músculos e pode ser caracterizado por cochilos;
2: Sono leve, com a diminuição dos ritmos cardíacos e respiratório e da temperatura corporal;
3: Sono intermediário: a atividade cerebral começa a diminuir e o corpo começa a entrar em um sono profundo;
4: Sono profundo: fundamental para o descanso do corpo, com a liberação de hormônios e recuperação de células e órgãos.
Após o quarto estágio, o corpo caminha para o sono REM, com atividade cerebral intensa. É a fase dos sonhos, fixação da memória e o descanso profundo, essencial para a recuperação e o acordar disposto.
Recomendações
Para dormir bem à noite, os médicos recomendam hábitos saudáveis de higiene do sono:
· ir para o quarto somente quando estiver sonolento (a), para não 'fritar' na cama;
· manter uma rotina regular de horários para deitar e se levantar;
· reduzir ruídos e manter o ambiente escuro à noite;
· se necessitar levantar no período noturno, usar lâmpadas adequadas nos ambientes, evitando a luz branca;
· manter a temperatura agradável no quarto;
· evitar o uso de medicamentos para o sono sempre prescrição médica;
· manter fora do quarto animais de estimação que podem atrapalhar o sono;
· cerca de duas horas antes de ir para a cama, evitar o uso de telas (TV, celular e computador);
· evitar alimentação pesada próximo ao horário de dormir;
· evitar o uso de bebidas alcóolicas e com cafeína, como café, chás preto, branco e mate, chocolate, guaraná e outros termogênicos;
· evitar alimentos com glicose
· praticar exercícios físicos regularmente, mas, evitá-los três a quatro horário de deitar;
· perder o excesso de peso corporal;
· não dormir em excesso durante o dia para acumular cansaço físico e mental para a noite
· não fumar;
Para quem já apresenta dificuldades para pegar no sono ou se manter dormindo:
· não permanecer muito tempo na cama acordado;
· ao acordar no meio da noite, evitar conferir o horário
· se tiver os pés frios, usar meias para dormir;
· não pensar em preocupações diárias ao se deitar;
· evitar discussões e polêmicas, no início da noite.
Ajuda profissional especializada
A otorrino Aliciane Mota aponta que diante dos transtornos do sono, em especial a apneia, é fundamental procurar com urgência a ajuda de um profissional com atuação em Medicina do Sono. "Procure um médico. Para o tratamento, ele vai precisar de outros colegas da área de saúde. Pode ser um fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicólogo do sono, dentista. Então, há vários braços na área da saúde colaborando."
A psicóloga Mônica Müller defende a análise individual de cada paciente. "Não significa que todas as pessoas vão receber as mesmas orientações. Cada um tem um ritmo próprio, uma necessidade de sono própria. O profissional específico do sono vai entender, durante o tratamento, quantas horas de sono aquela pessoa de fato precisa".
E finaliza explicando o que é um tratamento exitoso: o paciente consegue ir para a cama com bastante sonolência, bastante cansaço para que durma rapidamente e mantenha o sono durante a noite toda. Ele vai se sentir, principalmente, reparado durante o dia. Ter disposição para fazer atividades é um termômetro bastante importante".
Hábitos
Uma pesquisa global sobre hábitos e condições de sono em mais de dez países, feita pela ResMed em janeiro de 2023, com mais de 20 mil indivíduos, mostra que 49% dos brasileiros mantêm o hábito de usar telas para tentar adormecer, seguido pela prática da leitura (34 %) e do costume de passar tempo com um familiar ou animal de estimação (20%), antes de dormir.
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Assessoria de Comunicação