CLIPPING AHPACEG 26/11/20
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Vazamento de senha do Ministério da Saúde expõe dados de 16 milhões de pacientes de covid
Puxado pelos EUA, mundo registra recorde diário de mortes por covid-19
Pfizer inicia processo para registrar vacina no Brasil
Covid-19: Goiás ultrapassa 275 mil casos e se aproxima de 6,3 mil mortes
Pessoas que contraíram covid-19 podem doar sangue após 30 dias
Saúde de Maguito é debatida na Câmara Municipal de Goiânia
O ESTADO DE S.PAULO
Vazamento de senha do Ministério da Saúde expõe dados de 16 milhões de pacientes de covid
Funcionário do Albert Einstein divulgou na internet lista com usuários e senhas que davam acesso aos bancos de dados de testados, diagnosticados e internado; autoridades como Bolsonaro tiveram privacidade violada
Ao menos 16 milhões de brasileiros que tiveram diagnóstico suspeito ou confirmado de covid-19 ficaram com seus dados pessoais e médicos expostos na internet durante quase um mês por causa de um vazamento de senhas de sistemas do Ministério da Saúde.
Entre as pessoas que tiveram a privacidade violada, com exposição de informações como CPF, endereço, telefone e doenças pré-existentes, estão o presidente Jair Bolsonaro e familiares; o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello; outros seis titulares de ministérios, como Onyx Lorenzoni e Damares Alves; o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e mais 16 governadores, além dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
A exposição de dados não foi causada por ataque hacker nem por falha de segurança do sistema. Eles ficaram abertos para consulta após um funcionário do Hospital Albert Einstein divulgar uma lista com usuários e senhas que davam acesso aos bancos de dados de pessoas testadas, diagnosticadas e internadas por covid nos 27 Estados. Conforme o Einstein, o hospital tem acesso aos dados porque está trabalhando em um projeto com o ministério.
Com essas senhas, era possível acessar os registros de covid-19 lançados em dois sistemas federais: o E-SUS-VE, no qual são notificados casos suspeitos e confirmados da doença quando o paciente tem quadro leve ou moderado, e o Sivep-Gripe, em que são registradas todas as internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), ou seja, os pacientes mais graves.
A exposição dos dados foi descoberta pelo Estadão após uma denúncia recebida pela reportagem com o link para a página onde as senhas dos sistemas estavam disponíveis. A planilha com as informações foi publicada em 28 de outubro no perfil pessoal de Wagner Santos, cientista de dados do Einstein, na plataforma github, usada por programadores para hospedar códigos e arquivos.
A reportagem acessou o sistema para checar a veracidade dos dados. Ao verificar que as senhas eram válidas, buscou registros de autoridades que já haviam divulgado publicamente diagnóstico ou suspeita de covid e confirmou que os dados estavam corretos.
Os bancos de dados do ministério trazem, além das informações pessoais dos pacientes, detalhes considerados confidenciais sobre o histórico clínico, como a existência de doenças ou condições pré-existentes, entre elas diabete, problemas cardíacos, câncer e HIV.
Alguns registros de pacientes internados traziam até informações do prontuário, como quais medicamentos foram administrados durante a hospitalização. No registro de Pazuello, por exemplo, era possível saber em qual andar do Hospital das Forças Armadas ele ficou internado e qual profissional deu baixa em sua internação.
Tanto pacientes da rede pública quanto da privada tiveram seus dados expostos. Isso porque a notificação de casos suspeitos ou confirmados de covid ao Ministério da Saúde é obrigatória a todos os hospitais.
Para o advogado Juliano Madalena, professor de Direito Digital e fundador do fórum direitodigital.io, o vazamento das senhas e exposição dos dados que deveriam ser resguardados pelo poder público é preocupante. De acordo com o especialista, as informações podem ser usadas para fins comerciais por diferentes empresas. "Dados de saúde podem ser usados por empresas do ramo que queiram criar produtos específicos voltados para um público, por empresas de seguro de vida ou planos de saúde de forma indevida, muitas vezes até com aspecto discriminatório, pois você tem as informações sobre o histórico de saúde da pessoa", diz.
