Postado em: 21/01/2021

AHPACEG NA MÍDIA - Ocupação de UTI mas é de 100% em 5 hospitais privados no estado

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Ocupação de UTI mas é de 100% em 5 hospitais privados no estado

COVID-19 - Associação em Goiás que representa 15 estabelecimentos particulares de Saúde afirma que demais locais podem chegar a índice crítico rapidamente

As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para pacientes com coronavírus de cinco hospitais privados de Goiânia estão com a ocupação em 100%. As informações são do presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Haikal Yaspers Helou e são referentes ao início da tarde desta quarta-feira. Os dados foram repassados em reunião do Centro de Operações de Emergência (COE) estadual em combate a Covid-19.

Dos 15 hospitais filiados à Ahpaceg, cinco estavam com as UTIs lotadas por volta das 13 horas de ontem, o Hospital Anis Rassi, Hospital do Coração, Hospital Santa Bárbara, Hospital Neurológico e Hospital São Francisco. “Não está tendo vaga, entra um sai outro, relatou um deles”, descreve Haikal. Segundo o presidente, os números de internação teriam aumentado nos últimos três dias. Também teriam aumentado as ligações de pessoas pedindo vagas em unidades específicas.

“De seis (lotados) para todos é um espaço muito curto, porque esses hospitais começam a redistribuir os pacientes entre nós e ficamos todos lotados em um espaço curto de tempo”, descreveu Haikal durante a reunião por vídeoconferência do COE. Inicialmente ele falou que eram seis hospitais com lotação máxima na UTI, mas em seguida corrigiu a informação explicando o que recebeu o relato de cinco hospitais.

Haikal explica que muitos desses pacientes das unidades lotadas são atendidos inicialmente na emergência e, depois internados, não aceitam ser transferidos para as outras unidades. Assim, os pacientes graves acabam ficando concentrados em alguns hospitais.

“Goiânia inteira não está lotada. Esses hospitais estão lotados. A situação está começando a ficar desconfortável para eles, quando eles não conseguem transferir o paciente”, descreve o presidente da Ahpaceg.

Haikal avalia que o cenário na segunda onda é mais crítico porque desta vez os pacientes com outras doenças estão procurando mais os hospitais. “Os hospitais estão cheios de outras patologias”.

Desde novembro de 2020 que a Ahpaceg não divulga de forma pública a ocupação de leitos com pacientes coronavírus. Haikal adianta que isso deve mudar após reunião interna entre os associados e os dados devem voltar a ter publicação diária.

Público

A situação da rede pública estadual também tem preocupado os gestores da saúde e membros do Ministério Público que acompanham a crise provocada pela pandemia de Covid-19. A ocupação de leitos de UTI para pacientes com coronavírus passou de cerca de 50% no início do ano passado para 81% as 18 horas desta quarta-feira. Isso representa 180 vagas ocupadas e 45 disponíveis.

Dos 14 hospitais com leitos de UTI Covid-19 da rede pública estadual, sete estava com a ocupação de 100% no início da noite de ontem. São eles o Hospital Regional de Formosa, Hospital Municipal de Mineiros, Hospital das Clínicas de Jataí, Hospital São Marcos de Itumbiara, Hospital Nasr Fayad e Santa Casa de Catalão. Destes sete, cinco possuem um total de menos de 11 leitos críticos cada um.

Na rede pública municipal de Goiânia, a ocupação das úteis para Covid-19 estava em 70,51% às 13 horas de ontem. Já em Aparecida, a ocupação era 52%. Em Anápolis, a ocupação dos leitos críticos coronavírus estava em 56%.

Durante a reunião do COE desta quarta-feira, a gerente de atenção terciária Danielle Jaques falou que têm sido realizadas conversas com o Ministério da Saúde para conseguir a habilitação de novos leitos Covid-19 que foram desabilitados quando os números da pandemia diminuíram. “Não tem como expandir e não ter repasses financeiros do Ministério da Saúde”, explicou.

Ainda durante a reunião, o procurador da República Ailton Benedito, do Ministério Público Federal (MP F) em Goiás, pediu a relação desses leitos com solicitação de habilitação do Ministério da Saúde.

Com esse aumento de internações, outra região que tem preocupado gestores da Saúde e o Ministério Público é o Entorno do Distrito Federal. O Hospital de Campanha de Águas Lindas, financiado pelo Governo Federal, foi desmobilizado em outubro de 2020 e não há perspectiva de ser reaberto. Já os hospitais de Luziânia e Formosa estão com capacidade máxima possível de leitos. (21/01/21)