Postado em: 16/10/2020

CLIPPING AHPACEG 16/10/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

 

Prefeitura deve indenizar morador que estava com larvas no ouvido e foi liberado de hospital sem ser examinado, em Itapuranga

Planos de saúde mais baratos e cartões de desconto são apostas para enfrentar a crise

Estados pedem que ministério compre vacina chinesa

Em expansão, Hapvida projeta 345 novas obras até 2021 e anuncia novo membro do Conselho

SulAmérica lança SOS Prev e anuncia inclusão de telemedicina em planos de Previdência

Pressionado por secretários, ministério diz que não descarta comprar CoronaVac

Vacina mostra-se segura para idosos

Goiás chega a 5,3 mil mortes por covid-19 após registro de 45 óbitos em 24h

Xenofobia pode atrapalhar imunização contra Covid-19, diz infectologista

 

PORTAL G1

 

Prefeitura deve indenizar morador que estava com larvas no ouvido e foi liberado de hospital sem ser examinado, em Itapuranga

Segundo o processo, médico 'sequer tocou' nele e não realizou exames, apesar das fortes dores. Para juiz, houve negligência médica e prefeitura deve indenizar vítima em R$ 10 mil.

Por Danielle Oliveira, G1 GO

A Prefeitura de Itapuranga, na região central de Goiás, foi condenada a indenizar em R$ 10 mil um paciente que procurou atendimento no hospital municipal sentindo fortes dores na cabeça, mas foi mandado de volta para casa, apesar de estar com larvas no ouvido - o que só foi diagnosticado depois. Segundo o homem, o médico "sequer tocou a mão" nele e não realizou exames. Para o juiz, houve negligência médica. Cabe recurso.

O G1 tentou contato, por telefone e e-mail enviado às 16h37 de quinta-feira (15), com a Prefeitura de Itapuranga para obter um posicionamento sobre a decisão e aguarda retorno.

A sentença da Ação de Reparação de Danos Morais foi proferida pelo juiz Denis Lima Bonfim, da comarca local, que, além dos R$ 10 mil, também ordenou o pagamento de R$ 180 por danos materiais, gastos com a limpeza e desinfecção da área afetada em um hospital particular.

Segundo a sentença, no dia 12 de fevereiro de 2019, o morador procurou a emergência do Hospital Municipal de Itapuranga com “desconfortos agonizantes e intensos dentro da cabeça, como se estivesse algo a se mexer dentro do ouvido”. Ao procurar atendimento, de acordo com a ação, um médico da unidade receitou um medicamento e mandou o paciente para casa, sem sequer analisá-lo.

O morador relatou no processo que não dormiu durante a noite devido às fortes dores e teve de procurar uma farmácia na manhã seguinte, quando foi orientado pelos atendentes a ir ao médico.

No entanto, o homem insistiu para que fosse atendido ali mesmo, momento em que alguns funcionários, com uma lanterna, iluminaram o ouvido e viram que estava infestado de larvas.

Após isso, o homem precisou procurar ajuda em um hospital particular, onde foi feito o procedimento de limpeza e desinfecção. Na ocasião, segundo a decisão, foi extraída do ouvido uma espécie de “mosca morta em estado de decomposição”.

Conforme o juiz, é “incontestável” que houve erro na conduta do médico ao diagnosticar o paciente com otalgia - que é uma dor de ouvido, sem realizar nenhum exame físico.

“As larvas encontradas pelos atendentes de uma farmácia, sem qualquer aparelho próprio ou instrução específica na área da medicina e, posteriormente, retiradas pelo médico responsável pelo segundo atendimento, possuem um tamanho significante que, apesar de sua rápida evolução, poderiam ser constatadas em doze horas antes”, observou o juiz.

O juiz considerou ainda “mais reprovável” a conduta do médico que, além de não pedir nenhum exame, liberou o paciente sem pedir que ele retornasse ao médico, mesmo ele tendo se queixado de dores há 15 dias. Porém, o médico não foi citado no processo.