O advogado diz que, considerando a Lei Geral de Proteção de Dados, é dever de quem controla e acessa os dados adotar medidas que evitem vazamentos. Nesse caso, tanto o Einstein e seu funcionário quanto o Ministério da Saúde podem ser responsabilizados por dano coletivo por terem exposto informações de milhões de pessoas. Mesmo quando não agem de forma proposital, responsáveis por vazamento de dados pessoais e sensíveis podem ser obrigados judicialmente a pagar indenizações por dano coletivo.
Ministério da Saúde e Einstein vão investigar responsabilidade
Após serem comunicados pelo Estadão sobre o vazamento das senhas de sistemas federais, o Hospital Albert Einstein e o Ministério da Saúde disseram que as chaves de acesso foram removidas da internet e trocadas nos sistemas, informações confirmadas pela reportagem. Afirmaram ainda que uma investigação interna será aberta pelo Einstein para apurar as responsabilidades.
O Einstein afirmou que foi comunicado somente na tarde de ontem, após contato da reportagem, que "um colaborador teria arquivado informações de acesso a determinados sistemas sem a proteção adequada". O hospital diz ter comunicado o Ministério da Saúde para que "fossem tomadas as medidas para assegurar a proteção das referidas informações".
O Einstein afirmou ainda que todos os seus funcionários passam por treinamento de segurança digital e que "tomará as medidas administrativas cabíveis". Questionado sobre o tipo de serviço que prestava para o ministério, o hospital informou que trata-se de um projeto do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) em que dados epidemiológicos eram usados para fazer análise preditiva da pandemia.
A reportagem questionou a instituição o motivo de ela ter acesso aos dados pessoais e não apenas informações sem identificação e foi informada que o banco de dados não fica disponível para o Einstein e somente ao funcionário do hospital que ficava baseado no próprio Ministério da Saúde.
Já o órgão federal confirmou a parceria e disse que realizou reunião com o Einstein para esclarecimento dos fatos. Disse que o profissional Wagner Santos, que publicou as senhas, é contratado pelo Einstein e atua no ministério desde setembro como cientista de dados. "No âmbito das medidas de segurança do ministério e em atendimento aos protocolos de compliance e confidencialidade, ele assinou termo de responsabilidade antes do acesso à base de dados do e-SUS Notifica", disse a pasta federal.
De acordo com o ministério, o Einstein confirmou que houve falha humana de um dos seus colaboradores - e não do sistema e informou que iniciou processo de apuração dos fatos. O órgão disse que está realizando "o rastreamento de possíveis sites ou ciberespaços onde os dados podem ter sido replicados".
A pasta disse também que o Departamento de Informática do SUS (DataSUS) revogou imediatamente todos os acessos dos logins e das senhas que estavam contidos na referida planilha divulgada pelo funcionário do Einstein. "O Ministério da Saúde ressalta que todos os técnicos que têm acesso aos seus sistemas de informação assinam termo de responsabilidade para uso das informações e todos estão cientes de que a divulgação de informações pessoais está sujeita a sanções penais e administrativas."
Também procurado pela reportagem, o funcionário Wagner Santos, do Einstein, confirmou que publicou a planilha de senhas em seu perfil na plataforma github para a realização de um teste na implementação de um modelo, porém esqueceu de remover o arquivo da página pública.
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Puxado pelos EUA, mundo registra recorde diário de mortes por covid-19
O mundo registrou na quarta-feira, 25, o maior número de mortes pela covid-19 em um dia. Foram 12.785 óbitos - mais de 2 mil apenas nos EUA. Brasil, México e países europeus, como Reino Unido, Itália e França, também pressionam os números para o alto. O recorde anterior era de 20 de novembro, com 11.840 mortes. Até agora, a doença já matou 1,4 milhão de pessoas no mundo - só em novembro, foram 200 mil.
Ontem foi o dia em que os americanos registraram o maior número de mortes desde maio - mais de 2 mil óbitos. A Califórnia estabeleceu um novo recorde diário de contaminações: 18,3 mil. Os EUA, com cerca de 4% da população mundial, vêm relatando um quarto dos novos casos e aproximadamente um quinto das mortes em todo o mundo.
Especialistas ouvidos pelo Estadão disseram que a tendência é de aumento ainda maior nas mortes caso os governos não adotem medidas para controlar o avanço das transmissões. Epidemiologistas também alertam para a responsabilidade individual no momento em que as festas de Natal e ano-novo se aproximam.
