Postado em: 17/01/2023

CLIPPING AHPACEG 17/01/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Governo de Goiás investe R$ 4,1 bilhões na saúde em 2022

Goiás recebe mais de 22 mil doses de vacina contra Covid para crianças

Égua leva alegria e ajuda na recuperação de pessoas internadas em hospital de Aparecida de Goiânia

Quem é a bilionária chinesa que investe para curar o câncer

Ministério da Saúde revoga portaria sobre aborto

ANS modifica Manual de Boas Práticas na Linha de Cuidado Materna e Neonatal

Helvécio Magalhães diz que governo quer diminuir filas de cirurgias eletivas

Maternidades fazem até simulação de partos para reduzir cesáreas

GAZETA DO ESTADO

Governo de Goiás investe R$ 4,1 bilhões na saúde em 2022

Valores envolvem pagamento de pessoal, custeio e investimentos, com foco na regionalização da saúde, e somam 13,26% da receita do Estado aplicado acima do percentual constitucional de 12%

O Governo de Goiás destinou R$ 4,1 bilhões para investimentos, pagamento de pessoal e custeio na área da saúde em 2022. Esse valor representou 13,26% da receita do Estado e ultrapassou o percentual de 12% que Goiás deveria, obrigatoriamente, investir em saúde, de acordo com a vinculação determinada pela Constituição Federal. Os recursos possibilitaram o avanço da regionalização, com a construção e aquisição de equipamentos para hospitais e policlínicas.

Para o titular da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Sérgio Vencio, os investimentos garantem aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), em Goiás, o acesso a serviços de qualidade, além de promover eficiência operacional e financeira aos cofres públicos do Estado. “O governo está garantindo o direito dos goianos à saúde de qualidade, nas diversas regiões do Estado”, avalia Vencio.

De janeiro a dezembro de 2022, foram realizadas 36.076 cirurgias eletivas na rede estadual de saúde, de acordo com o Sistema Estadual de Regulação de Cirurgias Eletivas (Regnet). Também foram realizadas 247.636 consultas e 154.139 exames.

Equipamentos
Do total de recursos, R$ 230.281.719,37 foram investidos na aquisição de equipamentos, obras e demais bens que se incorporaram ao patrimônio das 30 unidades distribuídas em todo o Estado.

Com os investimentos, três hospitais do Governo de Goiás – Crer, Hugol e HGG – receberam prêmio concedido pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) por eficiência e qualidade no atendimento. Os hospitais foram encolhidos entre as 6,6 mil unidades financiadas pelo SUS durante premiação em parceria com o Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (Ibross), a Organização Nacional de Acreditação (ONA) e o Instituto Ética Saúde (IES).

Já para o custeio, que inclui manutenção, aquisição de bens de consumo ou contratação de serviços, foram destinados R$ 3.326.243.078,40. E para o pagamento de profissionais, R$ 701.328.256,75.

Regionalização
Em 2018, a rede assistencial própria do Estado contava com cerca de 20 unidades, localizadas de forma centralizada, em especial na região Metropolitana de Goiânia. A atual gestão regionalizou a saúde, com a abertura de novos hospitais. A rede própria agora conta com 30 unidades, levando assistência para mais perto do cidadão goiano.

Foram estadualizados cinco hospitais, em Jataí, Formosa, São Luís de Montes Belos, Luziânia e Itumbiara. O Governo de Goiás inaugurou o Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), em Uruaçu, e retomou as obras do Hospital Estadual de Águas Lindas de Goiás. Entre as novas unidades estão ainda o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) e o Hospital Estadual da Mulher (Hemu), ambos na capital.

Policlínicas
O Governo de Goiás garantiu o funcionamento das policlínicas estaduais nos municípios de Posse, Goianésia, Quirinópolis, São Luís de Montes Belos, Formosa e Goiás. Tais unidades se destinam à realização de consultas em mais de 20 especialidades e exames de alta complexidade, como mamografia, tomografia computadorizada, radiografias e oftalmológicos. As policlínicas também oferecem trabalhos que podem ser desenvolvidos em parceria com a comunidade, nas áreas de psicologia, nutrição, fisioterapia e terapia ocupacional.