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GLOBO ONLINE

 

Planos de saúde mais baratos e cartões de desconto são apostas para enfrentar a crise

RIO - De olho em um mercado de mais de 180 milhões de brasileiros que não têm plano de saúde, as empresas estão lançando produtos mais baratos durante a pandemia. Há desde planos a partir de R$ 125 (mas que oferecem uma rede credenciada menor de hospitais e clínicas) até outros modelos, que não são planos de saúde, como os serviços de assinatura mensal que dão direito a descontos de até 80% em um número limitado de consultas e exames.

Cobrança indevida:

Oferecer produtos mais em conta é discussão antiga no setor de saúde suplementar, mas se tornou uma questão mais premente com a pandemia. De 2014 para cá, as operadoras acumulavam perda de mais de três milhões de usuários. De março a julho, foram 327 mil pessoas que deixaram de contar com a cobertura. Em agosto, porém, o setor ensaiou recuperação, com acréscimo de 77,4 mil usuários.

Empresas tradicionais do setor, como SulAmérica e Qualicorp, lançaram planos com valor menor. Eles estão sujeitos às mesmas regras de produtos mais caros, como a oferta de exames e tratamentos para doenças de maior complexidade. A diferença é que o usuário pode ter menos escolhas de hospitais, profissionais ou clínicas. É uma adaptação ao cenário de recessão com alto número de desempregados e perspectiva de retomada lenta da economia.

Idec:

Atualmente, 80% dos beneficiários do setor de saúde estão em planos empresariais. Leonardo Giusti, sócio líder do setor de Saúde da KPMG Brasil, lembra que os planos são hoje o segundo maior custo das empresas sobre o capital humano depois dos salários. Para ele, a regulamentação da telemedicina durante a pandemia foi fundamental.

Rede restrita

Leonardo Nascimento, sócio-fundador da Urca Capital Partners, diz que as fusões e aquisições no setor de saúde cresceram 60% de 2018 para 2019. De um lado, operadoras compraram clínicas, hospitais e laboratórios. De outro, healthtechs oferecem plataformas digitais para atendimento e gestão da saúde. Tudo para reduzir custo, explica:

A terceira onda é o lançamento de produtos mais baratos, com ganho no volume, um movimento que precisamos ver se vai ser bem-sucedido.

Há um ano, a SulAmérica lançou seu primeiro plano popular, o Direto, que custa cerca de 35% menos do que a mensalidade de entrada do plano coletivo tradicional da operadora. E esse valor ainda pode cair mais, diz Ricardo Soares, diretor de Precificação da empresa. Os planos têm cobertura regional e rede de assistência mais enxuta. A grande mudança foi na forma de pagamento dos prestadores de serviço, diz Soares:

Entenda:

Pagamos um valor per capita pelo número de usuários do plano. No início, havia uma preocupação dos parceiros sobre como funcionaria esse compartilhamento de risco. Hoje há fila de prestadores interessados em parcerias. O desafio é chegar ao interior.

Maior administradora de benefícios do país, a Qualicorp tem firmado parcerias para oferecer planos de adesão a preços mais em conta, com mensalidade a partir de R$ 125. Este ano, com o efeito pandemia, já lançou 18 produtos acessíveis; no ano passado foram quatro.

São planos com diferentes parceiros, com redes mais restritas, cobertura regional, mas que cobrem tudo o que está previsto num produto tradicional ressalta Elton Carlucci, vice-presdiente da Qualicorp.

Pesquisador:

Vera Valente, diretora executiva da Federação Nacional de Saúde (FenaSaúde), que reúne as operadoras, insiste que são necessárias mudanças na regulamentação para desenvolver o mercado de planos populares. A federação defende a venda de planos só com consultas ou exames:

Planos individuais são um caminho para o crescimento, já que com a crise econômica muitos brasileiros estão na informalidade. Mas com a regra atual não são viáveis.