"A tendência é de muito crescimento se não houver mudança na maneira como os governos e as pessoas estão lidando com a pandemia", disse a epidemiologista Denise Garrett, vice-presidente do Sabin Vaccine Institute. Ela alertou que, embora as pesquisas sobre as vacinas estejam cada vez mais avançadas, ainda falta tempo para que de fato haja uma imunização.
"Há tempo para mudanças e são situações que podem ser completamente evitadas. Com uma vacina chegando, é extremamente desnecessário fazer planos para festas de ano-novo, ir a aglomerações ou shows. É preciso fazer todo o possível para atrasar a transmissão agora", afirma Denise, que trabalhou por mais de 20 anos no Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês).
Para o médico Márcio Sommer Bittencourt, do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica do Hospital Universitário da USP, há um outro agravante. "A pandemia está muito mais difusa, não tem apenas em um lugar só. Antes, o pico se concentrava em alguns países da Europa e em Nova York", afirmou. "Agora, está em todo o território dos EUA, do México, do Brasil, em muitos países da América do Sul e em várias regiões da Europa."
Um exemplo do que disse Bittencourt é uma análise do número de mortes per capita. Neste caso, a Bélgica seria o país mais afetado, com 1,3 mil óbitos para cada milhão de habitantes. Atrás vem o Peru, com 1,1 mil mortos por milhão - o que mostra como o vírus se globalizou.
Para Bittencourt, políticos e imprensa não têm dado mais visibilidade ao tema como no começo da pandemia, o que fez com que muita gente tenha a sensação de que a doença é menos grave do que já foi.
Cenário
Fátima Marinho, conselheira da organização global de saúde Vital Strategies, afirmou que as estimativas indicam que haverá 2,75 milhões de mortes até março do ano que vem - o que significa o dobro do registrado até agora.
"São estimativas com base no cenário que temos hoje. Pode ser pior, mas melhor não será, porque as medidas já estão tardando a serem implementadas", disse. "A tendência é preocupante, porque a situação já estava mal resolvida. A segunda onda já está no horizonte e é visível: é apenas uma questão de tempo e ela vai acelerar com as festas de fim de ano, com maior circulação de pessoas pelo Brasil."
Na sexta-feira, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanomm Ghebreyesus, afirmou que foram notificados mais casos de infecção pelo coronavírus nas últimas quatro semanas do que nos seis meses iniciais da pandemia.
Tedros destacou a preocupação, especialmente no Hemisfério Norte, na Europa e nos EUA, com o grande número de pessoas internadas nas UTIs de hospitais. Em razão do frio do inverno, que faz com que as pessoas fiquem mais tempo em ambientes fechados, ele admitiu o temor de um colapso nas redes nacionais de saúde. A situação pode ficar ainda mais grave nos Estados Unidos, que hoje celebram o feriado de Ação de Graças, quando tradicionalmente muitas famílias se reúnem dentro de casa.
Na Europa, que já vive uma nova onda de contaminações, alguns países - como França e Reino Unido - já fazem planos para uma nova reabertura. Ontem, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que os primeiros cidadãos europeus poderão ser vacinados antes do fim de dezembro.
"Até o momento, a Comissão Europeia firmou contratos com seis companhias para compra de vacinas. Os primeiros cidadãos europeus poderão já estar vacinados antes do fim de dezembro. Finalmente, há uma luz no fim do túnel", afirmou Ursula, que pediu que os governos dos 27 países da União Europeia se prepararem para receber as vacinas e colocá-las à disposição da população. (Com agências internacionais)
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Pfizer inicia processo para registrar vacina no Brasil
A farmacêutica Pfizer informou ontem que deu início ao processo de registro da sua vacina contra a covid-19 junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O imunizante, desenvolvido em parceria com a BioNTech, tem eficácia de 95%, segundo dados divulgados na semana passada.
"Esse é um importante passo para que o imunizante esteja disponível no Brasil. A Pfizer disponibilizará todos os dados necessários e estará em total colaboração para que esse processo transcorra da melhor maneira e o mais rapidamente possível", disse, em nota a diretora médica da Pfizer Brasil, Márjori Dulcine.
Ainda não está claro, no entanto, quando o Brasil poderá ter acesso à vacina. Uma produção inicial de 50 milhões de doses, prometida para 2020, será repassada inteira aos Estados Unidos. Para 2021, a empresa prevê produzir 1,3 bilhão de doses. Pela característica da vacina, a logística de distribuição terá de superar o desafio de manter o imunizante em temperaturas extremamente frias.