Nas unidades de Posse, Goianésia, Quirinópolis e Formosa, o serviço de hemodiálise já foi instalado, o que deve ocorrer também na cidade de Goiás e São Luís de Montes Belos. E todas contam com uma base descentralizada da Central Estadual de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa para atender pessoas que moram nesses municípios com a dispensação de remédios de alto custo.

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PORTAL G1

Goiás recebe mais de 22 mil doses de vacina contra Covid para crianças

Foi reabastecido o estoque de Coronavac para completar, preferencialmente, o esquema vacinal de crianças a partir de 3 anos. Ainda há falta de doses de vacina para bebês.

A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES) recebeu 22.950 doses de vacina contra a Covid-19 para crianças, enviadas pelo Ministério da Saúde na segunda-feira (16). Foi reabastecido o estoque de Coronavac. A SES explicou que essas doses serão usadas, preferencialmente, para completar o esquema vacinal de crianças de 3 a 11 anos de idade.

A superintendente em Vigilância Sanitária da SES, Flúvia Amorim, confirmou que ainda há falta de doses de vacina para bebês a partir de 6 meses, que tomam as doses da Pfizer Baby.

Apesar da orientação da SES para usar as doses nas aplicações de reforço - 2ª e 3ª doses -, Flúvia Amorim disse que os municípios podem utilizar o estoque na aplicação da 1ª dose. A distribuição das doses começa nesta semana.

"Temos orientado os municípios para utilizar as doses recebidas, cada frasco tem 10 doses. Então que eles utilizem de forma responsável para não ter desperdício. É preferencialmente para 2ª dose, mas chegou ao final da tarde e tem dose sobrando e crianças chegando para tomar a 1ª dose, que seja feita a vacinação", esclareceu Flúvia Amorim.

De acordo com a SES, o estado aplicou 15.296.207 doses de vacinas contra a Covid na população em geral. Até esta terça-feira (17), o painel da vacinação mostrava que 38.166 crianças de 3 a 4 anos receberam uma dose da vacina.

Entre crianças de 5 a 11 anos, 423.455 receberam uma dose da vacina contra a Covid. Mais de 539 mil adolescentes, de 12 a 17 anos, receberam pelo menos a 1ª dose da vacina.

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Égua leva alegria e ajuda na recuperação de pessoas internadas em hospital de Aparecida de Goiânia

Animal passeia pelas alas e recebe alimento e carinho dos pacientes. Médicos dizem que, após visitas, pessoas ficam mais dispostas a continuar os tratamentos.

Por Vitor Santana e Fábio Castro, g1 Goiás e TV Anhanguera

Uma égua esta sendo usada para distrair, levar alegria e ajudar na recuperação de pessoas internadas no Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital. Luziânia, como é chamado o animal, passeia pelos corredores e entra nos quartos e enfermarias. Os pacientes, de pronto, reagem com sorrisos, a acariciando e alimentando.

O projeto teve início em novembro de 2022. As visitas despertam a atenção de muitas pessoas, sejam pacientes, acompanhantes ou funcionários. Luziânia é uma égua aposentada da Polícia Militar que já participam de trabalho de ecoterapia e, portanto, estão acostumados com o contato.

O aposentado Ildebrando Araújo de Lima lembrou dos tempos que morava na fazenda. “É a coisa mais linda que existe. Cavalo, burro, animal que a gente andava direto quando a gente morava lá para o interior”, disse.

A visita acontece em áreas autorizadas pelas equipes médicas. Antes de a égua entrar, é feito todo um processo de higienização e preparação no animal.

A presença de um animal desse porte ajuda a despertar a curiosidade e até sorrisos. E isso é importante para quem está se recuperando de um problema de saúde.

Até mesmo os policiais que participam do projeto ficam emocionados com a reação das pessoas ao ver a égua.

