Postado em: 05/11/2013

Protesto dos médicos reúne cerca de 2,3 mil pessoas em Goiânia

Cerca de 2,3 mil médicos e acadêmicos de medicina saíram às ruas de Goiânia, na tarde de 3 de julho, para protestar contra a proposta de importação de médicos formados no exterior sem a revalidação dos diplomas, em defesa da saúde pública e a favor da sanção sem vetos do projeto que regulamenta o exercício da medicina no Brasil.

A passeata, organizada pelo Comitê das Entidades Médicas do Estado de Goiás (Cemeg), formado pelo Cremego, Associação Médica de Goiás e Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), saiu da sede do Conselho, por volta das 16 horas, em direção ao Hospital Geral de Goiânia Dr.

Alberto Rassi (HGG). Durante o percurso, os manifestantes receberam o apoio da população, que aplaudia o grupo e criticava o descaso do governo com a saúde pública no País.

Os presidentes do Cremego, Salomão Rodrigues Filho; da AMG, Rui Gilberto Ferreira; e em exercício do Simego, Rafael Cardoso Martinez, seguiram à frente da passeata, carregando uma faixa com dizeres em defesa da criação da carreira de Estado para o médico, uma das reivindicações dos manifestantes. Também com faixas e cartazes, os médicos e acadêmicos de medicina seguiram pelas Avenidas T-7, Assis Chateaubriand, República do Líbano e Anhanguera, chamando a atenção da população para o risco que a importação irregular de médicos representa para a saúde, denunciando a falta de investimentos no Sistema Único de Saúde e pedindo a saída do ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

A passeata teve ampla cobertura da imprensa e terminou na porta do HGG, onde os manifestantes gritaram palavras de ordem em defesa da saúde pública e da classe médica, cantaram o Hino Nacional e deram um abraço simbólico no prédio.

Para presidente do CFM, ação foi vitoriosa

São Paulo - Manifestações contra a proposta do governo de trazer médicos estrangeiros para trabalhar no interior sem revalidação de diploma tomaram ontem as ruas das principais capitais do País. Mais de 4 mil médicos protestaram em Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza e Rio, além de Brasília.

O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto D'Ávila, classificou como positivas as manifestações. "A população viu algo raro, médicos nas ruas. Pedimos por várias coisas: melhoria na condição de trabalho, mais investimentos", disse. "Foi uma ação vitoriosa", afirmou D'Ávila, que ontem acompanhou os protestos da capital do Brasil. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, não se manifestou.

A capital de Minas Gerais reuniu 2 mil médicos. A passeata seguiu pela Praça 7 de Setembro e terminou na Associação Médica de Minas Gerais (AMMG). Os médicos cobraram mais verbas para a saúde.

De acordo com a diretora do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed-BA) Maria do Socorro Mendonça de Campos, a categoria espera o cumprimento do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida). "Nenhuma entidade é contra a vinda de médicos, mas é preciso se certificar de que são médicos de qualidade." (Fontes: Cremego e O Popular)