Já os serviços de assistência com cartões de desconto não estão submetidos às mesmas regras dos planos de saúde fixadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). São usualmente restritos a consultas e exames, não oferecem atendimento de emergência e preveem pagamento, ainda que reduzido, a cada procedimento realizado. O risco neste caso, segundo os especialistas, é o consumidor confundir essa espécie de pacote básico de atendimento com um plano tradicional.

Explicações:

Os cartões de descontos são serviços mais baratos que um plano, mas menos completos. Podem ser úteis em situações pontuais, mas para exames e procedimentos de alta complexidade, de custo alto, o consumidor tem de recorrer ao SUS ou é obrigado a fazer desembolsos vultosos diz Ana Carolina Navarrete, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

A seguradora Porto Seguro, que tem em seu portfólio planos de saúde tradicionais, acabou de lançar o Porto Cuida. Trata-se de um serviço de assinatura digital, com custo mensal de R$ 19,90, e que oferece ao titular, e até outras duas pessoas, quatro consultas anuais gratuitas por telemedicina, além de descontos de 40% a 50% em consultas e exames e de até 70% em remédios.

O público alvo é quem não tem plano de saúde, independentemente de faixa de renda. Com a comercialização limitada de planos individuais, quem perde emprego não tem acesso a um plano explica Marcelo Picanço, vice-presidente da Porto Seguro.

Avaliação do Cade

As operadoras de planos de saúde são impedidas por lei de comercializar cartões de desconto e pré-pagos. No caso da Porto Seguro, ela explica que o Porto Cuida não é um plano e que está vinculado à Porto Seguro Serviços e Comércio, diferentemente de sua operadora de seguro-saúde, ligada a outra empresa do grupo e que segue a regulamentação da ANS. As duas companhias atuam de forma independente.

Plano de saúde:

A queda das vendas do seu seguro-viagem durante a pandemia fez a Ciclic, uma plataforma digital de venda de seguros e serviços, pensar em novos negócios e lançar, em junho, o Saúde Protegida. Ele engloba desconto em medicamentos e teleconsultas ilimitadas, com assinatura mensal de R$ 29,90, para planos individuais e R$ 49, família. Em agosto, a empresa lançou o Plano Plus, que oferece descontos de até 80% em consultas e exames em 3.500 clínicas e laboratórios em todo o país.

O produto vai evoluir, mas sem chegar a ser um plano de saúde. Uma das opções em estudo é a parceria com seguradora que permita uma indenização em caso de diagnóstico de doença grave, como câncer, para custear o tratamento antecipa Raphael Swierczynski, CEO da Ciclic.

Questionamentos sobre a comercialização de cartões de saúde foram parar no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que em junho decidiu pela legalidade da oferta desses produtos.

Plano de saúde empresarial com coparticipação cresce na pandemia

O órgão entendeu que a oferta destes cartões vem num momento em que as pessoas perderam renda, estão sem acesso a plano e sem cobertura de saúde. O Cade destacou, no entanto, que o consumidor deveria ser bem informado de que não há cobertura securitária. Ou seja, quem vende tem que tomar o cuidado de explicar ao consumidor para que ele não ache que vai ter as proteções e garantias de um plano de saúde diz José Alexandre Sanches, sócio de Contencioso do escritório Machado Meyer Advogados.

Segundo a ANS, é proibida qualquer vinculação de produtos como cartão de desconto e cartão-saúde com as marcas das operadoras de planos.

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Estados pedem que ministério compre vacina chinesa

Governo de São Paulo argumenta que CoronaVac é o imunizante mais avançado em fase final de testes no Brasil

ANA LETÍCIA LEÃO

O Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) pediu, em ofício enviado ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que o governo federal compre doses da vacina chinesa contra o coronavírus, a ConoraVac, produzida no Brasil em conjunto com o Instituto Butantan, e a inclua no Programa Nacional de Imunização (PNI).