“A gente que trabalha com prevenção de criminalidade, uma área totalmente diferente, podemos ajudar pessoas a descontrair, tirar um pouco do estresse de estar em um quarto por muito tempo. A gente sentiu a surpresa das pessoas em ver o cavalo, algo inesperado. Pelo sorriso das pessoas, acredito que vai ajudar muito na recuperação delas”, disse o sargento Mozart Rocha, que trabalha no regimento da cavalaria da Polícia Militar.

Todo o projeto é formado por uma equipe multiprofissional, formada por médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.

Os médicos se basearam em um estudo que mostra o poder dos cavalos. A experiência no hospital goiano também será avaliada. Porém, o poder dos cavalos já mostra resultados.

“Aumenta o bem-estar do pacientes, contribui para uma melhoria das taxas, um envolvimento maior do paciente no tratamento, ele volta para o leito com uma vontade maior de retomar a atividade”, contou Fernanda Lambach, coordenadora do projeto.

“Qualquer coisa que a gente possa fazer para tirar essa impressão, esse sentimento de local de sofrimento para um lugar onde as pessoas podem ter felicidade, onde elas podem ser bem cuidadas, onde as coisas podem acontecer com carinho, são bem-vindas”, disse o Tadeu Renattini, médico coordenador da pediatria.

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FORBES BRASIL

Quem é a bilionária chinesa que investe para curar o câncer

Com um recipiente que lembra uma caneca de café, Nisa Leung não injetou sua injeção de reforço contra a Covid-19 - ela inalou. A investidora chinesa se tornou uma das primeiras pacientes da primeira vacina gasosa contra Covid-19 do mundo, lançada em setembro passado pela CanSino Biologics, com sede em Xangai, uma das empresas de seu portfólio.

"Quem sabe se haverá ou não outros tipos de Covid surgindo?" diz Leung, sócia-gerente da Qiming Venture Partners. Ela apoiou a CanSino em 2015, logo depois que a empresa biofarmacêutica construiu sua primeira fábrica de vacinas. O que a atraiu foi o desenvolvimento de vacinas contra meningite meningocócica para crianças, que na época não estavam disponíveis na China. Desde então, a CanSino tornou-se uma das maiores empresas de biotecnologia do país, com uma capitalização de mercado de US$ 3,8 bilhões (R$ 19,58 bilhões).

Sua visão para a inovação na área é uma das razões de seu sucesso. Presente na lista Forbes 50 Over 50 deste ano, Leung, 52, é um regular na Forbes Midas, lista dos melhores investidores do mundo. Em 2022, ela foi classificada como a segunda maior investidora na China, depois de Anna Fang, sócia e CEO da ZhenFund. Além da CanSino, seu portfólio inclui a maior fabricante de insulina da China, Gan and Lee, co-fundada pelo bilionário Zhongru Gan .

Fundada em 2006 e sediada em Pequim, a Qiming Venture Partners foi uma das primeiras apoiadoras de gigantes da tecnologia, como a Meituan, do bilionário Wang Xing, e a Xiaomi, do bilionário Lei Jun. A empresa de investimentos levantou um total de US$ 9,4 bilhões (R$ 48,44 bilhões) em capital em 11 fundos, com foco particular nos setores de tecnologia de consumo e saúde; desde 2020, as 480 empresas do portfólio da Qiming realizaram 34 IPOs, 25 das quais na

Em dezembro passado, as autoridades chinesas anunciaram o relaxamento das medidas restritivas de controle do Covid-19 nas cidades da China, estimulando as altas do mercado, enquanto os investidores apostavam que a segunda maior economia do mundo finalmente reabriria suas portas. A negociação na China despencou 45% em 2020, o nível mais baixo desde 2008, segundo dados da Refinitiv.

"Acho que a China tem uma posição única para desempenhar na cadeia de valor global", diz Nisa Leung. Ela continua "muito otimista" no futuro de curto e médio prazo do investimento em saúde na China, embora diga que o setor estava com excesso de inscrições devido à pandemia de Covid-19.

