Com um público recorde de cerca de 500 participantes, o evento virtual abordou a assistência nutricional em pacientes pediátricos internados e as indicações da dieta cetogênica

No Dia Nacional da Saúde, 5 de agosto, foi realizada mais uma ação da parceria entre a Ahpaceg e a Academia Danone: o Simpósio sobre Terapia Nutricional Pediátrica. Com o objetivo de atualizar e capacitar os profissionais da saúde, o evento, virtual, teve recorde de público, com cerca de 500 pessoas assistindo ao vivo.

Os participantes acompanharam a apresentação da médica pós-graduada em endocrinologia, Letícia Japiassú, que abordou o tema “Jornada do paciente pediátrico desde a admissão até a alta hospitalar”.

A especialista explicou a importância de, no início da internação pediátrica, realizar uma triagem nutricional nos pacientes para avaliar as necessidades de intervenção e tornar a permanência no hospital mais tranquila.

“Um desbalanço nutricional irá resultar na desnutrição, que, consequentemente, acarretará em perda de massa magra, fraqueza muscular, alteração no desenvolvimento da criança, disfunção imune, dificuldade de cicatrização e tempo de internação prolongado, o que está relacionado a fatores psicológicos e socioeconômicos”, afirmou a médica, que também apresentou um modelo de fluxograma para essa triagem.

O Simpósio também contou com a participação da nutricionista materno infantil e representante da linha Ketocal e Metabólicos da Danone Nutrícia, Amanda Batista. Ela esclareceu sobre o porquê da dieta cetogênica ser indicada aos pacientes com epilepsia farmacorresistente.

“É uma dieta rica em gordura, pobre em carboidrato e adequada em proteína. Assim, ela simula um estado metabólico de jejum, em que há a diminuição da insulina e aumento de cetonas como fonte de energia. Isso gera o mecanismo de proteção das crises, que previnem a hiperexcitação hormonal”, explicou.

A nutricionista afirmou ainda que a dieta cetogênica gera um efeito tão positivo quanto os medicamentos. Ela apresentou estudos que indicam que 16% dos pacientes ficaram livres de crises epilépticas após o início desse tipo de alimentação, 32% tiveram uma redução de 90% e 56% reduziram 50% das crises.

As apresentações também abordaram assuntos como nutrição enteral, síndrome de realimentação, indicação de soro e caseína, entre outros. O Simpósio permanece gravado, na íntegra, no Youtube. Confira.