Postado em: 04/11/2013

SRTE/GO anuncia interdição da coleta de lixo hospitalar pela Comurg

A Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego em Goiás (SRTE/GO) interditou, no dia 13 de março, a coleta do lixo comum dos hospitais pela Companhia de Urbanização de Goiânia (COMURG).O objetivo da interdição, de acordo com a SRTE/GO é preservar a segurança e saúde do trabalhador que atua na coleta de lixo hospitalar.

A SRTE/GO alega que entre abril de 2012 e março de 2013, foram feitas inspeções fiscais em vários em hospitais públicos e privados de saúde de Goiânia e foi comprovado que 100% deles não fazem a separação correta do lixo hospitalar, misturando lixo infectante com lixo comum.
De acordo com a superintendência, foram encontrados seringas, algodão e tecidos com sangue dentro de sacos de lixo destinado ao lixo comum, o que põe em risco a saúde dos coletores, que trabalham sem os equipamentos de segurança apropriados.

A Superintendência alegou que após constatar que o lixo gerado nos hospitais não é separado de forma adequada, "promoveu diversas reuniões com órgãos, sindicatos, federações e instituições competentes e não tendo sido garantida nenhuma solução viável para o problema resolveu interditar a atividade de coleta do lixo comum hospitalar até que haja a separação correta ou disponibilização dos equipamentos de segurança (EPIs) apropriados para os funcionários da Comurg e também que os hospitais providenciem pontos de apoio para os trabalhadores tomarem suas refeições". (Com informações: SRTE/GO)

Assessoria Jurídica vai avaliar o que fazer diante da interdição da coleta

A Ahpaceg ainda não foi oficialmente comunicada da decisão da Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego em Goiás (SRTE/GO) de interditar a coleta de lixo em hospitais pela Comurg. A Assessoria Jurídica da Associação está avaliando que medidas serão adotadas pelos hospitais associados diante desta interdição.

A Ahpaceg sempre esteve aberta ao diálogo com a Comurg e com os órgãos competentes em busca de uma solução para os problemas relacionados à coleta de lixo nos hospitais da capital. Amanhã, 15, às 16 horas, o presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, vai participar de uma reunião no Ministério Público do Trabalho – Procuradoria Regional do Trabalho em Goiás para discutir o assunto.
A Associação ressalta que a maioria dos hospitais de Goiânia já tem contrato com empresas que incineram o lixo infectante, cabendo ao Poder Público a responsabilidade de coletar somente o lixo comum.

AHPACEG NA MÍDA

Jornal O Hoje – 14/03/13
Comurg quer paralisar coleta comum

A Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego em Goiás (SRTE/GO) informa que interditou ontem a atividade de coleta do lixo comum dos hospitais realizada pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) sob a explicação de "preservar a segurança e saúde do trabalhador que atua na coleta de lixo hospitalar". De acordo com a entidade, inspeções realizadas na capital entre abril do ano passado até o mês presente comprovaram que 100% dos estabelecimentos analisados "não realizam a separação correta do lixo hospitalar, misturando lixo infectante com lixo comum".

De acordo com a SRTE, foram encontrados seringas, algodão e tecidos com sangue dentro de sacos de lixo destinados ao lixo comum. Por isso, o superintendente regional do Ministério do Trabalho e Emprego em Goiás, Arquivaldo Bites, declarou em nota que "a equipe de auditores fiscais da SRTE/GO está preocupada com a saúde dos trabalhadores da Comurg e com a segurança dos seus filhos" e que "esta interdição visa resguardar a população dos riscos relacionados às infecções hospitalares e prevenir danos ambientais".

Ó órgão informou que promoveu diversas reuniões com demais entidades, sindicatos, federações e instituições competentes e, não tendo sido garantida nenhuma solução viável para o problema, resolveu tomar esta medida. No entanto, a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) alega que a SRTE realizou exigências absurdas, impossíveis de serem cumpridas pelos hospitais. No documento enviado à entidade, foi feita a exigência de "disponibilização de vestiários com banheiros e chuveiros para higienização e troca de roupa para tomada das refeições, armários para guarda da roupa limpa e suja, lavatórios com materiais para asseio e secagem das mãos durante as refeições, refeitórios limpos com mesas e cadeiras nas mesmas condições de conforto, higiene e asseio garantidos para os trabalhadores diretos".

Em resposta à cobrança, a Ahpaceg enviou documento dizendo não ser possível cumprir as exigências pois "as unidades hospitalares não têm condição de disponibilizar para os trabalhadores da Comurg as instalações solicitadas" e que, desta maneira, "os hospitais atrairiam para si a responsabilidade para com os trabalhadores da Comurg". Por meio de sua assessoria disse que, representando os 15 maiores hospitais do Estado, está aberta ao diálogo com a Companhia.

Jornal O Popular/Coluna Giro – 11/03/13

Comurg pode interromper coleta de lixo em hospitais de Goiânia

A coleta de lixo nos hospitais de Goiânia pode ser paralisada se as unidades de saúde não cumprirem uma série de exigências feita pela Superintendência Regional do Trabalho. Após auditoria fiscal, o órgão expediu um termo de interdição exigindo que hospitais disponibilizem vestiários com banheiros, chuveiros, armários para guardar roupas, lavatórios e refeitórios com mesas e cadeiras para os coletores de lixo. A decisão foi comunicada na sexta-feira pela Comurg e causou indignação da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), que, por ofício, classificou a medida como "absurda". "A responsabilidade pela coleta do lixo é do poder público e não das empresas particulares. Por isso, tais exigências beiram as raias do absurdo e não serão atendidas", diz a resposta encaminhada à companhia.

Motivação
Em auditoria recente, a Delegacia Regional do Trabalho constatou que, entre outros problemas, funcionários da Comurg não estariam devidamente protegidos na coleta do lixo hospitalar.

Outro lado
Presidente da Comurg, Paulo de Tarso diz que apenas repassou as determinações da superintendência e lembra que a empresa não é obrigada a fazer a coleta. "Fazemos porque temos um acordo e também porque é o melhor para a cidade", diz.