Sua confiança é inspirada pela resiliência dos fundadores com quem ela trabalhou. Durante o bloqueio em Xangai em 2020, várias das empresas da Qiming ficaram presas nos escritórios por até três meses. Proibidos de sair do prédio, eles seguiram trabalhando. Sem chuveiros, eles estabeleceram escalas para se limpar nos banheiros. "É essa perseverança que eu acho importante", diz ela.

A adaptação às severas "dificuldades" do bloqueio exigiu que as equipes tivessem uma fé tremenda, aceitando salários baixos ou inexistentes até que pudessem retomar seus horários normais. "É por isso que eu sempre digo: não aposte contra os empreendedores chineses porque eles trabalham muito duro mesmo."

Criada em Hong Kong, Nisa Leung formou-se na Cornell University com bacharelado em administração e na Stanford Graduate School of Business com MBA. A batalha de um tio contra o câncer de fígado a inspirou a investir em saúde. Enquanto sua família procurava tratamento para o tio em Guangzhou, Leung percebeu as deficiências da terapêutica chinesa.

"Sempre que vejo pacientes com câncer de fígado implorando publicamente por um fígado nas redes sociais, sinto pena", escreveu Leung em um post de blog de 2019 para Qiming. "Se a ressecção [de um tumor hepático] puder ser realizada precocemente, a taxa de sobrevida dos pacientes é bastante alta; no entanto, o câncer de fígado ainda é a terceira causa de morte por câncel em Hong Kong."

Desde então, Leung tem supervisionado investimentos no setor de saúde da China, introduzindo empresas sediadas nos Estados Unidos no mercado doméstico e desenvolvendo talentos locais. Ela aproveitou campos em expansão, como a descoberta de medicamentos com tecnologia de IA, que usa algoritmos avançados para prever o movimento de moléculas e encontrar aquelas que funcionam para doenças específicas. Um de seus investimentos notáveis na Qiming é a Schrödinger, que desenvolve um software de simulação de IA que ajuda os cientistas a descobrir compostos eficazes.

"Praticamente todo o comitê de investimentos foi contra", diz Leung. "Mas eu disse: acho que esta é a direção certa para investir. Se o investimento for bem, a Qiming ganha dinheiro. Se não, eu pago do meu bolso." Sua aposta valeu a pena. No ano seguinte, a Schrödinger estreou na Nasdaq com uma oferta pública de US$ 220 milhões (R$ 1,13 bilhão), superando seu preço inicial.

Outro investimento é o Zai Lab, um gigante biofarmacêutico com uma capitalização de mercado de US$ 4,1 bilhões (R$ 21,13 bilhões). "Ninguém estava realmente prestando atenção" à descoberta de drogas em 2014 e, no caso da pequena equipe de três mulheres do Zai Lab, havia dúvidas sobre a viabilidade futura da operação. Para Nisa Leung, avaliar equipes pequenas se resumia a "muita intuição" e cálculos para preencher lacunas. A Zai Lab estreou na Nasdaq em 2017 e concluiu uma listagem secundária na bolsa de valores de Hong Kong em 2020.

>Leia também: Cofundador do Google doou mais de US$ 1 bilhão para pesquisa de Parkinson

Agora, entrando em seu 17º ano na Qiming, Leung se destaca como uma das principais investidoras na China. Além disso, aproximadamente 37% do portfólio de saúde da Qiming tem fundadoras ou executivas. "Não tentamos identificar especificamente mulheres empresárias", diz ela. As oportunidades da China para as mulheres no setor de saúde são mais amplas, diz ela. "Passei bastante tempo no Vale do Silício e não teria ido tão longe se tivesse ficado lá."

Doenças femininas têm sido cronicamente negligenciadas, diz Leung, o que estimula as pesquisas. Poucas empresas visam doenças como miomas (tumores benignos no útero) e endometriose (doença em que o crescimento do tecido afeta o sistema reprodutivo feminino). A falta de tratamento desmente o escopo das doenças: os miomas afetam 77% das mulheres em idade reprodutiva e a endometriose aflige 10%, de acordo com estudos da Fundação Bill e Melinda Gates.