A Pfizer lembrou na nota que o modelo de registro adotado pela Anvisa, de submissão contínua, é novo e foi implementado para dar mais agilidade na análise das vacinas contra a covid-19.
O mesmo procedimento está sendo realizado junto a outras agências de regulação pelo mundo, incluindo a FDA, americana, a EMA, na União Europeia, e a MHRA, britânica.
No Brasil, testes com a vacina da Pfizer envolvem 2.900 voluntários, de um total de 43,6 mil inscritos em todo o mundo. A empresa mantém estudos clínicos nos EUA, Alemanha, Turquia, África do Sul, Brasil e Argentina.
"A Pfizer e a BioNTech planejam apresentar os dados de eficácia e segurança do estudo para revisão por revistas científicas, assim que a análise dos dados for concluída", detalha a nota da empresa.
Vacina obrigatória. Em manifestação enviada ontem ao STF, o procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu a competência dos Estados para tornar obrigatória a vacinação contra a covid. De acordo com ele, cabe à União coordenar a imunização, mas governadores podem agir caso não se sintam contemplados pelas determinações do Ministério da Saúde.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás ultrapassa 275 mil casos e se aproxima de 6,3 mil mortes
Théo Mariano
Goiânia - Goiás chegou a 275.910 casos e 6.288 mortes pelo novo coronavírus nesta quarta-feira (25/11). Segundo dados divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde (SES-GO), o Estado registrou 934 infectados e 25 óbitos pela doença nas últimas 24 horas. Há 266 mil recuperados do vírus nos municípios goianos.
Ainda de acordo com os dados, são investigados 227 mortes para saber se a causa foi covid-19. Outros 247 mil pacientes são considerados casos suspeitos da doença. A taxa de letalidade do vírus no Estado é de 2,28%.
O Governo de Goiás disponibiliza plataforma, atualizada a cada 30 minutos, com os principais dados sobre o avanço da covid-19 no Estado.
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Pessoas que contraíram covid-19 podem doar sangue após 30 dias
Brasília - Pessoas que contraíram covid-19 podem doar sangue, se respeitarem um período mínimo após a melhora completa de sintomas. Para que estejam habilitadas a doar, é necessário que aguardem 30 dias depois que todos os indicativos da doença tenham desaparecido, conforme explica a médica hemoterapeuta Roberta Fachini, do Hospital Sírio-Libanês.
Em entrevista concedida à Agência Brasil, a profissional destacou que, até o momento, não houve evidências científicas de que o Sars-CoV-2 possa ser transmitido através de transfusões de sangue. Mesmo assim, ressalta, os bancos de sangue e hemocentros têm tido cautela em relação ao assunto, como prevenção.
"Felizmente, esse vírus, apesar de ser detectado, por exames de biologia molecular, também na corrente sanguínea, não existe nenhuma comprovação científica de que essa quantidade de vírus seja capaz de infectar um paciente pela via transfusional. Mas, de qualquer forma, o critério de 30 dias após plena recuperação dos sintomas tem sido bastante aceito, é o praticado mundialmente, como critério de segurança adicional", afirma.
"Considero que a medicina leva um tempo de amadurecimento. Assim como ocorre com as vacinas, só o tempo irá nos dizer se transmite ou não por transfusão. Nesse momento, se existir uma transmissão transfusional, tem sido muito incipiente, muito reduzida, porque não tem sido evidenciado isso por toda essa vigilância que a comunidade médica tem feito", acrescenta, assinalando que, atualmente, o que se verifica é que o contágio está relacionado à interação com mucosas e a uma série de fatores imunológicos.
Por esse motivo, perguntas relacionadas à covid-19 tornaram-se praxe, sendo adicionadas ao questionário que já era feito anteriormente pelas equipes de triagem dos bancos de sangue. Durante a entrevista, os profissionais de saúde buscam saber se o potencial doador teve contato recente com alguém que teve o diagnóstico de covid-19 confirmado, ou seja, que testou positivo para a doença, o que pode, inclusive, identificar candidatos que possam ser assintomáticos. Para averiguar, indagam também se o voluntário apresentou febre nos últimos 14 dias, sintomas gripais, como falta de ar, tosse e coriza, perda de paladar ou paladar distorcido, perda de olfato e cefaleia.
