Ahpaceg questiona flexibilização de horários de transporte público em Goiânia
Com mais de 7 mil trabalhadores diretos empregados nas instituições de saúde associadas e outro grande número de trabalhadores indiretos, a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) questiona a flexibilização dos horários de abertura de atividades econômicas anunciada pela prefeitura de Goiânia como uma forma de reduzir o impacto econômico da pandemia de Covid-19 no setor de transporte coletivo na região metropolitana da capital.
A Ahpaceg, que não foi ouvida pela Prefeitura, ressalta que mudanças na oferta do transporte coletivo impactam no setor saúde, que tem um perfil diferente de outras atividades econômicas, e não devem ser feitas sem a participação dos representantes deste segmento. O presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, observa que as instituições associadas funcionam ininterruptamente 24 horas por dia e com diferentes horários de entrada e de saída de trabalhadores que dependem do transporte coletivo.
Em função das escalas de trabalho, os profissionais de saúde utilizam o transporte coletivo ao longo de todo o dia e não apenas em horários considerados de pico. Portanto, uma mudança no transporte coletivo dificultaria o acesso ao trabalho de profissionais que dependem deste serviço. Haikal Helou adianta que, se necessário, a Ahpaceg vai recorrer à Justiça contra esse escalonamento.
A Associação entende que esse momento de pandemia tem imposto sacrifícios e desafios a todos e que as dificuldades enfrentadas pelo setor de transporte devem ser sanadas de outra forma que não imponha ainda mais prejuízos a trabalhadores e a outros setores da sociedade, como o setor hospitalar privado, que tem um grande papel social.