"Queremos ser capazes de encontrar soluções em muitas áreas diferentes para as quais não temos cura", diz Leung. Em 2021, a Qiming liderou uma rodada de financiamento série B de US$ 56 milhões (R$ 288,6 milhões) da HopeMed, uma empresa de biotecnologia que trata da endometriose e outros distúrbios causados por receptores hormonais defeituosos, incluindo calvície em homens e mulheres. E também apoiou o desenvolvimento de medicamentos da Insilico Medicine, plataforma de IA de Hong Kong, que anunciou resultados positivos para um medicamento indicado para doenças pulmonares.

Outras condições idiopáticas ou sem causa conhecida são as próximas. Nisa Leung prevê que as startups de saúde adotarão "novas modalidades", examinando doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer. Por sua vez, as ferramentas disponíveis para os pesquisadores irão evoluir. Por exemplo, os avanços na técnica de biópsia líquida, uma forma de detectar tumores cancerígenos sem operações, poderiam tornar o câncer uma doença crônica em vez de uma doença mortal.

"Se pudermos ajudar um pouco estendendo a idade média do mundo em cinco anos, isso seria ótimo", diz ela. "Ainda há muito que podemos fazer, porque há muitas doenças que precisam ser curadas."

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JORNAL FLORIPA ONLINE

Ministério da Saúde revoga portaria sobre aborto

A portaria, do governo Jair Bolsonaro, obrigava o médico a comunicar o aborto à autoridade policial e destacava que era preciso preservar evidências materiais do crime de estupro. O Ministério da Saúde revogou seis portarias do governo anterior. Uma delas, sobre a autorização para o aborto legal - a interrupção da gravidez nos casos previstos em lei. A portaria obrigava o médico a comunicar o aborto à autoridade policial e destacava que era preciso preservar evidências materiais do crime de estupro.

O governo também revogou a obrigatoriedade de apresentação de prescrição médica eletrônica para retirar medicamentos do programa farmácia popular.

Ministério da Saúde revoga portaria sobre aborto e outras medidas contrárias às diretrizes do SUS

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ANS modifica Manual de Boas Práticas na Linha de Cuidado Materna e Neonatal

Os diretores da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) foram favoráveis às alterações do Manual Boas Práticas na Linha de Cuidado Materna e Neonatal (CBP Parto Adequado). As mudanças incluem propostas apresentadas em uma consulta pública por entidades parceiras, como o Conselho Nacional de Saúde (CNS), e também pelos usuários dos planos. O documento é utilizado no Programa de Certificação de Boas Práticas em Atenção à Saúde de Operadoras de Planos Privados de Assistência à Saúde (PCPB).

As modificações foram apresentadas pela área técnica da ANS na tarde desta segunda-feira (16/1), durante 583ª Reunião da Diretoria Colegiada (DICOL). Entre as alterações do manual está a ampliação de 3 para 11 nos indicadores a serem seguidos pelas operadoras interessadas em obter a certificação. A alteração também prevê a ampliação do número de profissionais nas equipes, além da possibilidade de visitas técnicas e remotas as clínicas.

As novas determinações do manual são fruto de consultas a especialistas e de revisões bibliográficas, com recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Uma consulta pública foi feita e 73% das sugestões foram acatadas.

O objetivo da mudança é melhorar o atendimento. "Esse é um projeto de suma importância para saúde suplementar, devido principalmente à quantidade de partos cesarianas (81,76% em 2021), grande parte deles feitos sem indicação clínica", disse o diretor Maurício Nunes da Silva.

O PCPB é um processo voluntário de avaliação da adequação a critérios técnicos pré-estabelecidos para uma Rede de Atenção à Saúde específica ou para uma Linha de Cuidado específica de uma operadora, realizado por Entidades Acreditadoras em Saúde, com aptidão reconhecida pela ANS. Entre as linhas de cuidado com certificação está a CBP Parto Adequado, que inclui uma série de requisitos que devem ser seguidos pelas operadoras que desejam obter o título.