"É diferente do risco de transporte ou do supermercado, que a gente não sabe se entrou ou não em contato com o vírus. Mas se teve alguém que trabalha com a gente ou da mesma casa, com diagnóstico recente, a gente pede que esse doador não doe nesse momento e aguarde um período de quarentena, para ver se vai manifestar algum sintoma ou não, que são os 14 dias de quarentena", explica Roberta.
"E nesse momento, a gente orienta também que, caso nos dias pós doação, apresente qualquer sintoma de covid-19, com diagnóstico ou não, com sintoma suspeito, que avise imediatamente ao banco de sangue, porque muitas vezes a gente tem condição de bloquear algum hemocomponente produzido a partir da doação que ainda esteja em estoque", disse.
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JORNAL OPÇÃO
Saúde de Maguito é debatida na Câmara Municipal de Goiânia
Por Ana Amélia Ribeiro
O vereador Paulo Daher fez severas críticas sobre como as informações do estado de saúde do candidato Maguito Vilela estão sendo repassadas aos goianienses
Na sessão plenária da Câmara Municipal de Goiânia, realizada nesta quarta-feira, 25, o polêmico vereador Paulo Magalhães (DEM) usou os 10 minutos de fala na tribuna para tecer várias críticas sobre a coligação Para Goiânia Seguir em Frente e ao MDB. Para Paulo Magalhães falta transparência na direção partidária e ele ainda alertou que não se deve fazer aliança política “com qualquer um”.
Durante a fala de Paulo Magalhães, o vereador Paulo Daher (PMN) pediu a palavra e ressaltou o sério problema que está ocorrendo de falta de informação segura sobre o verdadeiro estado de saúde do candidato à prefeitura de Goiânia, Maguito Vilela (MDB).
Paulo Daher que é médico, afirma que com base na experiência de 25 anos com trabalho em UTI, reconhece quando um paciente em coma com falência pulmonar, falência renal e que agora está com uma ventilação cirúrgica definitiva não tem perspectiva de alta tão rapidamente. “Goiânia precisa se preparar porque quem irá governar a cidade é o vereador Rogério Cruz (Republicanos) e nós precisamos saber se ele tem capacidade para isso”, reforçou.
Daher relatou ainda da insatisfação sobre o não comparecimento de Rogério Cruz nos debates e pede para que ele se apresente como candidato, para que a população decida, se ele tem ou não condições de ser o próximo prefeito, “uma vez que Rogério tem pouca intimidade com a cidade”, disse. A vereadora Sabrina concordou com o posicionamento do vereador médico e falou que Maguito não terá condições de montar um secretariado até 1º de janeiro e muito menos de governar a cidade como Goiânia necessita.
O vereador Andrey Azeredo (MDB) rebateu as críticas de Daher e afirmou que ele não conhece o real estado de Maguito Vilela e que ele está diagnosticando pelo jornal. “Tenho certeza que Maguito vai vencer a Covid-19 e que em primeiro de janeiro, junto com Rogério Cruz possam fazer o melhor governo que Goiânia já teve”, disse.
O vereador Carlin Café (MDB) saiu em defesa de Maguito, “eu só acho que politizar e colocar a vida de um ser humano da maneira como o doutor Paulo Daher, está colocando é de uma infelicidade muito grande”. O decano da Câmara, Anselmo Pereira(MDB) diz que reza e ora fervorosamente para que Maguito se reestabeleça.
O vereador Felisberto Tavares (Podemos) lamentou que essas deduções estejam sendo feitas contra o estado de saúde do candidato Maguito Vilela, e que só quem passou pela Covid-19 sabe que a doença pode ser superada.
A discussão se estendeu e vários vereadores manifestaram seus votos de melhoras para o emedebista candidato à prefeitura, ao mesmo tempo que repudiaram a postura do vereador Paulo Daher. A bancada do MDB relembrou a trajetória política de Maguito, se posicionando frontalmente contra o que eles chamaram de “ataques a honra de quem não está aqui para se defender”. Mas houve aqueles que defenderam o posicionamento de Paulo Daher, como Emilson Pereira (Patriota), que também exaltou as qualidades do vereador e candidato a vice, Rogério Cruz.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação