CLIPPING AHPACEG 30/04/A 02/05/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Hospitais e planos de saúde retêm valores devidos a fornecedores
Educação é alicerce do cooperativismo - Helton Freitas é presidente da Seguros Unimed e da Fundação Unimed
Planos de Saúde: Aumento em plano de saúde chega a 80%
Clientes comemoram suspensão de repasse de planos da Amil
Procon GO multa Hapvida e Unimed Goiânia em R$ 4,56 milhões cada por descumprirem normas relacionadas ao SAC
Com surto de dengue, Brasil já chega ao mesmo patamar de casos de 2021
Estudante do ensino médio relaciona câncer a profissões e conquista prêmio internacional
Estudo do Inca revela que atividade física atua no controle do câncer
Goiânia: Fim da obrigatoriedade da máscara completa 1 mês com recuo da covid
Dengue decola em Goiás – cientistas inovam contra a doença
Covid-19: Goiás recebe prêmio por uso de evidências científicas no enfrentamento à pandemia
AGORA ONLINE
Hospitais e planos de saúde retêm valores devidos a fornecedores
Uma sondagem realizada pela Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde (ABRAIDI) com empresas associadas alerta para distorções no setor que comprometem o fluxo de caixa das empresas, provoca o fechamento de algumas e pode resultar até em desabastecimento de produtos. O principal problema apontado pelo levantamento é a retenção de faturamento praticada por hospitais e planos de saúde. Ou seja, as distribuidoras entregam os produtos mas não recebem o pagamento no prazo acordado.
"Infelizmente essa situação virou uma prática de mercado, mas é ilegal. Hospitais e operadoras de planos de saúde não pagam as distribuidoras no vencimento acordado e essas, por sua vez, sofrem com a falta de dinheiro em caixa. Esse abuso de poder econômico prejudica muito os distribuidores e as consequências vão desde o fechamento de empresas e a falta de produtos no mercado, até o encarecimento da operação toda, afetando diretamente o consumidor final", explica o advogado Gustavo Afonso Martins, do Wilhelm & Niels Advogados Associados.
Por precisarem vender e pelo temor de serem descredenciadas, as distribuidoras brasileiras vêm amargando essa situação, muitas vezes até sem recorrer à justiça. "Boa parte dos produtos comercializados são importados. Próteses, instrumentais cirúrgicos, parafusos e tecnologias de ponta são adquiridas pelas distribuidoras em dólar, por meio de operações que exigem compra mínima e pagamento de impostos. São diversos custos e riscos embutidos em uma operação de compra e venda", afirma Martins.
Segundo o levantamento, os atrasos comprometem grande parte do faturamento/mês das empresas fornecedoras. Para 40% os pagamentos superam os 121 dias. "A exploração no segmento de saúde tem revelado comportamentos oportunistas, e com abuso de poder econômico, por parte daqueles que realizam retenções indevidas de valores faturados pelas empresas distribuidoras de produtos para saúde, além do potencial prejuízo aos consumidores", alerta o advogado.
Com 12 anos de atuação no mercado de OPME (Órteses, Próteses, e Materiais Especiais), um empresário paranaense, que prefere não se identificar, disse que essa prática adotada por hospitais e planos de saúde prejudica muito as distribuidoras. "Toda empresa aplica sua margem de lucro baseada no custo e pensando na liquidez em um prazo saudável, mas as operadoras e os hospitais retêm esses valores. Essa é uma prática nacional e que envolve instituições de saúde privadas e públicas de todo o país."
Na opinião do empresário, o que predomina é a lei do mais forte. "Eles querem comprar pelo preço mais barato e ainda pagar com muito atraso. Já registramos casos de pagamento em 180 dias, quando não deveriam passar de 90. Temos um cliente, que é um hospital que atende pelo SUS, que não paga há dois anos, mas não podemos parar de fornecer. Essas vendas com atraso no pagamento representam até 80% do nosso faturamento", lamenta.
O advogado Gustavo Afonso Martins conta que na maioria das execuções de cobrança o devedor chama para o acordo e procura liquidar a dívida. "O problema é que as distribuidoras evitam fazer isso por medo de represália. Por isso essa denúncia da ABRAIDI é tão importante. Ela é fruto de anos de reclamação do setor e, com certeza, um importante passo para que essa situação seja resolvida."
A falência de muitas distribuidoras, em consequência desse atraso nos pagamentos, resulta na falta de competitividade no mercado. "As grandes distribuidoras conseguem absorver o prejuízo e se manter no mercado, enquanto as pequenas dificilmente sobreviverão. Isso afeta o mercado, que é tutelado pela Lei 12.529/11, que defende a livre concorrência. Se a concorrência diminui, quem sofre é o consumidor, que acaba pagando mais caro por esses produtos."
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REVISTA MUNDO COOP
Educação é alicerce do cooperativismo - Helton Freitas é presidente da Seguros Unimed e da Fundação Unimed
A primeira cooperativa do mundo, a Sociedade dos Pioneiros de Rochdale, Reino Unido, fundada em 1844, já ressaltava a importância da educação contínua. Dentre os princípios do cooperativismo está o que congrega educação, formação e informação. Para que uma sociedade seja justa, equilibrada e desenvolvida é fundamental priorizar o pilar da educação, celebrada mundialmente no dia 28 de abril. Em 2020 - número mais recente divulgado pela Organização das Cooperativas Brasileiras, OCB -, o segmento de Educação representava 21% do ramo Trabalho, Produção de Bens e Serviços. Além de atuar diretamente no ensino, neste ramo, as cooperativas em geral também investem na educação de suas equipes e da sociedade, para cumprir seus preceitos de transparência, valorização do trabalho, livre adesão, decisões compartilhadas e interesse na comunidade.
De acordo com o balanço social consolidado pela Unimed do Brasil, em 2020 o Sistema Unimed destinou mais de R$ 49,5 milhões em programas de educação, capacitação profissional e desenvolvimento pessoal para colaboradores, médicos cooperados e comunidades, o que ressalta o seu compromisso com o tema. E foi essa premissa que levou, em 1995, à criação da Fundação Unimed, o seu braço educacional que, mais tarde, deu origem a uma faculdade. Já são mais 150 mil profissionais formados em todo território nacional, nas áreas de gestão, saúde e cooperativismo, entre turmas de pós-graduação, curta-duração e aperfeiçoamento, incluindo inúmeros opções gratuitas disponíveis para toda a população.
Há diversos exemplos do poder da educação para mudar a vida, a história e a trajetória. No ano passado, a Seguros Unimed foi escolhida o lugar mais incrível para trabalhar dentre todas as empresas de médio porte no Brasil. Recebemos, além disso, um destaque que nos deixou particularmente felizes: a mais incrível em educação corporativa, dentre todas as empresas avaliadas neste prêmio - parceria da Fundação Instituto de Administração (FIA/USP) com o UOL. Pensamos na educação de forma sistêmica, não somente para o nosso público interno, mas também apoiando entidades sociais na formação e na capacitação de jovens aprendizes.
Reafirmamos, assim, compromisso individual e coletivo, como maior sistema cooperativo de trabalho médico do mundo, com uma educação inclusiva, igualitária, transformadora e criativa, fundamental para que os indicadores sociais, econômicos e tecnológicos brasileiros deem um salto de qualidade nas próximas décadas.
Parabéns a todos os profissionais que se dedicam à educação e vamos, juntos, cobrar que este tema esteja na pauta dos candidatos às eleições deste ano. Contem sempre com o cooperativismo para que este fomento seja ainda maior.
*Por Helton Freitas, médico sanitarista, presidente da Seguros Unimed e da Fundação Unimed, e diretor-geral da Faculdade Unimed
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FOLHA DE S.PAULO
Planos de Saúde: Aumento em plano de saúde chega a 80%
Central Nacional Unimed afirma que reajuste é legal e tem critérios
O fantasma do reajuste dos planos de saúde dá sinais de que pode trazer uma onda mais pesada neste ano.
Entre os primeiros aumentos, que costumam começar em maio, há casos que alcançam 80% em contratos com a Central Nacional Unimed.
Procurada pelo Painel S.A., a Central Unimed afirma, em nota, que o reajuste das operadoras de plano de saúde é um dispositivo legal, tem critérios claros e é previamente acordado entre as partes.
"Planos da modalidade adesão são negociados por meio de administradoras de benefícios, detentoras dos contratos, neste caso a Qualicorp, também responsável pela comunicação aos seus estipulantes", diz a Central Nacional Unimed.
Segundo a Qualicorp, o reajuste da carteira de clientes da Central Nacional Unimed em questão foi pontual, representa aproximadamente 0,5% do total de clientes da Qualicorp e abrange uma fração pequena de usuários de um contrato que não é mais comercializado.
"A média de reajustes das carteiras da CNU neste ano variou entre 6% e 12%", diz a Qualicorp.
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Clientes comemoram suspensão de repasse de planos da Amil
Daniele Madureira
Cliente da Amil, a microempresária paulista Maria de Fátima da Silva, 50, está aliviada com a decisão da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), divulgada na sexta (29), de proibir que a empresa venda sua carteira de planos individuais e familiares para a APS.
A venda da carteira para a APS (do próprio grupo UnitedHealth, dono da Amil) fora realizada em dezembro e, na sequência, um fundo de investimentos recém-criado, o Fiord Capital, se tornou dono da APS no negócio, que envolve 330 mil planos nos estados de São Paulo, Rio e Paraná. Pouco antes do anúncio, os clientes já vinham observando mudanças, para pior, na rede credenciada, o que motivou até o aumento das reclamações na ANS.