O novo manual será divulgado pela ANS em seu site nos próximos dias.

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O TEMPO

Helvécio Magalhães diz que governo quer diminuir filas de cirurgias eletivas

Nomeado na última semana como secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, o ex-secretário de Planejamento e Gestão no governo Pimentel, Helvécio Magalhães, garante que a Saúde vai trabalhar em duas principais vertentes nos próximos anos. A primeira é retomar a cultura da vacinação no país e a segunda é diminuir a fila de consultas e cirurgias eletivas.

Para isso, a próxima equipe da pasta pretende realizar mutirões de exames, intensificar o uso da tecnologia no atendimento do SUS, com o aprimoramento dos prontuários eletrônicos, além de disponibilizar Whatsapp e e-mail para agendamentos de consultas.

Segundo Helvécio, a ministra Nísia Trindade estuda também a possibilidade de reativar leitos e blocos cirúrgicos desativados em hospitais estaduais e federais para ampliar a capacidade de atendimento, que pode, inclusive, funcionar em horários alternativos, como à noite e aos sábados.

"Temos uma fila enorme de pessoas aguardando consulta com especialistas, exames, diagnósticos, raio-x, e cirurgias eletivas. Vamos ver qual é a capacidade ociosa dos hospitais filantrópicos também para dar mais agilidade a esse processo. Primeiro, estamos trabalhando para levantar qual o tamanho dessa fila, mas não vamos esperar meses e aguardar um grande programa para colocar em prática. Vamos ver qual é o recurso disponível no orçamento de imediato para estabelecer modalidades de pagamento e já começar e com o tempo ir aperfeiçoando", explicou o médico, que garantiu que as intervenções para diminuir as filas serão permanentes para evitar que o número de pessoas aguardando atendimento continue aumentando.

"Esses são uns dos desafios imediatos e as encomendas feitas pelo presidente Lula. O Ministério da Saúde foi devastado não só durante a pandemia, mas também pela má gestão e desorganização. O Brasil que já foi referência mundial de vacinação perdeu isso em quatro anos. Vimos políticas implantadas há décadas sendo interrompidas, a situação da saúde brasileira é dramática, é preciso refazer e retomar muita coisa", pontuou o secretário.

Segundo ele, o governo Lula não fará distinção entre Estados e governantes, negando qualquer possível atrito com o governo de Minas e o governador Romeu Zema (Novo). "Essas metas não são prioridades do Ministério da Saúde, mas desse governo como um todo. Por isso, não terá nenhuma relevância para nós posicionamento político. A orientação é clara, o SUS é suprapartidário e federativo", argumentou.

Outra novidade na nova gestão do Ministério da Saúde, segundo Helvécio, será a implementação de convênios com universidades para o aprimoramento do atendimento na saúde primária. A ideia do secretário é repetir a experiência executada pela Prefeitura de Belo Horizonte, em 2003, quando ele foi Secretário de Saúde do município.

"A partir da experiência em BH com a UFMG, queremos implementar progressivamente o contato de especialistas nas unidades básicas. Ao invés do médico encaminhar um paciente por não ter o diagnóstico, ele pode tirar a dúvida com algum colega especialista", pontuou Helvécio que acrescentou que essa comunicação poderá ser online ou off-line.

De acordo com o secretário, a medida será trabalhada em parceria com a recém criada Secretaria de Saúde Digital, comandada por Ana Estela Haddad. O projeto, segundo ele, tem como objetivo melhorar o atendimento e evitar encaminhamentos.

"Essa consulta de informação pode acontecer através de uma fotografia, que pode ser encaminhada para um especialista, pela análise de uma biópsia ou até mesmo contato telefônico. Essa é uma prática comum no setor privado em que se poupa tempo e custos. É um projeto que não tem mistério, são cooperações. Fizemos em BH e podemos trazer para o Brasil todo", afirmou.

"É mais uma ferramenta para se dar agilidade para o diagnóstico. A pandemia trouxe a evidenciou a importância da tecnologia para a saúde com a tele consulta", completou o médico que foi cedido pela Prefeitura de Belo Horizonte ao cargo de Secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde até o dia 31 de dezembro deste ano.