O documento foi enviado ontem, após uma reunião virtual na véspera com secretários estaduais de Saúde, que discutiu um possível plano nacional de imunização contra a Covid-19. Até então, o Ministério da Saúde apoiou acordos para comprar a vacina da empresa AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido, e a do Covax, consórcio global contra o vírus.

As duas parcerias somam mais de 140 milhões de doses do imunizante contra o novo coronavírus. No entanto, ainda não há sinalização da pasta em relação à CoronaVac:

"O Ministério da Saúde está em constante avaliação de novas possibilidades e permanece em contato com o Butantan e outros institutos nacionais que buscam parcerias com laboratórios estrangeiros", disse a pasta, em nota. "O imunizante que ficar pronto primeiro - o que significa atender todos os critérios de segurança e eficácia exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) - será uma opção para aquisição."

CONSTRANGIMENTO

No documento, o Conass alega que há possibilidade de "disponibilização imediata" de doses da CoronaVac já em dezembro. Além disso, pede a incorporação de imunizantes que possuam "condições de eficácia, segurança e produção disponível" para iniciar a vacinação em janeiro de 2021.

Presente na reunião do Ministério da Saúde sobre imunização contra a Covid-19, o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse que a não inclusão da CoronaVac no PNI causou "constrangimento para todos". O governador João Doria afirmou que irá a Brasília para ter uma conversa "definitiva" sobre um repasse do ministério para a compra de 60 milhões de doses da CoronaVac já previstas em contrato.

O CoronaVac termina nesta semana a fase final de testes em voluntários. Até o momento, os estudos não mostram efeitos adversos significativos da vacina e está prevista a chegada de 6 milhões de doses do imunizante ao Instituto Butantan, ainda neste mês, prontas para serem usadas, se o imunizante receber a aprovação da Anvisa.

Doria diz que a vacinação a profissionais de saúde - grupo prioritário - poderia começar já no dia 15 de dezembro. Posteriormente, serão feitas no Brasil mais 40 milhões de doses até dezembro e outras 14 milhões até fevereiro do ano que vem.

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SETOR SAÚDE ONLINE

Em expansão, Hapvida projeta 345 novas obras até 2021 e anuncia novo membro do Conselho

Seguindo o seu projeto de expansão por verticalização, a operadora de planos de saúde Hapvida informa o planejamento de executar 345 obras até 2021. No primeiro semestre de 2020, foram investidos R$ 167 milhões na estrutura física das 158 obras entregues até agosto.

Agora, estão previstas mais 187 obras, dentre elas 34 novas unidades, que somarão as 345 obras previstas para serem entregues até 2021. A operadora projeta inaugurar 10 hospitais nos próximos anos. Ao mesmo tempo, a companhia acompanha 15 targets, entre hospitais e operadoras de pequeno e médio portes, para aquisições.

Fundada em 1979, pelo médico oncologista Cândido Pinheiro de Lima, como uma pequena clínica em Fortaleza, transformou-se no Hospital Antônio Prudente em 1986. Em 1993, foi fundada a operadora de planos de saúde Hapvida, que logo se expandiu pelo Ceará e demais estados do Nordeste e região Norte. Com a abertura de capital nos últimos dois anos, a Hapvida se expandiu para todas as regiões do Brasil.

Atualmente, conta com cerca de 6,4 milhões de clientes, sendo considerado o maior sistema de saúde suplementar do Brasil presente em todas as regiões do país. A Hapvida conta com mais de 30 mil colaboradores diretos envolvidos na operação, mais de 15 mil médicos e mais de 15 mil dentistas. Os números superlativos mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta da operação e nos constantes investimentos: atualmente são 40 hospitais, 184 clínicas médicas, 41 prontos atendimentos que realizam 350 mil atendimentos por mês, 174 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial.

Novo membro do Conselho de Administração

A Hapvida definiu Igor Lima como novo membro independente do seu Conselho de Administração, conforme documento enviado ao mercado na quinta-feira (15). O executivo é vice-presidente da YDUQS (holding de capital aberto com foco no ensino superior). Além disso, Lima é conselheiro consultivo da Peers Consulting e conselheiro do Vetor Brasil.