"Achei excelente, espero que a Amil volte a ser como antes" diz Maria de Fátima, que se incomodou com mudança da rede de laboratórios credenciados.
"A Amil tirou o Lavoisier e, no lugar dele, colocou um laboratório pequeno, o Carezzato, que só faz os exames às segundas."
O administrador de empresas Benjamin Wainberg, 68, se diz aliviado, mas receoso. Para ele, a determinação da ANS resolve temporariamente o casa "É como morfina no momento da dor, você tem um alívio, mas ainda não está curado" diz ele, que deve passar em breve por uma cirurgia e vai dar início a uma série de exames pré-operatórios.
Em comunicado na sexta, a ANS declarou a nulidade do contrato de compra e venda de quotas celebrado entre a Amil e a Fiord Capital, a Seferin & Coelho e Henning Von Koss. O acordo previa aporte de R$ 2,34 bilhões da Amil na APS - ambas pertencem à americana UnitedHealth. Ou seja, por se tratar de uma carteira deficitária, que não dá lucro, a Amil iria pagar para passar o negócio à frente.
Em janeiro, havia sido anunciada mudança no controle da APS, repassada para três sócios: Fiord Capital, gestora de investimentos criada em novembro pelo empresário Nikola Lukic; Seferin & Coelho, empresa gaúcha com negócios em telemedicina, casa de repouso e dona da rede de hospitais Life Plus; e Henningvon Koss, ex-executivo de empresas do setor, como a própria Amil e a Hapvida.
Em fevereiro, a ANS bar rou essa operação, pela "ausência de informações sobre a suposta aquisição do controle societário da APS por uma empresa de reestruturação financeira".
No início de abril, A ANS determinou a suspensão da venda da carteira de clientes individuais e familiares, por constatar que "os compradores das quotas da APS não têm capacidade financeira suficiente para garantir o equilíbrio econômico financeiro da APS".
Amil e APS tiveram dez dias para se manifestar. A ANS, então, na reunião da diretoria colegiada na sexta, decidiu anular em definitivo a autorização para a transferência de carteira.
Em nota, a Amil disse que vai acatara decisão da agência. "A prioridade da Amil segue sendo garantir que seus beneficiários tenham pleno acesso aos cuidados de saúde que necessitam."
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PROCON GOIÁS
Procon GO multa Hapvida e Unimed Goiânia em R$ 4,56 milhões cada por descumprirem normas relacionadas ao SAC
Procon GO multa Hapvida e Unimed Goiânia em R$ 4,56 milhões cada por descumprirem normas relacionadas ao SAC
Goiânia, 2 de maio de 2022 ? O Procon Goiás multou os planos de saúde Hapvida e Unimed Goiânia no valor de R$ 4,56 milhões cada por irregularidades relacionadas ao cumprimento das regras do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC). As notificações foram expedidas na última sexta-feira (29/4).
Além das normas impostas pelo Código de Defesa do Consumidor, as empresas descumpriram os ditames impostos pelo Decreto Federal nº 6.523/2008, que regulamenta o SAC no Brasil.
Os fiscais do órgão realizaram um monitoramento telefônico e pelo site das duas empresas, e, em relação à Hapvida, flagraram as seguintes irregularidades: a ausência, no primeiro menu eletrônico, de opção de contato direto com atendente, a falta de informação, no início da ligação, sobre o protocolo daquele atendimento e que só foi ofertada a opção de contato direto com o atendente após o terceiro menu.
Tais comprovações confirmam as inúmeras denúncias e reclamações feitas pelos usuários da assistência médica sobre a dificuldade em se obter informações junto à empresa.
Quanto à Unimed, constatou-se que o SAC não garantiu ao consumidor, no primeiro menu eletrônico, as opções de contato com o atendente e que o SAC não garantiu o direito de o consumidor não ter a sua ligação finalizada antes da conclusão do atendimento.
Também verificou-se que o atendimento pelo SAC condicionou o acesso inicial pelo atendente ao prévio fornecimento de dados pelo consumidor e, além disso, não foi informado o número de protocolo para acompanhamento da demanda.
O superintendente do Procon Goiás, Levy Rafael, afirma que o órgão agirá com rigor para garantir a efetividade dos direitos dos consumidores. "A saúde é um serviço essencial e, por isso, vamos tratar essa questão com o devido rigor que ela merece. Esses planos de saúde cobram valores consideráveis de seus segurados e devem prestar um atendimento de qualidade e que cumpra todas as normas previstas na legislação. Não é favor. É direito do consumidor, que deve ser respeitado", afirma.
O dinheiro advindo a partir da aplicação das multas será recolhido ao Fundo Estadual de Defesa do Consumidor, gerido pela SSP com o objetivo de destinar recursos para a formulação de políticas públicas em prol do consumidor, como campanhas educativas por exemplo.