Desde 2019, o ex-secretário nacional de Atenção à Saúde Básica da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) estava cedido ao Instituto René Rachou, unidade da Fiocruz em Minas Gerais. Lá estava desde quando deixou o governo Fernando Pimentel (PT), quando foi secretário de Estado de Planejamento e Gestão. Além de secretário de Estado, o médico foi conselheiro da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e da Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Prodemge).

Antes de integrar o governo Dilma, o novo secretário de Atenção Especializada à Saúde foi secretário de Saúde de Belo Horizonte entre 2003 e 2008, justamente quando o prefeito era Pimentel. Além disso, na década de 1990, Helvécio foi o primeiro coordenador de Epidemiologia da Prefeitura de Belo Horizonte.

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ISTOÉ ONLINE

Maternidades fazem até simulação de partos para reduzir cesáreas

Para enfrentar o alto índice de cesáreas desnecessárias no País, grandes redes de hospitais e maternidades privadas têm desenvolvido ações para reestruturar suas instalações, capacitar profissionais e conscientizar gestantes sobre os benefícios do parto normal e os riscos da realização de uma cesariana sem indicação clínica.

Cursos para gestantes com simulações realísticas do parto, salas especiais e formação de equipes multiprofissionais com foco na humanização são algumas das ações adotadas pelos estabelecimentos de saúde para tentar vencer a resistência de alguns médicos e pacientes ao parto vaginal.

No Brasil, 57% dos nascimentos em 2021 ocorreram via cesariana e o índice segue tendência de alta. Conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo, o ano de 2020 teve taxa recorde desse tipo de parto. Na rede particular, o porcentual passa de 80%. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera adequada uma taxa de 10% a 15%.

Dor

Para reduzir esse índice em suas unidades, o Grupo Santa Joana, que administra as maternidades Santa Joana, Pro Matre e Santa Maria, focou na análise de dados e adotou, entre outras medidas, um curso em que profissionais usam manequins que reproduzem o corpo humano para demonstrar o trabalho de parto para os casais e apresentar técnicas para o alívio da dor.

"O centro de simulação realística era voltado para profissionais, mas passamos a usá-lo também para a educação de pacientes", diz Monica Siaulys, diretora médica do Santa Joana.

"Quero ter o parto normal, mas sempre tive muito medo. A gente ouve falar que a mulher sente muita dor, e, no curso, nos apresentaram as possibilidades de anestesia", diz a gerente comercial Petruska Canet, grávida de 37 semanas.

A diretora médica cita ainda a abertura de novas suítes de parto normal, algumas até com cama de casal king size.

O Hospital Israelita Albert Einstein também vem desenvolvendo ações, como a melhoria da infraestrutura para o parto normal, com a criação, em 2017, das chamadas salas PPP (pré-parto, parto e pós-parto), a conscientização das gestantes, além de um trabalho com os médicos.

"A gente chamou aqueles com alto volume de cesáreas, perguntamos o que podíamos fazer para ajudar a ter um número mais adequado de partos vaginais. Até oferecemos o acompanhamento de nossas enfermeiras especializadas porque sabemos que uma das justificativas é que acaba sendo oneroso porque o médico também tem suas funções no consultório", diz Rômulo Negrini, coordenador médico da maternidade do Einstein.

Além de cursos e salas adaptadas, a Rede Mater Dei, que administra dez hospitais, oferece residência em ginecologia e obstetrícia com ênfase na humanização do parto.

Para a empresária Fabiane Fernandes Alves, o apoio de uma equipe com foco na humanização foi fundamental para que optasse pelo parto normal, após viver uma experiência traumática na primeira gravidez.

"É um momento em que estamos com muita força, mas, ao mesmo tempo, muito frágeis. Se não tem pessoas para nos incentivar, não flui", diz ela, que teve Vicente, hoje com 1 ano e 4 meses, por parto normal.

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Assessoria de Comunicação