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LEGISCOR

SulAmérica lança SOS Prev e anuncia inclusão de telemedicina em planos de Previdência

 

Com objetivo de cada vez mais ter soluções completas e integradas para ampliar o cuidado e a proteção, a SulAmérica passa a oferecer aos clientes de Vida Individual e Previdência Individual o uso do Médico na Tela, serviço de telemedicina disponível 24h por dia, sete dias por semana. O atendimento é realizado por chamada de vídeo com médicos plantonistas de forma prática, rápida e segura. "Somos a primeira empresa a oferecer teleconsulta médica para clientes de Previdência. Trata-se de mais um exemplo da visão de Saúde Integral da companhia, promovendo o equilíbrio entre corpo, mente e finanças para melhorar a vida das pessoas", afirma Marcelo Mello, vice-presidente de Investimentos, Vida e Previdência da SulAmérica. "Beneficiários de Vida também terão acesso a este serviço de atendimento remoto", completa.

Outra novidade exclusiva e pioneira anunciada pela SulAmérica é o SOS Prev, uma assistência para apoiar os clientes de Previdência na manutenção do planejamento futuro. Trata-se de uma linha de crédito que pode socorrer aqueles que têm um plano ativo e precisam de ajuda financeira emergencial. Com o SOSPrev, os clientes de planos PGBL e VGBL terão acesso a um crédito equivalente a até 50% da reserva previdenciária.

"Com essa solução inovadora, quem precisa de recurso urgente não terá de resgatar seu investimento de previdência para resolver questões financeiras pontuais. Ou seja, estamos ajudando nossos clientes a cuidarem de seu patrimônio com uma opção interessante para que não desfalquem suas reservas previdenciárias, tão importantes para o futuro", conclui Mello.

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FOLHA DE S.PAULO

Pressionado por secretários, ministério diz que não descarta comprar CoronaVac

Renato Machado

Pressionado pelos estados a comprar a vacina chinesa Sinovac, desenvolvida em parceira com o Instituto Butantan, o Ministério da Saúde amenizou o tom e informou que não descarta nenhuma possibilidade de imunização.

Em entrevista à imprensa nesta quinta (15), o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, afirmou que o país pode contar com "várias vacinas" contra o novo coronavírus e que a vacina chinesa "está no rol daquelas que deverão ser adquiridas".

O secretário voltou a falar que as vacinas em fase 3 de testes clínicos - com amostragem ampliada- terão preferencia.

"Em fase 3, estágio avançado de desenvolvimento, talvez ali concomitante com a da AstraZeneca, nós temos a do Butantan aqui no Brasil. Com certeza ela está no rol daquelas que deverão ser adquiridas e deverão ser inseridas no programa nacional de imunização, conforme um estudo de segurança, da eficácia, do prazo de disponibilidade...", disse o secretário-executivo.

Franco também disse que, entre os requisitos avaliados pelo ministério, estão a capacidade de produção em escala e um preço "que seja exequível, que possamos pagar pela vacina".

Secretários estaduais de Saúde encaminharam um ofício nesta quinta ao ministro Edu ardo Pazuello (Saúde), solicitando a compra da vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, de São Paulo, em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

O documento assinado pelo presidente do Conass (conselho de secretários estaduais da Saúde),Carlos Lula, cita reunião realizada entre os secretários e dirigentes do Ministério da Saúde, na qual foram informados que as opções contratadas pelo governo federal não devem resultar na vacinação da população antes de abril do próximo ano. Por causa desse prazo, uma crise se instaurou entre ministério e estados, revelada pelo Painel.

Os secretários argumentam que a vacina produzida pelo instituto Butantan encontra-se na fase 3 de testes clínicos, que deve ser encerrada até novembro.

Além disso, existiría a disponibilidade imediata, em dezembro, de 46 milhões de doses. Essas quantias seriam ampliadas em fevereiro, com mais 14 milhões, e outros 40 milhões até junho.