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METRÓPOLES
Com surto de dengue, Brasil já chega ao mesmo patamar de casos de 2021
O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira (2/5) que o registrou, de janeiro a abril deste ano, 542 mil casos de dengue.
As notificações revelam que o país enfrenta um surto de casos da doença, que já superam os registros de todo o ano de 221, quando foram notificados 544 mil casos.
Os números representam uma alta de 113% nos casos da doença cujo vetor é o mosquito Aedes Aegypti, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, até o momento foram confirmados 16 mortes por dengue em todo o país. Os estados que apresentaram o maior número de óbitos são: São Paulo (56), Santa Catarina (19), Goiás (19) e Bahia (16).
A pasta informou que investiga ainda outros 228 óbitos prováveis pela doença.
A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no , a doença pode levar o paciente a morte
O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 1 dias
A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles. Ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue
Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão
Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada
Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas
Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas
Centro-Oeste tem maior taxa de incidênciaSegundo dados do governo federal, até 16 de abril a Região Centro-Oeste teve a maior incidência de dengue, com 92,4 casos a cada 1 mil habitantes.
O estado de Goiás é o que lidera o ranking de incidência do país, com 1.366 casos a cada 1 mil habitantes. A incidência nacional é de 254 casos a cada 1 mil habitantes.
Os municípios que mais registram casos de dengue foram Goiânia (31.189), Brasília (29.928) e Palmas (9.8).
As cidades de São José do Rio Preto e de Votuporanga, em São Paulo, aparecem na sequência com 7 mil e 6 mil casos, respectivamente.
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PORTAL R7
Estudante do ensino médio relaciona câncer a profissões e conquista prêmio internacional
Maria Eduarda Palomba Arquivo Pessoal
A estudante do terceiro ano do ensino médio, Maria Eduarda Palomba, conquistou a medalha de ouro na feira I Giovani e le Scienze com uma pesquisa que relaciona a LMC (Leucemia Mieloide Crônica) e as profissões. A pesquisa começou a ser desenvolvida durante as aulas eletivas do Cientista Aprendiz.
Após uma visita à Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia) em 2018, Maria Eduarda, a Duda, se emocionou muito com uma pesquisa sobre câncer e decidiu que esse seria seu objeto de estudo. A LMC é um tipo de leucemia que afeta principalmente adultos e os homens.
"Eu queria entender se as profissões estão relacionadas à doença", explica a aluna do Colégio Dante Alighieri, em São Paulo. Para desenvolver a pesquisa, Duda contou com a orientação e apoio da professora Bianca Rocha, orientadora do programa de pré-iniciação científica do Dante, Cientista Aprendiz, professora de gestão pessoal e interpessoal e professora do biologia.
"Entrei em contato com o professor Israel Bendit, que é um grande especialista no assunto, e pudemos estabelecer uma parceria com Laboratório de Hematologia da USP (Universidade de São Paulo) para que a Duda pudesse desenvolver sua pesquisa sozinha", explica Bianca.
Para a pesquisa, foram analisados 153 prontuários de pacientes já diagnosticados com LMC, no entanto, por uma questão ética, a estudante só teve acesso ao sexo e profissão dos pacientes. Já para fazer a análise, Duda cruzou os dados usando duas classificações - a Classificação Brasileira de Ocupações e da Associação de Medicina do Trabalho.
"A pesquisa começou em 2019 e em 2020 acredito que a pandemia me ajudou, tive mais tempo para focar na pesquisa", diz. Como resultado, Maria Eduarda concluiu que as profissões na área industrial podem ser indicadas como atividades de risco para a doença. Outro ponto, foi o contato com produtos químicos, em especial com benzeno, presente em 48% das profissões analisadas. "O próximo passo é aprofundar a pesquisa, expandir o número de pessoas estudadas e buscar mais informações sobre o histórico das profissões", afirma a estudante.
O prêmio foi a cereja no bolo da pesquisa que extrapolou os muros da escola. "Receber esse prêmio foi o reconhecimento mais do que merecido, destaca a relevância da pesquisa e o trabalho de todos", conclui Bianca.
Educação Professoras da USP criam projeto de mentoria para mulheres economistas Educação Escolas oferecem oficinas de matemática e robótica a alunos Educação Adolescente de 13 anos faz vaquinha online para cursar doutorado
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PORTAL UOL
Estudo do Inca revela que atividade física atua no controle do câncer
Mudança no estilo de vida é fator preventivo para maioria dos tipos de câncer Lauro Alves / Agencia RBS
Os gastos federais somente com três tipos de câncer entre os de maior incidência no Brasil (mama, intestino grosso e endométrio) poderiam ser reduzidos em até R$ 20 milhões com o tratamento do câncer, em 2040, a partir da ampliação da prática da atividade física na população. O dado consta de estudo divulgado na sexta-feira (29) pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), durante o seminário Atividade física no controle de câncer: recomendações e impactos econômicos no SUS, dentro ainda das comemorações pelo Dia Mundial da Atividade Física, transcorrido no último dia 6.
