Haikal Helou participa de debate sobre UTIs
O presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, participou na segunda-feira, 6 de novembro, de uma audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa de Goiás para debater a oferta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Estado. Também participaram do debate, proposto pelo deputado estadual Marlúcio Pereira (PSB), Cleudes Bernardes da Costa Baré, titular da Superintendência de Acesso a Serviços Hospitalares e Ambulatoriais da Secretária Estadual de Saúde; Ricardo Furtado Mendonça, diretor técnico do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), e o secretário municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia, Luiz Edgard Toline.
Haikal Helou destacou a importância do debate sobre a oferta de UTIs, um serviço apontado como extremamente precário e insuficiente para atender a demanda na capital e no interior. “Precisamos discutir a complexidade desse problema. A solução dele não depende somente do Estado. Esse assunto é pouco debatido, quando deveria ser o contrário”, afirmou, ressaltando que é preciso discutir não somente a quantidade, mas também a qualidade dos leitos ofertados.
Ele lembrou sua época de residência quando um de seus professores sempre ressaltava a importância da assistência aos pacientes. “Pessoas morrem todos os dias, mas não podem morrer sem assistência em hospitais”, disse, observando que o déficit na oferta de UTIs frequentemente é relacionado a mortes de pacientes em Goiás.
Marlúcio Pereira destacou que a falta de vagas em UTIs é vivenciada há 25 anos. “Já estou no sexto mandato e a situação das UTIs continua a mesma história. A Casa de Leis não pode ficar de braços cruzados”, disse o deputado. Cleudes Baré citou a auditoria realizada pelo Estado nos leitos de UTI cadastrados pelo Sistema Único de Saúde, que constatou que dos 772 leitos, 166 não eram utilizados por usuários SUS, o que foi levado ao conhecimento do Ministério Público Estadual.
Ao final da audiência, foi definido que o deputado encaminhará às Secretarias Estadual e Municipais de Saúde uma proposta para que as auditorias nos serviços de UTI sejam permanentes, que a regulação fique sob responsabilidade do Estado e que seja adotado um modelo de classificação da complexidade dos hospitais, o que poderá assegurar maior qualidade à assistência ao paciente, que seria encaminhado a uma unidade com o perfil de atendimento adequado às suas necessidades. (Com informações e foto: Alego)