Na semana passada, Franco havia adotado um tom mais duro, ao ser questionado sobre a compra da vacina chinesa. O secretário-executivo afirmou na ocasião que as negociações com o estado de São Paulo estavam no mesmo passo que as demais mantidas pelo ministério.

"A vacina que ficar pronta primeiro com certeza será uma opção para adquirirmos. De acordo com a legislação brasileira, eu não posso comprar o que não existe", disse.

Franco disse nesta quinta feira que pode haver um adiantamento para dezembro do início do fornecimento das vacinas desenvolvidas pela Universidade de Oxford em parceria com a empresa AstraZeneca, via Fiocruz. A princípio, as primeiras 15 milhões de doses estarão disponíveis em janeiro.

O ministério afirma que o cronograma de entrada dessas vacinas será mensal, com a mesma quantidade inicial.

Na semana passada, o governo federal informou que terá 140 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus no primeiro semestre.

Em relação à imunização no primeiro semestre, 100 milhões de doses virão da parceria entre a AstraZeneca e a Universidade de Oxford, por intermédio da Fiocruz.

As outras 40 milhões de doses serão obtidas através do mecanismo Covax Facility, liderado pela OMS (Organização Mundial de Saúde). O Brasil anunciou a adesão ao mecanismo em setembro deste ano, quando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) editou medida provisória liberando R$2,5 bilhões.

O Ministério da Saúde também apresentou nesta quinta feira o boletim epidemio lógico, em relação à semana que terminou no dia 10 deste mês. A pasta acrescenta que essa é a 19 a semana com tendência de queda no número de mortes.

Com certeza ela [CoronaVac, do Instituto Butantan] está no rol daquelas que deverão ser adquiridas e deverão ser inseridas no programa nacional de imunização, conforme um estudo de segurança, da eficácia, do prazo de disponibilidade.

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CORREIO BRAZILIENSE

Vacina mostra-se segura para idosos



Uma vacina chinesa para a covid-19 baseada no vírus Sars-CoV-2 inteiro e inativado mostrou-se segura e provocou uma resposta de anticorpos, segundo um pequeno ensaio clínico randomizado de fase inicial publicado na The Lancet Infectious Diseases.

O estudo incluiu participantes com idade entre 18 e 80 anos e descobriu que a ativação de proteínas foi induzida em todos eles. Pessoas com mais de 60 anos demoraram mais para responder, levando 42 dias antes que os anticorpos fossem detectados, em comparação com 28 dias para aqueles com 18 a 59 anos.

Os níveis de anticorpos também foram mais baixos nas pessoas de 60 a 80 anos, em comparação com aquelas com 18 a 59 anos. Como o ensaio não foi desenhado para avaliar a eficácia da vacina, não é possível dizer se as respostas induzidas pela substância, chamada BBIBP-CorV, são suficientes para proteger da infecção por Sars-CoV-2, ressaltou Xiaoming Yang, do Instituto de Pequim de Produtos Biológicos, em Pequim, e um dos autores do estudo.

"Proteger as pessoas mais velhas é o principal objetivo de uma vacina para a covid-19 bem-sucedida, já que essa faixa etária é a que oferece maior risco de doença grave", comentou Yang. "No entanto, as vacinas, às vezes, são menos eficazes nesse grupo porque o sistema imunológico enfraquece com a idade. Portanto, é encorajador ver que a BBIBP-CorV induz respostas de anticorpos em pessoas com 60 anos ou mais, e acreditamos que isso justifica uma investigação mais aprofundada."

Dose de reforço

A vacina é baseada em uma amostra do vírus que foi isolada de um paciente da China. Os estoques do micro-organismo foram cultivados em laboratório usando linhagens de células e, em seguida, inativados com uma substância química chamada beta-proprionolactona. A BBIBP-CorV inclui o vírus morto misturado a outro componente, o hidróxido de alumínio, que é chamado de adjuvante pela capacidade de aumentar as respostas imunológicas.