De acordo com o Inca, para que haja essa economia nos gastos com tratamento de câncer, um terço dos brasileiros deveria realizar, pelo menos, 150 minutos de exercícios físicos por semana, até 2030, em atividades moderadas.
Caso não ocorram políticas públicas e ações que estimulem a atividade física no lazer, o gasto total do Sistema Único de Saúde (SUS) com esses três tipos de câncer, que somaram R$ 1,4 bilhão, em 2018, podem alcançar R$ 2,5 bilhões, em 2030, e R$ 3,4 bilhões, em 2040. As despesas levam em consideração procedimentos hospitalares e ambulatoriais realizados no SUS em pacientes oncológicos na faixa de 30 anos ou mais de idade. Os cânceres de mama, intestino grosso e endométrio têm como fatores de risco a inatividade física e hábitos sedentários, como assistir televisão e usar celular ou computador em excesso.
Mortes por covid-19 caem quase 70% entre março e abril no RSBombinha, chiado, insônia: confira perguntas e respostas sobre a asma, doença que atinge 20 milhões de brasileirosCom grande número de casos suspeitos, Porto Alegre restringe testes para dengue Insuficiência
O pesquisador Fabio Carvalho, da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Inca, disse à Agência Brasil que, em 2019, a prevalência da atividade física insuficiente no lazer diminuiu de 92% para 70% em homens e de 94% para 77% em mulheres. Apesar da redução, os valores da falta de atividade física entre os brasileiros ainda são elevados. ?A prática é insuficiente?, observou:
? O cenário que fica mais favorável na perspectiva de economia de recursos seria reduzir em 10% a prevalência. Dá para dizer que é uma meta factível, porque isso seria em dez anos.
A economia resultante desse aumento da atividade física entre a população poderia ser reaproveitada tanto na questão hospitalar e ambulatorial, como em programas de atividade física.
“Aí, é bom para todo mundo”, assegurou Carvalho.
O pesquisador sinalizou que essas ações valem para a prevenção de novos casos de câncer e também para quem está em tratamento ou já teve a doença.
O estudo apresentado pelo Inca ressaltou que, se a tendência de aumento de casos de câncer se mantiver, e a ausência da prática de atividades físicas entre os brasileiros persistir, a expectativa de gastos do governo federal com tratamentos oncológicos será de cerca de R$ 7,8 bilhões, em 2040, contra quase R$ 3,5 bilhões, em 2018. A projeção é que o número de casos novos de câncer diagnosticados no Brasil, exceto não melanoma, sofra aumento de 66%, em 2040, em relação aos 450 mil casos registrados em 2019, com ampliação de 81% no número de óbitos, em comparação às 232 mil mortes por câncer observadas em 2021.
Prevenção
A pesquisadora Thainá Alves Malhão, também da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Inca, analisou, entretanto, que é possível traçar um cenário diferente, porque entre 80% e 90% dos casos de câncer são potencialmente preveníveis, com mudança de estilo de vida. A prevenção primária é aliada no controle da doença, assegura o Inca.
“O câncer é possível prevenir por meio da atividade física e da alimentação saudável”, reforçou Fabio Carvalho.
Durante o evento, foi apresentado o guia Atividade física e câncer: recomendações para prevenção e controle, elaborado por meio de parceria institucional entre o Inca, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (Sboc) e a Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde (Sbafs). Destinado a gestores do SUS, o guia pode ser consultado, por qualquer pessoa interessada que poderá entender que a atividade física é muito importante para a prevenção do câncer, completou Fabio Carvalho.
A diretora-geral do Inca, Ana Cristina Pinho, destacou que o papel do instituto, vinculado ao Ministério da Saúde, é informar à população que o câncer, em boa parte dos casos, pode ser evitado. Segundo Ana Cristina, o evento de hoje teve por objetivo estimular bons hábitos diários e mostrar os efeitos positivos da prevenção primária, que podem refletir na economia dos gastos do SUS.
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A REDAÇÃO
Goiânia: Fim da obrigatoriedade da máscara completa 1 mês com recuo da covid
Divino Rufino
Goiânia - A vendedora Keila Marçal, de 28 anos, entra em um restaurante no Setor Universitário, em Goiânia, com um sorriso no rosto. Questionada sobre como está a vida, agora, sem máscara, ela confessa alívio. “Estava esperando por este momento há muito tempo. É uma sensação de liberdade muito boa”, comemora.
Amiga de Keila, Luciana Aparecida Martins, de 35 anos, também sorri durante a entrevista, mas com os olhos. Ela decidiu continuar usando máscara porque é cuidadora de uma idosa no Setor Sul. “É uma questão de responsabilidade mesmo. Tenho que minimizar o risco de contrair e transmitir o vírus”, avalia.
Keila e Luciana representam duas realidades que coexistem na capital goiana desde 1º de abril, quando passou a valer o decreto da Prefeitura de Goiânia que desobriga o uso de máscara em locais fechados. A medida, tomada por todas as capitais do Brasil, com exceção de Belém, foi amparada pela queda no número de internações provocadas pela covid-19.
Um mês após a liberação da máscara, o técnico da Diretoria de Políticas Públicas da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), médico Sérgio Nakamura, avalia a decisão como acertada. “O quadro de diminuição de casos, internações e óbitos por covid-19 vem se mantendo. Foi uma decisão acertada, para a vida voltar ao normal”, explica o especialista.
Sérgio Nakamura destaca que Goiânia vem registrando média de 100 casos confirmados de covid-19 por dia, “número muito próximo da menor série histórica durante toda a pandemia”. “Antes do decreto (que libera o uso de máscara) tínhamos, em março, uma média de 500 casos por dia. E a média móvel em 14 de abril foi de 142 casos, uma redução de 59% em relação a 14 dias antes”, pontua.
Segundo o técnico da SMS, foram registradas de 1º a 29 de abril 14 internações por covid-19 na rede pública municipal, sendo oito delas de pessoas que residem em Goiânia. No mês anterior, 56 habitantes da capital foram internados em razão da doença. O número é baixo se comparado ao pico de internações na rede, ocorrido em março de 2021: foram 1.467 pessoas, incluindo do interior do Estado, hospitalizadas em Goiânia, sendo 1.299 que vivem na capital.
“Abril (de 2022) é o mês que teve menos casos de internações por covid-19 em Goiânia em toda a série histórica. Mês de menos casos, internações e mortes”, diz Dr. Nakamura. O médico atribui o arrefecimento da pandemia e consequente “desafogamento” da rede pública municipal de Saúde ao avanço da vacinação. “Temos uma cobertura vacinal superior à cobertura do Estado de Goiás”, diz.
Vacinação
Dados do Vacinômetro, disponível no site da Prefeitura de Goiânia, apontam que até o dia 20 de abril 84,7% da população vacinável acima de 5 anos havia recebido a primeira dose da vacina contra a covid, e 78,1% receberam segunda dose e dose única, num total de 2.871.317 doses aplicadas.
A Prefeitura oferece testagem gratuita à população diariamente, mas houve queda na procura pelo serviço. Sérgio Nakamura diz que isso é reflexo da “diminuição de casos sintomáticos”. “Houve redução na procura (pelo teste), mas também na positividade. A maioria dos casos testados hoje tem resultado negativo”, justifica.
A melhora no cenário epidemiológico na capital não apaga o passado recente de dor e sofrimento enfrentado por milhares de famílias goianienses. Desde o início da pandemia de covid-19, há dois anos, Goiânia registra 313.484 casos e 7.533 mortes pela doença. No último mês de março, foram 53 óbitos; e neste mês de abril, até dia 28, nove. Isso significa que a doença continua fazendo vítimas, por isso, não deve ser subestimada.
“As mortes e casos graves reduziram drasticamente, mas temos que tomar cuidado porque o vírus continua circulando. É sempre bom evitar aglomerações, e usar máscara em ônibus, escolas e unidades de saúde. A recomendação vale, principalmente, para pessoas vulneráveis”, finaliza Sério Nakamura.
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JORNAL OPÇÃO
Dengue decola em Goiás – cientistas inovam contra a doença
domingo 01 maio 2022 0:00
Por Italo Wolff
Longo período de chuvas, bolsão de vulneráveis e circulação concomitante de dois sorotipos da dengue explicam aumento do número de casos
O número de casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti explodiu em Goiás neste ano. Apenas na primeira semana de 2022, as notificações de dengue aumentaram 572% em comparação com a primeira semana de 2021. Desde o início do ano até a data do fechamento desta edição, foram 56.470 casos confirmados e 21 óbitos – no mesmo período de 2021 se registrou 20.282 casos e 15 óbitos.
O crescimento foi tão expressivo que colocou Goiás em segundo lugar entre os estados com mais mortes pela doença, atrás apenas da Bahia. Além da dengue, também cresceu o número de notificações para chikugunya – de 1.171 casos notificados no ano passado para 2.704 casos neste ano, uma variação de 131% – e de zika – que saiu de 29 notificações no ano passado para 104 notificações neste ano; embora o número de casos de zika confirmados tenha caído de 15 para 11 até o momento.
Todas essas doenças são arboviroses. Tratam-se de patologias causadas por vírus que são transmitidos pela picada de artrópodes (arbovirose é uma contração do termo em inglês arthropod-borne virus). São assim designados não somente pela sua veiculação através de artrópodes, mas principalmente pelo fato de parte de seu ciclo replicativo ocorrer nos insetos.