A primeira fase do estudo foi desenhada para encontrar a dose segura ideal para o BBIBP-CorV. Envolveu 96 voluntários saudáveis com idade entre 18 e 59 anos e um segundo grupo de 96 participantes com 60 a 80 anos. Dentro de cada grupo, a vacina foi testada em três níveis de dose diferentes. No total, na fase 1, 144 pessoas receberam a vacina e 48, o placebo.

A segunda fase do estudo foi desenhada para identificar o calendário ideal para a vacinação. Nela, 448 participantes com idade entre 18 e 59 anos foram aleatoriamente designados para receber uma injeção de vacina ou placebo. Desses, 336 recebendo, de fato, a substância imunizante. Nenhum evento adverso sério foi relatado dentro de 28 dias após a vacinação final. "Nossas descobertas indicam que uma injeção de reforço é necessária para obter as melhores respostas de anticorpos contra o Sars-CoV-2 e pode ser importante para a proteção. Isso fornece informações úteis para um estudo de fase 3", disse Xiaoming Yang.

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A REDAÇÃO

 

Goiás chega a 5,3 mil mortes por covid-19 após registro de 45 óbitos em 24h

Théo Mariano

Goiânia - A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) divulgou, nesta quinta-feira (15/10), novo boletim diário sobre o avanço do novo coronavírus no Estado. Segundo os números da pasta, foram registrados, nas últimas 24 horas, 2.092 casos e 45 mortes pela doença. Goiás agora chega aos totais de 234.658 contaminações e 5.306 óbitos pela covid-19. Ainda de acordo com os números, há 224 mil recuperados da doença nos municípios goianos.

A pasta também aponta investigação de 226 mortes para saber se a causa foi coronavírus. Outros 233 mil pacientes são considerados casos suspeitos. A taxa de letalidade do vírus no Estado é de 2,26%.

O Governo de Goiás disponibiliza plataforma, atualizada a cada 30 minutos, com os principais dados sobre o avanço da covid-19 no Estado.

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DIÁRIO DA MANHÃ

 

Xenofobia pode atrapalhar imunização contra Covid-19, diz infectologista

"Temos é que agrupar mais fornecedores e aumentar o nosso leque de oportunidades", disse o infectologista Renato Kfouri

 

O Ministério da Saúde exibiu ontem (14), o cronograma de vacinação contra o coronavirus. A partir daí, foi levantada a questão de dificuldade de imunização pelo infectologista Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunização.

Renato Kfouri relatou em entrevista que “nós vamos ter dificuldades em vacinar a nossa população por desconfiança de uma vacina, de outra, de um partido político xenofóbico. Esse vai ser talvez um grande problema para nós enfrentarmos”, disse ele.

O cronograma anunciado pelo Ministério da Saúde, apresenta a AstraZeneca, vacina desenvolvida pela Universidade Oxford. A outra vacina que foi cogitada para a população brasileira, é a CoronaVac, feita na China.

Segundo o infectologista, a disputa política, de campanha para um medicamento específico pode atrapalhar na hora de imunizar a sociedade. Já que algumas pessoas podem ter a ideia de tomar um partido e decidir não receber tal vacina.

A vacina da CoronaVac, não teve investimento para que a população receba a imunização, apresentou o Jean Gorinchteyn, secretário de Saúde do governo de São Paulo.

A negociação da vacina chinesa seria para que indivíduos tenham acesso por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Além da transação, também precisa ser constatada a eficácia da terceira fase de testes.

“Ajudar em ter uma gama maior de vacinas, de opções, de quantidades diferentes, eventualmente com perfis diferentes de resultados de segurança e eficácia. O momento não é eliminar, ou desprezar, ou não contar. Temos é que agrupar mais fornecedores e aumentar o nosso leque de oportunidades”, falou o Kfouri.

Para ele, é importante ter a união neste momento, para que haja um resultado positivo de imunização na sociedade.

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Rosane Rodrigues da Cunha 
Assessoria de Comunicação