O coordenador estadual de Dengue, Zika e Chikungunya da Secretaria de Saúde de Goiás, Murilo do Carmo, afirmou que vários fatores contribuíram para estes resultados ruins no estado, como a circulação concomitante de dois sorotipos do vírus da dengue, tipos 1 e 2. “Tivemos um intenso período chuvoso no Estado de Goiás, que fez com que aumentasse a oferta de água nos criadouros e favorecesse a multiplicação de Aedes aegypti. Somado a isso, tivemos baixa adesão da sociedade em campanhas de combate aos criadouros do mosquito”, analisou.
Virologia
Fabíola Fiaccadori, professora e doutora em Microbiologia e Virologia, pesquisa os arbovírus na Universidade Federal de Goiás (UFG). A cientista afirma que a análise da dispersão do vírus da dengue na população ao longo dos anos revela ciclos no contágio da doença. Isso ocorre pois o vírus da dengue possui quatro sorotipos diferentes e a infecção do hospedeiro por uma cepa não garante a imunidade contra outras variantes, além de ser uma proteção passageira. Desta forma, a circulação prolongada de um determinado sorotipo gera na população a imunidade coletiva contra este sorotipo em questão, mas também cria oportunidade para sorotipos diferentes.
“Eventualmente, a entrada de um sorotipo coincide com o momento em que há um bolsão de pessoas suscetíveis”, explica Fabíola Fiaccadori. “Às vezes, isto é associado ainda ao contexto ambiental, com o favorecimento a replicação do mosquito que é vetor da doença. Nessas ocasiões, vemos o pico no número de casos que estamos presenciando agora.”
É diferente dos vírus das doenças chikungunya e zika, em que há apenas um sorotipo. O aumento de casos da chikungunya se explica pelo fato de que, desde a entrada da doença no Brasil, Goiás foi pouco exposto, ao contrário de estados como Rio de Janeiro e Bahia, de forma que poucas pessoas desenvolveram imunidade contra o vírus. Diferentemente, o vírus causador da doença zika já havia castigado os goianos em 2016, e seu crescimento mais lento pode ser explicado pelo obstáculo da imunidade desenvolvido nesta data.
Imunologia
O fator dos múltiplos sorotipos ajuda a explicar a dificuldade de se desenvolver uma vacina que previna todos os tipos de dengue. Com quatro cepas circulantes, em constante mutação, o desafio de criar uma única plataforma vacinal é complexo. Atualmente, existe uma vacina contra a dengue no sistema particular de saúde, com eficácia geral de 60,8%. O imunizante é composto por três doses administradas com intervalo de seis meses; só pode ser aplicado em indivíduos entre 9 e 45 anos de idade; e possui seis contraindicações.
Entretanto, o desafio que impede que essa vacina seja comprada pelo poder público e administrada amplamente para toda a população via Sistema Único de Saúde é ainda mais complicado de se superar. Fabíola Fiaccadori explica que a imunidade parcial contra o vírus da dengue não é necessariamente favorável ao hospedeiro na evolução da infecção. É comum ouvirmos aforismos como: “a terceira dengue é pior”. Existe alguma verdade na declaração, pois parte dos sintomas do paciente com dengue estão vinculados à própria resposta imunológica do hospedeiro.
Isso não necessariamente significa que alguma proteção prévia contra o vírus causará obrigatoriamente a forma mais grave da doença. Também não quer dizer que a primeira infecção por dengue é sempre leve. Mas significa que medidas de saúde pública aplicadas a toda a população devem ser mais cuidadosas. “O primeiro contato com um sorotipo da dengue causa uma resposta imune no hospedeiro; a reinfecção por outro sorotipo pode agravar o segundo caso da doença. Da mesma forma que a infecção natural induz uma resposta imune que pode complicar casos de reinfecção por sorotipos diferentes, a vacina também induz uma resposta imune. Por isso, a imunopatogênese (compreensão acerca de como a doença é mediada pelo sistema imune) complica o cenário”, afirma Fabíola Fiaccadori.
Desde 2009, pesquisadores do Butantan estudam a produção de uma vacina contra o vírus da dengue. Ela ainda não tem previsão de distribuição à população, mas ensaios clínicos estão avançados. Esse imunizante usa a técnica de vírus atenuado, apresentando o vírus da dengue ao organismo e induzindo a produção de anticorpos sem causar a doença. A tecnologia foi patenteada pelo instituto e pela farmacêutica Merck em 2021.
Os ensaios clínicos da fase três da vacina estão em andamento. A previsão é que a pesquisa seja finalizada até 2024. Em paralelo aos estudos clínicos, o Butantan estuda o escalonamento da vacina, ou seja, a elevação da produção para nível industrial. “A vacina vai ser um dos principais componentes de combate à doença, mas é importante ressaltar que não é só a vacina que vai combater a dengue. Nós temos que continuar realizando todas as outras formas de ajudar a combater o mosquito e, portanto, a transmissão da dengue”, afirma o diretor do Centro de Segurança Clínica e Gestão de Risco: Farmacovigilância e Farmacoepidemiologia, Alexander Precioso.
“As pessoas vacinadas vão evitar hospitalizações e mortes e isso vai tornar a dengue controlada no país”, explica Neuza. “Em qualquer situação é importante agir na prevenção. Na saúde pública a prevenção de doenças é feita principalmente com as vacinas”, completa.
Controle do Vetor
Por todas as dificuldades envolvidas na produção de um imunizante contra a dengue, o controle do vetor, o mosquito Aedes aegypti, é a alternativa mais fácil, barata e prática. Entretanto, o sucesso desta tarefa depende de engajamento social, com a extinção dos criadores onde os mosquitos se multiplicam, por exemplo. Por isso, pesquisadores tentam desenvolver novas formas de diminuir a quantidade de vetores no ambiente ou dificultar a replicação viral dentro do vetor.
Nos últimos anos, um grupo de pesquisadores liderado pelo professor Wolf Christian Luz do Laboratório de Patologia de Invertebrados do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (LPI/IPTSP) da UFG desenvolveu um método de infectar os adultos, larvas e ovos Aedes aegypti com um fungo letal para o mosquito. Trata-se de uma técnica para atrair os insetos para um local com água, que se assemelha a um criadouro para o mosquito. Ali, a umidade está carregada de partes (conídios e microescleródios) do fungo Metarhizium humberi.
Este fungo é uma espécie nova, descrita em 2001 pelo grupo liderado pelo professor Christian a partir de amostras de solo coletadas no Cerrado. “A linhagem Metarhizium humberi IP 46 utilizada na nossa pesquisa já foi estudada intensamente em Aedes aegypti em condições de laboratório e apresenta atividade inseticida em ovos, larvas e adultos desse vetor”, esclarece Christian.
A ideia de distribuir o dispositivo em áreas peridomiciliares é promissora e os testes em laboratório mostraram bons resultados, mas deve-se ressaltar que o estudo foi realizado sob condições controladas. Fabíola Fiaccadori lembra da dificuldade prática de aplicar boas ideias no ambiente em larga escala: “Os vetores são criados nas casas das pessoas, mas nossas ferramentas de controle do vetor são via Estado. É difícil conseguir adesão social e aplicar as técnicas em locais que estão fora do alcance do Estado.
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PORTAL NTH
Covid-19: Goiás recebe prêmio por uso de evidências científicas no enfrentamento à pandemia
Em Goiás, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) priorizou evidências científicas na tomada de decisões, tão logo ficou configurada a emergência sanitária. A política de Gestão Informada por Evidências, implementada na SES por meio do Núcleo de Evidências, ainda em 2019, teve sua importância reconhecida pela Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O método foi reconhecido na primeira edição do Prêmio Evidência 2022. A SES ficou em 3º lugar nacional e a FGV destacou que “embora não seja possível fazer uma relação direta com o levantamento, Goiás permaneceu em posição mediana no ranking dos estados brasileiros (10º considerando número de casos por 1 milhão de habitantes e 12º considerando número de óbitos por 1 milhão de habitantes); não tendo vivenciado o colapso do sistema de saúde local”.
“Com as evidências embasando o enfrentamento da pandemia no Estado, toda população é beneficiária da iniciativa, pois essa política busca direcionar as ações de saúde pública, resultando na gestão inteligente da crise e potencializando as chances de se alcançar melhores resultados”, afirma o titular da SES, Sandro Rodrigues.
Desde a instalação do Núcleo de Evidências, foram produzidas 121 sínteses para orientar a tomada de decisão dos gestores. Ao longo da pandemia, foram mais de 70 sínteses elaboradas sobre os mais diversos temas, como vacinas, uso de máscaras e retorno às aulas, por exemplo. T
Ciência
“O caminho estratégico da Gestão Informada por Evidências já era característica da atual gestão e tornou-se mais importante e desafiador frente à rápida evolução do conhecimento e da grande quantidade de produção científica, nem sempre de qualidade, sobre os temas de interesse no contexto da pandemia”, destaca a subsecretária Luciana Vieira.
O Núcleo de Evidências da SES-GO é vinculado à Gerência do CONECTA SUS e composto atualmente pelos servidores Péricles Lopes Dourado (biomédico), Airton Ferreira dos Santos Filho (médico) e Luciana Vieira (fisioterapeuta).
A produção técnica conta com artigos, relatórios, sínteses de evidência, sumário de evidência e similares. O trabalho apresentado teve ainda a participação da servidora Alessandra Rodrigues de Almeida Lima (odontóloga) e do então secretário de Saúde anterior, Ismael Alexandrino (médico).
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Assessoria de Comunicação